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Ato Penitencial

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Mensagem por gigantty Seg Mar 22, 2010 11:17 am

Certa vez quando havia acabado de me confessar, conversava descontraidamente com um amigo e logo passou uma moça bonita e ele me induziu a olhar... eu brincando disse: Rapaz, acabei de me confessar! e ele disse: Que nada, isso é pecado pequeno q "vai embora" na missa na hora do Ato Penitencial.

Heis que surgiu minha dúvida: existem níveis de pecado?
Houve-se muito dizer que não existe pecadinho nem pecadão, é tudo pecado.
Mas e o Pecado Mortal, não seria um PECADÃO?

Gostaria de um esclarecimento maior nesse assunto.
E como saber os pecados que devo confessar ao Padre e os que são perdoados na missa?

Desde ja agradeço.

Thiago
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Mensagem por Binhokraus Seg Mar 22, 2010 11:50 am

Em breve virá uma resposta completa, mas eu acredito que, se existir um nível de pecado, o que seu amigo cometeu seria o pior de todos! Pecar, levando em consideração que será perdoado. Isso é Sacrilégio. Ou seja, é usar do sacramento de forma inapropriada. Tem que se ter em mente que só há perdão quando há arrependimento, e nesse caso, não creio muito que há o arrependimento, o arrependimento nos leva a não mais querer pecar pois de fato temos em mente que o que fizemos é algo que não deveria ter sido feito. Por ora é só, em breve alguém posta uma resposta completa e oficial! hehehe
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Seg Mar 22, 2010 12:20 pm

Meu caro Gigantty,
Que a paz do Senhor Jesus esteja sempre no seu coração !
Não tenho muito tempo para discorrer com maior profundidade sobre o assunto, pois estou dando uma passadinha no fórum aproveitando a hora do almoço, mas posso afirmar com segurança que há pecados maiores e menores, independentemente de se precisar consultar as Sagradas Escrituras.
A própria "lei natural" nos mostra isso, a partir do momento que percebemos, por exemplo, que uma palavra desrespeitosa para com outra pessoa é um pecado de uma certa proporção, enquanto que um assassinato é um pecado muito maior.
As Sagradas Escrituras narram que o pecado contra o Espírito Santo não é perdoado neste século nem no século vindouro. Logo, este pecado é de proporção muito maior em relação a outros pecados.
O Ato Penitencial é uma das partes que compõem a Santa Missa e se destina à absolvição dos pecados leves, chamados veniais. Tanto é que, ao término da oração coletiva, o sacerdote conclui este rito dando a absolvição.
Em relação aos chamados pecados graves ou mortais, estes precisam ser manifestados no sacramento da penitência ou confissão onde, de acordo com o discernimento do sacerdote podem ser perdoados ou retidos.
Mas é preciso se ver o que estabelece o magistério da igreja e ouvir melhor os nossos tira-dúvidas. As informações que passo neste colóquio são fruto da minha compreensão e interpretação.
Espero ter contribuido de alguma forma.
Quer Deus o faça sempre mais UM GIGANTE DA FÉ !
Grande abraço !
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Mensagem por Pe. Anderson Seg Mar 22, 2010 6:01 pm

Caro Giganthy,

Seja muito bem vindo ao nosso fórum e muito obrigado pela sua participação. As questões que você colocam aqui são muito interessantes e teríamos muito para dizer. Vou tentar dá uma resposta ao essencial do que está sendo tratado nesse tópico.

Antes de mais nada gostaria de comentar uma afirmação do Flávio aqui:

“Mas é preciso se ver o que estabelece o magistério da igreja e ouvir melhor os nossos tira-dúvidas.”

Essa frase me pareceu bem divertido porque ele, talvez inconscientemente, equiparou os tira-dúvidas oficiais com o magistério da Igreja! Tive que sorrir para essa afirmação, que mostra, creio, que os nossos usuários confiam mesmo nos “tira-dúvidas”. Obrigado pela confiança e só queríamos ressaltar que nossa intenção é sempre ensinar o que ensina a Igreja, através do seu magistério.

