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O Tomismo e sua possível relação com o Idealismo Kantiano: o "ato de conhecer".

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O Tomismo e sua possível relação com o Idealismo Kantiano: o "ato de conhecer". Empty O Tomismo e sua possível relação com o Idealismo Kantiano: o "ato de conhecer".

Mensagem por anttonyus Dom Jan 18, 2009 8:03 pm

Saudações cordiais!

Pesquisando sobre o problema do conhecimento ao longo da história da filosofia algo me despertou o interesse pelo fato do aprofundamento da noção de verdade a partir da clássica e enriquecedora perspectiva de Santo Tomás de Aquino. Em relação ao afirmado, aconselho um profundo olhar anterior em um tópico sobre a noção tomista de verdade que encontra uma especial e sistemática abordagem nas palavras do Pe. Anderson.
No entanto, em meio a toda especulação sobre a noção de verdade, penso que um questão poderia surgir neste nosso contexto de debate: "Qual o acréscimo e abertura que poderia surgir desta noção tomista sobre o verdadeiro dentro da perspectiva moderna e comtemporânea em termos gnosiológicos". Ou seja, de fato o "verdadeiro" em Tomás de aquino é amplamente aprofundado em vias tanto metafísica quanto estritamente gnosiológica, mas algo é imposto na urgência do espírito filosófico essencial: a possibilidade do diálogo e da síntese teórica entre posturas diversar - não em um sentido meramente ecleticista ou supercial-acidental - que exige em nossa atualidade um possibilidade efetiva.
O Proposto poderia ser relativo à possível relação entre a perspectiva tomista do conhecimento e o idealismo kantiano. De fato, antes de qualquer tentativa e discurso sobre esta esteira, o problema da possibilidade sintética entre metafísica e idealismo se faz algo enfático e expressivo. Entretanto, em sentido delimitativo e dentro do contexto da teoria da verdade, poderiamos elaborar algumas linhas de pequisa, debate e aprofundamento. A saber:
1 - A filosofia Kantiana possui uma "Teoria da Verdade" - ou termo-conceito semelhante - que poderia entrar em relação sintética com a perspectiva do Doutor Angélico?
2 - Quais os elemento teóricos essenciais que impossibilitariam um relação de síntese entre as duas posturas: Realismo Tomista e Idealismo Kantiano (Transcendental)?
3 - Enfim, a hipótese do "Tomismo Transcendental" - isto é, o tomisto que utiliza princípios kantianos em sua contrução - é possível e daí poder afirmar uma teoria da verdade tomista dialogada com os legítimos acréscimos do kantismo na teoria do conhecimento?
Para essa proposta de discussão que considero extremamente importante, pois em sentido amplo, as duas grandes bases da história da filosofia - pelo mesno no campo da teoria do conhecimento - são, de fato, a filosofia tomista e o kantismo, indico a leitura de um neo-escolástico que propõe esta possibilidade em sua obra: Joseph Marechal autor da monumental pesquisa intitulada "O Ponto de Partida da metafísica". Esta obra é um olhar para toda a história da metafísica e da gnosiologia com a finalidade de um resolução teórica sobre o conhecimento humano com seu ápice na possível relação entre tomismo e kantismo. A obra se encontra na Biblioteca da UCP - em espanhol - e em cinco volumes:

MARECHAL, Joseph. El Punto de Partida de la Metafísica: lecciones sobre el dessarrollo histórico y teorico del problema del conhecimento. Editora Gredos, Madrid, 1959.

Para os interessados aconselho a leitura do Volume V desta obra que trata especificamente da relação entre tomisto e kantismo.

Antonio Janunzi Neto - mestrando em filosofia pela UFRJ.

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O Tomismo e sua possível relação com o Idealismo Kantiano: o "ato de conhecer". Empty Re: O Tomismo e sua possível relação com o Idealismo Kantiano: o "ato de conhecer".

Mensagem por Thales Qua Abr 15, 2009 10:40 pm

Bom, qualquer possibilidade de síntese intencional entre duas correntes filosóficas deve ser meramente formal, e não material, pois, utilizando o exemplo, um tomista nunca iria ceder pontos de sua filosofia que julgue verdadeiros a um kantiano em nome de um "síntese necessária" e vice-versa.

Na verdade, a própria idéia de síntese entre escolas filosóficas parece mais uma necessidade hegeliana que qualquer outra coisa. Acho difícil um esforço metodológico que não contradiga pelo menos um dos lados.

Agora, se estamos falando de uma nova filosofia que surgiria a partir de pressupostos advindos de correntes diversas, acho que não há síntese sustentável entre Realismo e Não-Realismo, visto que esta "opção metafísica" está muito ligada aos princípios filosóficos que servirão de base para toda a especulação posterior. Mudando isto, muda-se toda a filosofia que se segue.
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