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O SENTIDO DO NATAL

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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Seg Dez 14, 2009 3:04 am

Observando a decoração natalina que é amplamente colocada nas ruas, nas praças, nas vitrines das lojas no comércio e em muitas casas, percebemos o tratamento da comercialização que é dado a um evento cristão. Nela, a figura do Menino Jesus é substituida pela do "Papai Noel". A grande preocupação da massa humana está voltada para os ítens da "ceia de natal", quando as Sagradas Escrituras deixam transparecer na narrativa inerente àquele dia e a Sagrada Família não tinha sequer um lugar apropriado para o nascimento do Deus que se fez criança. Alí, certamente não havia a "ceia de natal". O que havia, na maior simplicidade, era a presença do Deus-Menino. Assim, percebemos que o verdadeiro sentido do Natal está sendo gradativamente deturpado, descristianizado, repleto de interesses comerciais e econômicos, e por que não dizer paganizado?
A abertura deste tópico tem por objetivo abrir um espaço para reflexão a respeito do verdadeiro sentido do Natal, partindo de questionamentos como:


  1. O que estamos celebrando ?

  2. O aniversário de quem ?

  3. Que espaço estamos dando na nossa vida à pessoa do aniversariante ?

  4. Em que sentido a celebração do Natal pode modificar a nossa vida ?

  5. Qual a diferença entre o natal que temos e o que deveríamos ter ?

  6. Qual o presente que costumamos dar aos nossos filhos ? Em nome de quem ?

  7. Qual será e onde está o melhor presente ?
Fiquemos na paz do Senhor !
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Mensagem por são vieira Seg Dez 14, 2009 11:41 am

muito interessante a questão...
realmente o sr. flávio tocou num ponto que é cada vez mais apercebido a todos...
o natal é um comércio- prendas, para imagens do presépio, comida em excesso, bebida em excesso...
por certo que cristo não queria nada disso...

e ainda mais questionável é a representação do que aconteceu no nascimento de cristo...

a estrela, segundo o relato da biblia, levou ou astrólogos primeiro ao rei Herodes (que ao saber que havia outro rei além dele queria o matar) e só depois seguiu até Cristo quando já havia nascido faz semanas e já não estava mais na manjedoura...

a biblia sagrada mostra o seguinte relato... mateus cap. 2


1.Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém
2.e
perguntaram: «Onde está o Rei dos judeus recém-nascido? Nós vimos a sua
estrela no Oriente e viemos para Lhe prestar homenagem
».
3.Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a cidade de Jerusalém.
4.Herodes reuniu todos os sumos sacerdotes e os doutores da Lei e perguntou-lhes onde o Messias deveria nascer.
5.Eles responderam: «Em Belém, na Judeia, porque assim está escrito por meio do profeta:
6."E
tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as
principais cidades de Judá, porque de ti sairá um Chefe, que vai
apascentar Israel, meu povo"».
7.Então Herodes chamou secretamente os magos, e investigou junto deles sobre o tempo exacto em que a estrela havia aparecido.
8.Depois,
mandou-os a Belém, dizendo: «Ide e procurai obter informações exactas
sobre o Menino. E avisai-me quando O encontrardes, para que também eu
vá prestar-Lhe homenagem».
9.Depois
de terem ouvido o rei, partiram. E a estrela, que tinham visto no
Oriente, ia adiante deles, até que parou sobre o lugar onde estava o
Menino.
10.Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria.
11.Quando
entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe. Ajoelharam-se
diante d'Ele e prestaram-Lhe homenagem. Depois, abriram os seus cofres
e ofereceram presentes ao Menino: ouro, incenso e mirra.


A Bíblia não diz quantos magos eram. Mas os presépios e as canções natalinas refletem a tradição de que eram três. Evidentemente isso decorre do fato de que havia três tipos de presentes, sobre os quais a Bíblia diz: “Abriram também seus tesouros e presentearam [Jesus] com dádivas: ouro, olíbano e mirra.” — Mateus 2:11.

de qualquer forma, os magos só chegaram a Jesus algum tempo depois pois fizeram uma longa jornada para lá chegar visto que vinham do oriente...

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Mensagem por Pe. Anderson Seg Dez 14, 2009 11:52 am

Caros amigos,


Que legal esse tópico. Publico aqui um texto do Papa sobre o sentido do presépio.



Caros irmãos e irmãs!