Entao vamos as dúvidas do Giganthy:

“Heis que surgiu minha dúvida: existem níveis de pecado?
Houve-se muito dizer que não existe pecadinho nem pecadão, é tudo pecado.
Mas e o Pecado Mortal, não seria um PECADÃO?”

Voce afirma algo que é certo, que todo pecado é pecado, ou seja, toda ofensa a Deus entra no gênero de pecado. Mas nem tudo entra na mesma espécie de pecado. Ai sim há diferença entre pecado leve (ou venial) e pecado grave (ou mortal). Mas antes devemos esclarecer o que é o pecado em geral. A melhor definição de pecado creio que foi dada por Santo Agostinho. A definição mais sintética e essencial. Dizia ele:

Agostinho: "Toda palavra, fato ou desejo contrário a lei eterna de Deus."

O Catecismo da Igreja Católica define o pecado assim:

1849 O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.
Daí podemos concluir que todo pecado é sempre um ato voluntário feito contra a lei de Deus. Isso aqui é muito importante. O pecado é sempre um ato da vontade, se não for assim, não é pecado. E a vontade é definida como o “apetite racional do homem” (Santo Tomás de Aquino). Daí que o verdadeiro pecado inclui sempre a razão humana, implica sempre um juízo racional do homem pelo qual o homem escolhe algo contrário à lei de Deus. Um ato feito sem o uso da razão e da vontade não pode pois ser considerado pecado. (Nesse caso seria um ato do homem e não um ato humano.)

O pecado pode ser feito por pensamentos, palavras, atos e omissões. E de acordo com cada um dessas formas de serem cometidos, podem ser leves ou mortais. Mas há outras formas de se classificar o pecado. Diz o Catecismo

1853 Pode-se distinguir os pecados segundo seu objeto, como em todo ato humano, ou segundo as virtudes a que se opõem, por excesso ou por defeito, ou segundo os mandamentos que eles contrariam. Pode-se também classificá-los conforme dizem respeito a Deus, ao próximo ou a si mesmo; pode-se dividi-los em pecados espirituais e carnais, ou ainda em pecados por pensamento, palavra, ação ou omissão. A raiz do pecado está no coração do homem, em sua livre vontade, segundo o ensinamento do Senhor: "Com efeito, é do coração que procedem más inclinações, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações. São estas as coisas que tomam o homem impuro" (Mt 15,19-20). No coração reside também a caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado fere.
Como diferenciar pecado mortal de pecado leve?

1855 O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior. O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora a ofenda e fira.

1857 Para que um pecado, seja mortal requerem-se três condições ao mesmo tempo: "E pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente".

1859 O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância
afetada e o endurecimento do coração não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado.
Ou seja, para se fazer um pecado mortal, que é o pecado no seu sentido mais próprio, são necessárias 3 coisas ao mesmo tempo (no mesmo ato): uma matéria grave (são indicadas pelos mandamentos), a plena consciência de que aquele ato é um pecado grave e que se queira realmente fazer aquele ato. Se faltar uma dessas 3 características, o pecado será leve (venial).

Sendo assim, se o ato foi consciente e voluntário, mas não tem uma matéria grave (por exemplo: roubar 1 real de quem é rico), não consiste um pecado grave, mas somente venial. Ou se o ato foi feito contra uma matéria grave mas sem consciência ou sem vontade plena, o pecado não é grave. Ou se foi feito algo grave, com consciência, mas sem vontade (a pessoa sofreu uma violência nesse caso) aí também não será pecado grave.

