Orações em Línguas

Olá!
Tem mt tempo q eu não passo por aqui, mais "tô" retornando com
uma pergunta q ainda me deixa algumas dúvidas...
A Oração em Línguas, sem dúvidas é um dom Divino sem nenhuma dúvida. Mais como e quando sabemos q essas orações fluem do Espírito de Deus?
Temos q fazer algum "gesto" pra q isso aconteça?
Quando sabemos q sabemos q são verdadeiras essas orações?
Abraços!!!

Ola caro amigo...
Fico feliz que esteja de volta.

Vamos tentar sanar suas dúvidas. Antes de mais nada a "oração em línguas" não faz parte do depósito de fé, ou seja, não é um ponto essencial da fé católica. Tanto aqueles que creem quanto aqueles que não creem são católicos, afinal não há aqui um dogma de fé.

Para tornar mais precisa a resposta precisamos fazer uma distinção entre dois "dons de línguas": xenoglossia e glossolalia. O primeiro é o dom de falar um língua que se desconhece, por exemplo inglês ou aramaico. Há relatos que dizem que São Francisco Xavier tinha esse dom. Já a glossolalia é o que comumente chamamos oração em línguas.
Há ainda uma distinção feita pela renovação carismática (que tem certa base na Escritura) que é entre falar em línguas e orar em línguas. Quando alguém fala em línguas está se dirigindo à comunidade. Sendo assim tal dom não deve ser posto em prática a não ser que haja alguém que interprete a mensagem. Já o dom de orar em línguas seria um dom para a edificação pessoal do fiel no qual o Espírito Santo ora nele e através dele.

Não acredito que exista algum "gesto que ative" o dom de línguas, embora ele não deva ser visto como uma espécie de transe. Há liberdade da pessoa que se vê movida a orar em línguas. Ela pode fazê-lo ou não.
Quanto a um critério para discernir se tal oração em línguas é verdadeira ou não confesso que acho isso uma dificuldade. Afinal são sons que qualquer um pode simular e um momento de exaltação sentimental poderia muito bem ser confundido com uma inspiração do Espírito Santo.
Há alguns anos perguntei isso a um líder da renovação carismática e ele me deu uma resposta que achei interessante: reconhecemos a veracidade de um dom de línguas pelos frutos na vida do fiel.

Sei que a resposta não foi tão precisa, mas este é uma assunto por natureza polêmico. Alguns crêem e outros não. Acho fundamental o respeito às duas opiniões. Acredito que outros amigos do fórum possam contribuir mais.
abração

Vou aproveiar esse tópico, pois este é um assunto que também me gera várias dúvidas.

Já havia ouvido que este dom é a "porta de entrada aos outros dons de serviço", mas afirmar isso significa que este é um dom à que todos teriam direito, caso contrário se uma pessoa não o possui, não poderia desenvolver mais nenhum.
Está certo afirmar isso? Pois nós vemos "setores" (não sei se está certo utilizar esta palavra) da Igreja onde não é comum encontrar esta prática..

Não sei se consegui ser clara...

Desde já agradeço,


Fiquem com Deus

esta frase é bastante comum mesmo na RCC, visto que o dom de línguas é considerado prioritariamente um dom de edificação pessoal, enquanto os demais dons são para o serviço da comunidade.

Esta frase pode realmente gerar bastante mal-entendidos. Primeiro pq não há fundamentação bíblica para ela, sendo apenas uma espécie de jargão. Deus não está limitado nem aos sacramentos (que são os meios ordinários de comunicação da graça) qto mais à prática da glosssolalia.

Uma forma interessante de ler esta frase é que no contexto da renovação carismática percebe-se um desabrochar maior de outros dons a partir do dom de línguas. Isso, acredito, deve ser uma verdade. No entanto não se constitui uma lei. A grande maioria das pessoas tem dons de serviço maravilhosos sem nunca terem olhado em línguas.

No fórum temos bastante pessoas da RCC que podem explicar melhor a questão, no entanto em linhas gerais acredito ser por aí.

abração e fique com Deus

Confirmo.