Já estamos no terceiro domingo do Advento. Hoje na liturgia ecoa o apelo do Apóstolo Paulo: "Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos... o Senhor está próximo” (Filipenses 4:4-5). A mãe Igreja, enquanto nos prepara para o santo Natal, ajuda-nos a redescobrir o sentido e o sabor da felicidade cristã, tão diferente daquela do mundo. Neste domingo, dando continuidade a uma bela tradição, as crianças de Roma trazem ao Papa, para que sejam abençoadas, as pequenas estátuas do Menino Jesus, que serão depois colocadas em seus berços. E, de fato, vejo presentes, aqui na Praça de São Pedro, tantas crianças e adolescentes, juntamente com pais, professores e catequistas.

Caríssimos, vos saúdo com todo o afeto e vos agradeço por terem vindo. Para mim é motivo de grande júbilo saber que em vossas famílias se conserva a tradição de montar o presépio. Porém, ainda que importante, repetir este gesto tradicional não é suficiente. É necessário buscar viver, na realidade do dia-a-dia, aquilo que o presépio representa, isto é, o amor de Cristo, a sua humildade, sua pobreza. Foi o que fez São Francisco de Assis em Greccio: representou ao vivo a cena da Natividade, para assim poder contemplá-la e adorá-la, mas principalmente para que pudesse saber a melhor forma de pôr em prática a mensagem do Filho de Deus, que por amor a nós despojou-se de tudo e se fez uma pequena criança.

A bênção dos “Bambinelli” – como se diz em Roma – nos lembra que o presépio é uma escola de vida, do qual podemos aprender o segredo da verdadeira felicidade. Esta não consiste de muitas posses, mas em nos sentirmos amados pelo Senhor, em doar-se aos outros e no querer bem.
Olhemos para o presépio: Nossa Senhora e São José não parecem uma família de muita sorte; tiveram seu primeiro filho em meio a grandes
dificuldades; e, no entanto, estão plenos de alegria interior, porque se amam, se ajudam, e, principalmente, porque estão certos de que Deus está a operar em sua história, o Qual se fez presente no pequeno Jesus.
E quanto aos pastores? Que motivos teriam para se alegrarem? Aquele recém-nascido não mudará sua condição de pobreza e marginalização. Mas a fé os ajuda a reconhecer no “menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura”, o “sinal” do cumprimento das promessas de Deus para todos os homens “que são do seu agrado” (Lc 2,12.14), inclusive para eles!

É nisto, caros amigos, que consiste a verdadeira felicidade: no sentir que nossa existência pessoal e comunitária é visitada e reenchida por um grande mistério, o mistério do amor de Deus. Para sermos felizes, necessitamos não apenas de coisas, mas também de amor e de verdade: necessitamos de um Deus próximo, que aqueça nosso coração, que responda aos nossos anseios mais profundos. Esse Deus se manifestou em Jesus, nascido da Virgem Maria. Por isso, aquele Menininho, que colocamos na cabana ou na gruta, é o centro de tudo, é o coração do mundo. Oremos para que cada homem, como fez a Virgem Maria, possa acolher, como o centro da própria vida, o Deus que se fez Menino, fonte da verdadeira felicidade.

Um grande abraço e um Santo Natal a todos.
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Mensagem por Pe. Anderson Qui Dez 24, 2009 11:27 am

Queridos amigos,

Creio que esse texto do Papa Bento XVI explica maravilhosamente o sentido do Natal.


"Caros irmãos e irmãs,

Com a Novena de Natal, que celebramos nestes dias, a Igreja nos convida a viver de modo intenso e profundo a preparação para o nascimento do Salvador, que já está iminente. O desejo, que todos portamos em nossos corações, é de que a próxima festa do Natal nos dê, em meio à atividade frenética dos dias de hoje, o presente sereno e profundo de tocarmos a bondade de nosso Deus com as mãos, infundindo-nos nova coragem.

Para melhor compreendermos o significado do Natal do Senhor, gostaria de fazer uma breve referência à origem histórica desta solenidade. De fato, o Ano litúrgico da Igreja não se desenvolveu inicialmente a partir do evento do nascimento de Cristo, mas sim da fé em sua Ressurreição. Portanto, a festa mais antiga da cristandade não é o Natal, mas a Páscoa; a ressurreição de Cristo fundou a fé cristã, e está na base do anúncio do Evangelho e do nascimento da Igreja. Por isso, ser cristão significa viver de maneira pascoal, fazendo-nos arrastar pelo dinamismo originado do Batismo, e que leva a morrer para o pecado para viver com Deus (cfr Rm 6,4). O primeiro a afirmar com clareza que Jesus teria nascido em 25 de dezembro foi Hipólito de Roma, em seu comentário ao Livro do profeta Daniel, escrito por volta de 204. Algum exegeta observa, depois, que nesse dia era celebrada a festa à Dedicação ao Templo de Jerusalém, instituída por Judas Macabeu em 164 a.C. A coincidência de datas vem então significar que, com Jesus, surgido como Luz de Deus em meio à noite, realiza-se verdadeiramente a consagração ao templo, o Advento de Deus sobre esta terra.