Então podemos dizer que o pecado mortal é algo terrível: é fazer algo grave porque ofende a Deus, sabendo que é grave e mesmos assim querendo fazê-lo realmente. É algo realmente horrível o pecado mortal pela sua malícia, o que não significa que seja, infelizmente, difícil cometê-lo. O pecado mortal pode ser cometido também em pensamentos ou em desejos. Por exemplo: odiar alguém a ponto de desejar a morte daquela pessoa. Isso é um pecado gravíssimo, ainda que a pessoa não faça nada de mal para o outro. Se pode pecar gravemente também por omissão. Por exemplo: quando os pais tem a obrigação de corrigir os filhos em assuntos graves e não o fazem. É importante não pensar que os pecados graves são só os pecados que fazemos por atos.

Também se pode pecar gravemente (e também levemente) contra todos os mandamentos. Se pode pecar gravemente por inveja das coisas alheias, por desejar uma pessoa casada ou os bens do próximo. E também pode-se cometer pecados veniais contra mandamentos que, em geral, as pessoas só pensam que só se pode cometer pecados graves. Por exemplo: em geral, a maioria das pessoas cristãs pensam que pecado grave é matar e roubar (5 e 7 mandamentos). Isso não é verdade. Pode-se matar sem cometer um pecado grave (quando se mata uma outra pessoa por legítima defesa ou no case de uma guerra justa) e pode-se roubar sem que seja um pecado grave (quando se rouba uma quantia insignificante em relação àquele que foi roubado). Na questão do roubo, costuma-se dizer que é um pecado grave quando se rouba de uma pessoa o que ela ganharia em um dia de trabalho.

Também pode-se pecar contra o 5 mandamento (não matar) sem realmente matar alguém. Isso se dá quando há ódio ou quando se deseja a morte do outro. Depois posso continuar explicando essa questão.

Diz ainda o Catecismo:

1860 A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.
Quais são os pecados que devemos nos confessar?

1457 Conforme o mandamento da Igreja, “todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos uma vez por ano. Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve
receber a Sagrada Comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor. As crianças devem confessar-se antes de receber a Primeira Eucaristia.


1856 O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital, que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação.

A Eucaristia perdoa pecados?

1395 Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia nos preserva dos pecados mortais futuros. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais progredirmos em sua amizade, tanto mais difícil de ele separar -nos pelo pecado mortal. A Eucaristia não é destinada a perdoar pecados mortais. Isso é próprio do sacramento da reconciliação. É próprio da Eucaristia ser o sacramento daqueles que estão na comunhão plena da Igreja.

O ato penitencial da Missa e outras oraçoes e atos piedosos (uso da água benta, jaculatórias, atos de contriçao com amor) perdoa os pecados leves e nos purifica para recebermos bem a Comunhão. Mas não perdoa os pecados graves. Esses são perdoados com a Confissão.

Quais os efeitos dos pecados veniais?

1863 O pecado venial enfraquece a caridade; traduz uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento dispõenos
pouco a pouco a cometer o pecado mortal. Mas o pecado venial não quebra a aliança com Deus. É humanamente reparável com a graça de Deus. "Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna." O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas esses pecados que chamamos leves, não os consideras insignificantes: se os consideras insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio; um grande número de grãos faz um montão. Qual é então nossa esperança? Antes de tudo, a confissão...
A experiência de vida cristã dos santos nos ensina que para que uma pessoa não caia em pecado grave, é necessário lutar com todas as suas forças contra os pecados leves, que são os que debilitam a vontade e vão aproximando as vontades pouco a pouco dos pecados mortais. Por isso os santos e a Igreja em geral recomenda a Confissao freqüente, mesmo quando não haja pecados graves para confessar. A Confissao tem também uma graça própria que fortalece a vontade e ajuda na luta contra o pecado. Os grandes santos modernos tiveram a prática de se confessar uma vez por semana, ainda que não tivessem pecados graves (Madre Teresa de Calcutá, São Josémaria Escrivá, João Paulo II) e assim ensinavam aos cristãos. Podemos dizer que a Confissao não serve somente para nos dá a vida da graça quando a perdemos, mas serve também como antídoto, que nos impede de caiu nos pecados graves.

Agora uma palavra sobre o que disso o Binho:

Pecar, levando em consideração que será perdoado. Isso é Sacrilégio. Ou seja, é usar do sacramento de forma inapropriada.

Propriamente nao é bem assim. É certo que sempre que pecamos sabemos que Deus pode nos perdoar. E propriamente sacrilégio significa desprezo pelas coisas sacras, especialmente pelos sacramentos. É bem difícil cometer um pecado de sacrilégio, mas é possível. Seria um sacrilégio, por exemplo, quem fosse se confessar e ocultasse conscientemente um pecado grave do confessor. Isso seria um sacrilégio, uma atitude contraditória e uma perda de tempo. Nesse caso, ainda que o Confessor desse a absolviçao, os pecados nao sao perdoados. Pois para a Confissao ser válida é necessario o arrependimento sincero, a confissao integra dos pecados graves cometidos desde a ultima confissao, e o propósito de mudança, de emenda. Sem isso, a Confissao é uma perda de tempo.

Bom, creio que respondi essencialmente o que foi apresentado aqui. Tenho mais coisas para dizer, mas por hora, já escrevi muito e nao tenho tempo. Tentarei escrever mais depois. Estou à disposiçao de outras dúvidas. Um grande abraço e que o Senhor os abençoe sempre.
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Seg Mar 22, 2010 6:56 pm

Meu Caro Pe. Anderson,
Peço a sua bênção !
Que bom agente saber que de vez em quando faz o outro rir !
Na verdade, como você afirmou que de forma inconsciente equiparei os nossos tira-dúvidas ao magistério da Igreja. Realmente foi de forma inconsciente, não havendo, portanto, nenhuma intenção neste sentido.
Na verdade, quanto coloquei os nossos tira-dúvidas em evidência, é porque sei que todos agem de acordo com o sagrado magistério. Assim, faço questão de manifestar a confiança que tenho nos que dirigem o nosso fórum.
Que o Senhor nos abençoe sempre mais.
Grande abraço !
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Mensagem por Pe. Anderson Ter Mar 23, 2010 3:42 pm

Caro Flávio,

Que Deus te abençoe! Por favor, nao me leve a mal, nao quis dizer que ri de voce, mas quis dizer que a frase tal como voce apresenta no fórum me pareceu divertida, parece que voce comparava os tira-dúvidas com o Magistério.

"Mas é preciso se ver o que estabelece o magistério da igreja e ouvir melhor os nossos tira-dúvidas. "
Essa frase pode parecer do tipo: voce deve ouvir o magistério e os tira-dúvidas. Eu nao esperava que voce dissesse isso, esperava que voce dissesse para o Giganthy ouvir o seu pároco ou o diretor espiritual. Por isso, me pareceu divertida a sua afirmaçao. Na verdade, sermos comparados com o Magistério é uma grande honra para nós, (e quase um exagero). Mas nao me leve a mal, por favor.

Ao Giganthy gostaria de dizer algo mais, que nao foi dito anteriormente. Sobre a questao da olhadinha para a moça bonita na Igreja: temos que lembrar bem que o pecado é sempre um ato voluntário, e o pecado mortal é um ato voluntário que vai diretamente em contra ao amor a Deus, que mata a caridade em nós. No caso dos olhares, temos que dizer o seguinte: olhar para o mundo exterior é normal, ver uma mulher na nossa frente nao é pecado nem leve, nem mortal, simplesmente nao é pecado. O pecado estaria, podemos dizer assim, no querer olhar em todos os detalhes (acho que voce me entende). O pecado nao está no olhar natural, mas sim no olhar com desejos, ou seja, haveria pecado se o olhar induzisse a pensamentos impuros ou a maus desejos. O pecado é sempre um ato voluntário, é um afastar-se decisivamente da lei de Deus.