Na cristandade, a festa do Natal assumiu uma forma definida no século IV, quando toma então o lugar da antiga festa romana do Sol Invictus”, o sol invencível; coloca-se assim em evidência que o nascimento de Cristo constitui a vitória da verdadeira luz sobre a escuridão do mal e do pecado.

Todavia, a atmosfera intensa e particular que envolve o Natal veio a desenvolver-se na Idade Média, graças a São Francisco de Assis, o qual era profundamente apaixonado pela figura humana de Jesus, o Deus-conosco. Seu primeiro biógrafo, Tomás de Celano, nos conta que São Francisco “acima de todas as outras solenidades, celebrava com inefável zelo o Natal do Menino Jesus, chamando de a festa das festas aquele dia em que Deus, feito um bebê, mamou em seios humanos” (Fonti Francescane, n. 199, p. 492).

Foi dessa devoção particular ao mistério da Encarnação é que se originou a famosa celebração do Natal em Greccio. Esta, provavelmente, foi inspirada por São Francisco, em sua peregrinação na Terra Santa, e pelo presépio de Santa Maria Maior, em Roma. O que animava o Pobrezinho de Assis era o desejo de experimentar de maneira concreta, viva e atual, a humilde grandeza do evento do nascimento do Menino Jesus, e de comunicá-lo a todos.

Na primeira biografia, Tomás de Celano fala da noite de Natal em Greccio de modo vívido e comovente, contribuindo decisivamente para propagar a mais bela tradição natalina, a do presépio. A noite de Greccio, de fato, deixou para a cristandade toda a intensidade e beleza da festa de Natal, e educou o povo de Deus para que compreendesse sua mensagem mais autêntica, seu calor único, e a amar e adorar a humanidade de Cristo. Esta abordagem particular ao Natal conferiu à fé cristã uma nova dimensão.

Na Páscoa, as atenções se concentravam sobre a potência de Deus que vence a morte, inaugura a vida nova e nos ensina a esperar pela vida que virá. Com São Francisco e seu presépio, evidencia-se o amor desarmado de Deus, sua humildade e bondade, que na Encarnação do Verbo se manifesta aos homens, ensinando-os um novo modo de viver e amar.

Celano nos conta que, naquela noite de Natal, foi concedida a São Francisco a graça de uma visão maravilhosa. Viu dormindo imóvel na manjedoura um pequeno menino, que despertou de seu sono com sua aproximação. E acrescenta: “nem mesmo essa visão discordava dos fatos, porque, por meio de Sua Graça que agia através de seu santo servo Francisco, o menino Jesus foi ressucitado no coração de muitos que o haviam esquecido”. (Vita prima, op. cit., n. 86, p. 307).

Este quadro descreve com grande precisão, como a fé viva e o amor de São Francisco pela humanidade de Cristo transmitiram à fé cristã do Natal: a descoberta de que Deus se revela nos ternos braços do Menino Jesus.

Graças a São Francisco, o povo cristão pôde perceber que, no Natal, Deus se tornou verdadeiramente Emanuel, o Deus-conosco, do qual nenhuma barreira nem nenhuma distância pode nos separar. Naquele Menino, Deus passou a estar tão próximo de cada um de nós, que podemos nos referir a Ele por você, cultivando com Ele uma relação íntima de profundo afeto, como faríamos com um recém-nascido. Naquele Menino, de fato, se manifesta Deus-Amor: Deus vem sem armas, sem a força, porque não pretende conquistar, por assim dizer, a partir do externo, mas deseja ao contrário ser acolhido pelo homem livremente; Deus se faz um Menino indefeso a fim de vencer a soberba, a violência, o ímpeto de possuir do homem. Em Jesus, Deus assumiu essa condição pobre e desarmada para nos vencer pelo amor, conduzindo-nos à nossa verdadeira identidade. Não devemos esquecer que o maior dos títulos de Jesus Cristo é justamente o de “Filho”, Filho de Deus; a dignidade divina é indicada por essa terminação, que prolonga a referência à sua humilde condição na manjedoura de Belém, enquanto corresponde de maneira única à sua divindade, que é a divindade de “Filho”.