Sobre o seu amigo, só para completar, creio que ele nao cometeu mesmo o sacrilégio. Creio que a afirmaçao dele pode revelar uma "consciencia laxa", ou seja, aquela que nao dá o devido valor às faltas pequenas do dia-a-dia. Quem vive assim, corre em grande risco de cair em faltas mais graves.

Outro defeito da consciencia, oposto ao da consciencia laxa, é o da "consciencia escrupulosa". Essa é uma situaçao bem absurda, de pessoas que veem pecado em tudo e assim, criam mais pecados dos que existem. Há pessoas que sofrem muito com isso, chegam até mesmo a pensar que "tudo é pecado", ou seja, que todos os nossos atos humanos sao pecaminosos. Isso é uma situaçao muito difícil, quando alguem cai nessa situaçao tem que confiar muitíssimo no seu diretor espiritual, que fará de tudo para aliviar essa carga tao pesada.

Uma última coisa que gostaria de dizer sobre esse tema: qual é a melhor forma de vencer o pecado? Preocupando-se em fazer o bem. Eu sinceramente aprecio muito a Cancao Nova, mas creio que eles ensinam algo que nao é muito didático. É o lema deles "Por hoje nao, por hoje nao vou mais pecar." Isso é verdade, temos que lutar diariamente contra o pecado, mas o centro da nossa vida crista nao é lutar contra o pecado (isso é uma visao um pouco negativa da nossa fé), mas sim uma luta por fazer o bem. Em vez de pensarmos diariamente, "nao vou mais pecar", deveriamos pensar sempre: "quais sao os bens que posso fazer hoje?"

Se pensarmos bem, por mais criativo que uma pessoa seja, nao há mais formas de pecar do que 10. Sao 10 mandamentos, portanto, sao 10 tipos de pecado. E quantas formas de fazer o bem nós temos diariamente? Infinitas. Ou seja, somos muitíssimo mais livres para fazer o bem do que para fazer o pecado (que na prática uma pessoa sempre confessa 3 ou 4 tipos de pecados, pois o pecado é a coisa mais cansativa e privada de criatividade que existe).

Com isso, gostaria de dizer que ao pecado se vence indiretamente, nao vendo pecado em tudo, mas vendo oportunidades de fazer o bem em todas as circunstâncias. Temos buscar "ser sal da terra e luz do mundo" sempre.

Um grande padre, amigo meu, costuma dizer o seguinte: "hoje trabalhei tanto que nao tive tempo nem para pecar". Isso é uma grande verdade, se nos preocupamos em fazer o bem, se procuramos nao ter tempo para nós mesmos e se confiarmos no Senhor, a nossa luta contra o pecado será muito mais fácil de ser vencida.

Creio que é isso, grande abraço a todos.
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Ter Mar 23, 2010 4:31 pm

Meu Caro Pe. Andesron,
Que bom receber a sua bênção !
Fique tranqüilo, pois em momento nenhum achei que riu de mim, mas é que analisando bem, a maneira como escrevi ficou um tanto quanto cômica ou engraçada. Mas não se preocupe, pois rir é algo muito bom.
Em relação ao seu ultimo colóquio, quando você mostra a frase do seu amigo sacerdote dizendo que não teve tempo nem de pecar porque trabalhou muito, isso me lembra uma frase que o meu tio, também sacerdote dizia muito: "a ociosidade é uma porta aberta para o pecado".
Acho que quando você coloca a questão de se procurar fazer o bem constantemente, além dessa prática que é muito salutar, nos estimula a preencher sempre o tempo com aquilo que é bom. Assim o pecado vai ficando mais longe de nós.
Obrigado, mais uma vez, por tão grande ensinamento a partir das coisas mais simples: Amar...amar... amar !
Um abraço !
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Mensagem por gigantty Ter Mar 23, 2010 9:33 pm

Olha... eu sabia q neste forum eu iria esclarecer certas dúvidas..
Mas não imaginava q vcs fossem tão bons...

Padre Andersom, que Deus abençõe sempre seu Sacerdócio.
Seu trabalho neste forum é muito valioso.