Sua condição de Menino nos indica, ainda, como podemos encontrar a Deus e desfrutar de Sua presença. É à luz do Natal que podemos compreender as palavras de Jesus: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus”. (Mt 18,3)

Aquele que ainda não compreendeu o mistério do Natal, não compreendeu o elemento decisivo da existência cristã. Quem não acolhe Jesus com coração de criança, não pode entrar no reino dos céus: é isso que Francisco queria lembrar à cristandade de seu tempo e à de todos os tempos, também de hoje.

Oremos ao Pai para que conceda aos nossos corações aquela simplicidade que reconhece no Menino o Senhor, como fez Francisco em Greccio.Assim poderá ocorrer também a nós o que Tommaso da Celano nos conta – referindo-se à experiência dos pastores na Noite Santa (cfr Lc 2,20) – sobre aqueles que haviam comparecido ao evento em Greccio: “e cada um retornou à sua casa, pleno de uma inefável alegria” (Vita prima, op. cit., n. 86, p. 479)".


Grande abraço a todos e um Santo Natal.
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Mensagem por jonatan faxola Sex Set 17, 2010 3:32 pm

o natal foi tirado de uma festa paga?porque comemoramos o natal no dia 25 de dezembro?qual a explicaçao que devemos dar as crianças sobre papai noel? eos significados natalinos da: arvore etc..se alguem puder ajudar eu agradeço.

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Mensagem por jonatan faxola Ter Out 05, 2010 4:27 pm

ta brabo ai gente ninguem fala sobre esse assunto??????

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Mensagem por Pe. Anderson Ter Out 05, 2010 5:53 pm

Caro Jonatan,

Desculpe pela demora em te responder. Eu te pediria mais uma semana de tempo. Eu tenho no meu computador varios textos explicando o assunto, mas nao tenho o meu computador comigo, por isso te peco um pouco mais de tempo. Logo te daremos a resposta.

Grande abraco e desculpa nossas falhas.

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Mensagem por quemtembocadizaverdade Ter Out 05, 2010 7:10 pm

O Natal é uma adaptação católica de antigas festas pagãs. Estas festas eram promovidas por culturas ancestrais para comemorar o solstício de inverno e trazer boa sorte na agricultura.
O solstício de inverno é a noite mais longa do hemisfério norte, e acontece no final de dezembro.

Depois do solstício, o sol vai gradativamente aumentando seu tempo de exposição no céu. A celebração do solstício é atribuída a épocas anteriores ao nascimento de Cristo. Na antiguidade, significava uma virada das sombras para a luz - o renascimento do sol.

O costume foi adotado pelos gregos e, logo em seguida, pelos romanos, que perpetuaram a tradição através das Saturnálias, realizadas entre os dias 17 de dezembro e 1º de janeiro. Os persas, por sua vez, comemoravam, neste período, o nascimento de Mitra, Deus do Sol. Os persas acreditavam que um pequeno sol nascia sobre a forma de um bebê, comemorando em 25 de dezembro o Dia do Nascimento do Sol Invicto. Grandes jantares e árvores verdes ornamentadas enfeitavam átrios para espantar os maus espíritos da escuridão, e presentes de bom agouro eram ofertados aos amigos.

No Egito, celebrava-se a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Povos antigos da Grã-Bretanha também comemoravam o evento. As festividades aconteciam ao redor do monumento de Stonehenge, construído em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano. A construção existe até hoje.

Até os primeiros três séculos da era cristã, a humanidade não celebrava o Natal como conhecemos hoje. Foi preciso que o Império Romano adotasse o cristianismo como religião oficial, no século IV. A partir desse momento, a Igreja passou a conferir significados católicos para as tradições e os simbolismos pagãos. Foi a apropriação destes cultos, sobretudo o de Mitra, que acabou gerando o nosso Natal, com a data de nascimento de Cristo sendo celebrada no dia 25 de dezembro.
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Mensagem por quemtembocadizaverdade Ter Out 05, 2010 7:14 pm

No hemisfério norte, o solstício de inverno ocorre entre os dias 21 e 22 de dezembro, quando o sol atinge o seu afastamento máximo da linha do Equador, tornando as noites mais longas e marcando o inicio do inverno. O mitraístas estabeleceram o dia 25 de dezembro como a data do Natalis Solis Invicti, ou Nascimento do Sol Invencível, festividade esta que coincidia com Saturnalia, uma orgia em homenagem a Saturno, que, mais tarde, deu origem ao carnaval.

A influencia do culto pagão celebrado em honra ao Sol sobre o calendário litúrgico cristão conduziu à adoção do dia 25 de dezembro como data oficial do nascimento de Cristo. A adoção de uma festividade pagã, como o dia do Nascimento do Sol Invencível, embora reinterpretada, sincretizada, cristianizada, equivale "a uma traição da fé " cristã (S. Bacchiocchi).

As festividades pagãs do Natalis Solis Invicti envolviam a decoração de arvores com luzes (velas) e a troca de presentes. Mesmo depois de se converterem ao cristianismo, os pagãos transferiram esse costume para a sua nova fé.

Foi a Igreja de Roma a pioneira na adoção e institucionalização da celebração do Natal em 25 de dezembro. E isso é reconhecido por ela mesma, conforme afirma Mário Righetti, celebre teólogo católico:


"... a Igreja de Roma, para facilitar a aceitação da fé pelas massas pagãs, achou conveniente instituir o 25 de dezembro como a festa do nascimento temporal de Cristo, para desvia-las da festa pagã, celebrada no mesmo dia, em honra do Mithras ‘Sol Invencível’, o conquistador das trevas".
Juliano, o apóstata, sobrinho de Constantino, que também era adorador de Mitra, comentou a festa de 25 de dezembro:


"Antes do inicio do ano, no final do mês cujo nome é segundo Saturno (dezembro), celebramos em honra de Helios (o Sol), os jogos mais esplendidos e dedicamos o festival ao Invencível Sol... Que os deuses governantes me concedam louvar e sacrificar neste festival com sacrifícios! E sobre todos os outros, que Helios mesmo, o rei de todos, conceda-me isto".
Em seu livro Astrologia e Religião entre os romanos, Franz Cumont comenta:


"Parece certo que a comemoração da natividade foi posta em 25 de dezembro porque no solstício de inverno era celebrado o renascimento do deus invencível. A adotar esta data... as autoridades eclesiásticas purificaram, de algum modo, alguns costumes pagãos que não conseguiram suprimir".
Em toda a Escritura hebraica há apenas a menção da comemoração de um único aniversario: O do faraó, no qual o padeiro do rei foi enforcado "E aconteceu ao terceiro dia, o dia do nascimento de Faraó, que fez um banquete a todos os seus servos; e levantou a cabeça do copeiro-mor, e a cabeça do padeiro-mor, no meio dos seus servos. E fez tornar o copeiro-mor ao seu ofício de copeiro, e este deu o copo na mão de Faraó, mas ao padeiro-mor enforcou, como José havia interpretado". (Gênesis 40:20-22). No Novo Testamento o único festejo similar mencionado é o natalício de Herodes, no dia em que a cabeça de João Batista foi decepada e oferecida num prato a Salomé (Marcos 6:21-28). É bastante significativo que as duas únicas menções bíblicas a festas comemorativas de datas natalícias, isto é, de aniversários, tenham a ver com execuções, com mortes, e estejam, invariavelmente, relacionadas a orgias gastronômicas, bebedeiras e lascívia. Há apenas duas comemorações natalícias em toda a Bíblia, ambas em homenagens a dois governantes pagãos e idolatras. Ambas terminaram em mortes. Um historiador comentou: "A noção de uma festa de aniversario era desconhecida aos cristãos da igreja primitiva".

Um escritor do terceiro século da era cristã afirma: "dentre todas as pessoas santas nas Escrituras não se registra nenhuma delas como tendo realizado festa ou banquete em seu aniversário natalício. São apenas governantes pagãos que aparecem comemorando seus aniversários". Fica claro, então, que a pratica de celebração festiva de aniversários natalícios não teve origem nem no Antigo nem no Novo Testamento. Outros historiadores atestam que os judeus "consideravam as celebrações de aniversários natalícios como parte da adoração idólatra ... e isto devia-se aos ritos idólatras que eram praticados em honra a divindades padroeiras de cada dia, ou seja, do dia em que a pessoa nascia"; Essa prática é adotada até os dias de hoje, quando ainda muitas pessoas consultam o calendário para ver qual o santo padroeiro do dia do nascimento de algum bebê, para dele tirar o nome do recém-nascido. Essa idolatria para com o deus ou santo padroeiro do dia natalício acabou se transformando num outro tipo de idolatria: a egolatria, que é adoração do próprio eu. A pratica da celebração do aniversario conduz ao culto da personalidade do aniversariante. Com o advento de Cristo e o inicio do cristianismo, nada mudou em relação à pratica de festejos de aniversários. Ora, se os cristãos primitivos não tinham o habito de celebrar seus próprios aniversários por ser isso um costume pagão e idolatra, muito menos celebrariam o nascimento do Salvador.