O Sr. Flávio também, meus parabéns pela dedicação.
Se todos os jovens da Igreja frequentassem este forum, certamente teriamos ótimas formações e grandes líderes.

A respeito de "pensar em fazer o bem" antes de "pensar em não pecar". Com certeza isto ja nos faria evitar que pequemos. Concordo plenamente com tudo o que foi dito e me sinto bem mais esclarecido em relação ao assunto.

Gosto de repetir o que um irmão de caminhada me disse uma vez: "É bom se ocupar com os movimentos da Igreja, só assim não da tempo de pecar." E hoje vem se confirmar este pensamento!

Agradeço a Deus ter encontrado vcs e poder fazer parte deste Forum.
Com certeza nos veremos mais vezes por aqui!

Abraço forte à todos e Obrigado!
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qua Mar 24, 2010 5:14 am

Meu Caro Gigantty,
Que a paz de Jesus esteja sempre com você !
Fico agradecido pelas suas palavras de caridade cristã. Nosso dever é sermos sempre mais dedicados cada vez mais, pois a Igreja precisa sempre desse nosso trabalho, uma vez que há sempre a necessidade de esclarecimento a respeito da nossa fé.
Muitos católicos estão minados por várias questões provenientes das seitas protestantes e dos modismos que nos trouxe a modernidade e, assim sendo, é neessário que nos empenhemos no trabalho da evangelização.
Louvo a Deus pela sua existência, pela pessoa que você é e pelo seu testemunho que demonstra essa sêde de Deus.
Um abraço, e que Deus o abençoe !
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Mensagem por quemtembocadizaverdade Dom Out 24, 2010 10:03 pm

por que temos que nos penitenciar quando pecamos? o sacrificio de Jesus não foi perfeito? o nosso é melhor? Não bastar pedir perdão pelos méritos de Cristo?
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Mensagem por Binhokraus Seg Out 25, 2010 8:45 am

O sacrifício de Nosso Senhor não é imperfeito. Porém, Nosso Senhor mesmo recomenda o Jejum e a abstinência. Como sempre gosto de ressaltar que não sou bom com capítulos e versículos, mas vou citar palavras que sabidamente Nosso Senhor proferiu.
Em mais de uma ocasião Nosso Senhor deu recomendações sobre o Jejum e sobre a abstinência por exemplo. Quando não conseguiram expulsar um espírito impuro Nosso Senhor Disse: "Este tipo só com jejum e abstinência"
Em outro momento, logo após Nosso Senhor ter nos ensinado a Oração do Pai Nosso, faz recomendações sobre como jejuar. Em outro momento, quando foi indagado sobre o pq de seus discípulos não jejuarem como os fariseus ele disse: "Eles não podem jejuar e se abster enquanto o noivo está com eles, mas irá chegar a hora em que o noivo não estará com eles, então eles iram jejuar e se abster."

Isso demonstra que mesmo após a partida de Nosso Senhor, as práticas de penitencia não são abolidas, e isso fica claro quando São Paulo diz em um de seus livros: "Completo na minha carne o que falta a paixão de Jesus Cristo"
Ora, será que são paulo queria dizer que a Paixão de Nosso Senhor é incompleta????
Claro que não!!!

O catecismo ensina assim:

"Como [§25]já nos profetas, o apelo de Jesus à conversão e penitência não visa em primeiro lugar às obras exteriores, saco e a cinza”, os jejuns e as mortificações, mas à conversão do coração, à penitência interior. Sem ela, as obras de penitência continuam estéreis e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência.
1431 A [§27]penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às m s obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza salutares, chamadas pelos Padres de “animi cruciatus (aflição do espírito)”, “compunctio cordis (arrependimento do coração)” .
1432 O[§29] coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração novo. A conversão é antes de tudo uma obra da graça de Deus que reconduz nossos corações a ele: “Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lm 5,21). Deus nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de ofender a Deus pelo mesmo pecado e de ser separado dele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi traspassado por nossos pecados.
Fixemos nossos olhos no sangue de Cristo para compreender como é precioso a seu Pai porque, derramado para a nossa salvação, dispensou ao mundo inteiro a graça do arrependimento."

Espero que tenha ajudado na compreensão.
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Mensagem por Ralão Dom Dez 26, 2010 3:56 pm

Boas,

"por que temos que nos penitenciar quando pecamos? o sacrificio de Jesus não foi perfeito? o nosso é melhor? Não bastar pedir perdão pelos méritos de Cristo?."

Acha que era razoável matar alguem e sair ligeiro porque Cristo já tinha morrido na Cruz?

Queria 1 cheque em branco?

Essa ai parece brincadeira.

Cumprimentos.
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Mensagem por Heitor Shalom Qua Dez 29, 2010 10:09 am

Bem, gostaria de partilhar um pouco do que vivo e penso a respeito do topico em vigência!

"por que temos que nos penitenciar quando pecamos? o sacrificio de Jesus não foi perfeito? o nosso é melhor? Não bastar pedir perdão pelos méritos de Cristo?."

MINHA APRESENTAÇÃO PESSOAL:
Meu nome é Heitor Souza, sou filho de Deus, homem, shalom, casado, pai.
Enfim, sou muito feliz por tudo o que tenho e sou! Sou casado a quase 5 anos, tenho 3 lindos filhos, um homem e duas meninas, tenho 26 anos e minha esposa 22 anos, somos postulantes da Comunidade Católica Shalom. Somos uma família feliz, apesar das dificuldades do dia-a-dia de forma geral, mas somos muito felizes pois as dificuldades para nós nos ajudam a viver melhor nosso chamado aqui neste mundo! Não há vitória se não existe a luta! Lutamos pela nossa vitória! Como família e pessoalmente temos uma grande missão dentre todas outroas!
A grande meta de nossa vida é alcançar a santidade e levar os outros a alcança-la!
Nós queremos ser santos não por presunção, mas por vocação!
Depois partilho mais de mim!

Referente ao tópico, eu acho fantástico a dinamica dos sacramentos, em geral a dinamica de Deus em nossas vidas! E sim o sacrifío foi perfeito!

Vou partilhar de como acontece comigo: Eu percebo que quando vou em busca do sacramento da confissão, saio totalmente renovado e animado a continuar minha missão de ANUNCIAR A PAZ, O CRISTO RESSUSCITADO!
A confissão pra mim é um momento onde eu saio de mim, deixo de lado minha vergonha e abro meu coração para expor a Deus toda minha miséria e meu arrependimento, daí quando sou absorvido me sinto purificado, e muito mais livre de anunciar o evangelho! Daí quando o Pe na pessoa de Cristo me dá uma penitência eu acolho com amor e sei que minha penitência está diretamente ligada para que eu não me esqueça a quem eu sirvo, a quem eu me consagrei e para que eu lembre da minha missão! Para que eu me fortaleça!


A prática da oração me leva a cada dia compreender melhor o que Deus tem pra mim! O que Deus quer de mim! No que preciso melhorar!

Enfim, assim é a dinamica entre eu e Deus no que diz respeito ao tópico!
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Mensagem por quemtembocadizaverdade Sáb Mar 12, 2011 8:29 pm

no caso do bom ladrão, o ato penitencial foi a cruz?
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Dom Mar 13, 2011 6:44 am

Caríssima professora,

Que a paz de Jesus esteja com a senhora !

A senhora foge do tema do tópico quando satiriza: "NO CASO DO BOM LADRÃO, O ATO PENITENCIAL FOI A CRUZ ?"

Respondo de maneira óbvia que não foi. Em primeiro lugar, devo lembrar que o Ato Penitencial é um rito pertinente à Celebração da Ceia do Senhor na sua Igreja, ao passo que a penitêcia é algo pertinente á Celebração do Sacramento da Confissão sendo, entretanto, dois atos distintos, mesmo que apresentem alguma semelhança nos termos que os descrevem.

Como a senhora se serviu do caso do bom ladrão no sentido de confundir a compreensão daqueles católicos que são bem intencionados quando buscam o conhecimento da verdade no nosso fórum, sem a mesma sutileza e perniciosidade com que a senhora se serve, vou me servir de outro texto das Sagradas Escrituras que relata o encontro de Jesus com outro ladrão. Trata-se do encontro de Jesus com Zaqueu, descrito no Evangelho segundo São Lucas (19,1-10).

Se analisarmos o texto que a senhora se serve e o texto que eu apresento, vamos perceber o encontro de Jesus com dois ladrões, em contextos distintos. Nos dois textos, há uma nítida confissão dos respectivos ladrões, como há também uma nítida demonstração da misericórdia de Nosso Senhor.

Mas qual é a diferença fundamental entre os dois textos ?

A diferença está exatamente no momento pessoal dos respectivos encontros, em dois contextos diferentes, em circunstâcias distintas.

No primeiro, o ladrão se encontra crucificado e diante da morte cuja sentença já era uma realidade irreversível, onde nada mais poderia ser feito, a não ser confessar os seus pecados e clamar pela misericórdia do Divino Salvador, como de fato aconteceu.

No segundo, o ladrão se encontra diante de toda uma vida a ser vivida daquele momento em diante, onde tem todo um tempo para restituir o que havia defraldado, o que havia roubado, e neste ato, demonstrar com as suas obras a fé que acabara de abraçar, o que se constitui em uma penitência que é fruto da consciência de quem se sente perdoado por Jesus e que se trata, não de uma imposição dada por Jesus enquanto confessor, mas do efeito da graça sobre o penitente que, de acordo com as Sagradas Escrituras, tem o dever de restituição e de reconciliação para com aqueles a quem ofendeu sob qualquer forma de pecado..

Outra diferença fundamental nos dois casos aqui apresentados está muito nítido nas respostas de Jesus àqueles ladrões.

Ao primeiro, Jesus afirma: "HOJE MESMO ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO ! "

Ao segundo, Jesus afirma: "HOJE A SALVAÇÃO CHEGOU NA TUA CASA ! "

Os textos aqui apresentados nos mostram semelhanças e diferenças que não deixam qualquer dúvida à luz da Palavra do Evangelho, de maneira que só não entende quem não quer.

Por outro lado, é muito triste agente perceber que ainda há pessoas que se servem da Palavra de Deus, distorcem e modificam o seu verdadeiro sentido para confundir outras pessoas e levá-las á barbárie do erro.

Um grande abraço !!!
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Mensagem por quemtembocadizaverdade Dom Mar 13, 2011 8:14 am

obrigada pela resposta, concluo então que foi a cruz sim , mas a cruz de Cristo.
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Dom Abr 10, 2011 11:00 am

Foi muito boa essa presença de espírito descrita na postagem de Ralão:

"Acha que era razoável matar alguem e sair ligeiro porque Cristo já tinha morrido na Cruz? Queria 1 cheque em branco?"

Sabemos que o sacrifício de Jesus é perfeito e suficiente para perdoar os nossos pecados. Entretanto, como nos mostrou Ralão, se tomarmos esta palavra ao pé da letra, VAMOS PECAR À VONTADE, POIS O SACRIFÍCIO DE JESUS FOI O SUFICIENTE PARA NOS PERDOAR... QUE BARBÁRIE !!! É preciso compreendermos o que nos ensina São Paulo, no sentido de completarmos na nossa carne o sofrimento de Jesus crucificado. Do contrário, se todo o pecado já está aniquilado na cruz de Jesus sem a necessidade de qualquer ação de nossa parte, qual o sentido da religião? Por que nos reunirmos nas nossas assembléias eclesiais ? Seria um ato de extrema burrice !!!

Um grande abraço a todos !!!

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