O próprio Senhor Jesus nos deixou uma clara instrução para que celebrássemos uma data especifica. Durante a ultima ceia com os apóstolos, Jesus ordenou que os cristãos celebrassem a Sua morte, dizendo: Fazei isto em memória de mim; "E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim". (Lucas 22:19). Portanto, Cristo é a nossa Páscoa. O Senhor Jesus jamais ordenou, nem sugeriu, que se comemorasse a data de seu nascimento, mas sim a Sua entrega para morrer pelos nossos pecados.

Para que os pagãos pudessem continuar adorando o Sol, festejando o renascimento do astro-rei, a festividade do natal do Sol foi transformada na celebração da natividade do Salvador Jesus. Mais uma vez o engano foi semeado junto a fé dos santos, o profano foi misturado ao sagrado, o joio ao trigo, o paganismo e o cristianismo deram-se as mãos para, juntos, fazer prosperar o erro.

Não foi difícil convencer os cristãos a guardar o dia 25 de dezembro como o dia do nascimento de Jesus. Com a argumentação de que Jesus é o Sol da Justiça não demorou muito para que os pagãos convencessem os cristãos a adotar essa data. Assim, tanto pagãos quanto cristãos, todos ficaram satisfeitos. Alguns afirmam que isso foi apenas uma forma de atrair pagãos para o cristianismo; mas, na realidade, foi uma forma de introduzir o paganismo dentro do cristianismo.

Roma pagã comemorava, ainda nesta data, duas festividades: as Saturnálias, que terminavam com o solstício, e as Calendas, festa que celebrava a chegada do ano novo. As Saturnálias (ou Saturnais) eram orgias carnavalescas, onde havia muito vinho e muita depravação, tudo em homenagem ao deus Saturno. Durante as Saturnais havia muita licenciosidade e anarquia comandadas por um chefe de folia, uma espécie de rei momo, um homem gordo, que representava Saturno, mas que em muito se assemelhava ao Papai Noel. Havia, ainda, as ceias fartas, a tradicional troca de presentes e a queima de velas. O resultado da assimilação dessas festas foi uma estranha mistura de festivais pagãos com falsas datas e falsos motivos cristãos, que passamos a chamar de Natal e Ano Novo.

No ano 245 A.D., Orígenes repudiou a comemoração do nascimento de Cristo "como se fosse ele um faraó". Mas, em 275 A.D., o imperador romano Aureliano estabeleceu, como festividade obrigatória, a comemoração do Natalis Solis Invicti no dia 25 de dezembro, data solstício de inverno. No ano 336, a Igreja de Roma assimilou essa festividade pagã como data do nascimento de Jesus Cristo, prática essa que começou a ser difundida a partir de Roma para as demais igrejas cristãs. Finalmente, em 440 A.D., o dia 25 de dezembro foi oficialmente estabelecido como data do nascimento de Jesus, o que, até hoje, é aceito por toda cristandade.

A Nova Enciclopédia Católica reconhece: "A data do nascimento de Cristo não é conhecida. Os evangelhos não indicam nem o dia nem o mês". A revista católica americana U.S. Catholic diz: "É impossível separar o Natal de suas origens pagãs".

A maioria dos cristãos desconhece as origens do natal. Poucos pastores se deram ao trabalho de informá-los. Não julgam importante esse detalhe e muito menos irem contra uma tradição milenar, mesmo que Jesus não tenha ordenado. O que precisa ser feito é conscientizar o povo a respeito, pois o natal é uma forma de idolatria a outros deuses. E o nosso Deus verdadeiro, onde fica?
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Mensagem por jonatan faxola Qua Out 06, 2010 9:46 am

obrigado padre tudo certo, espero mais! obrigado pela compreensao, sua bençao. abraço...

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Mensagem por Pe. Anderson Ter Out 12, 2010 8:24 am

Caro Jonatan,

Como vai? Finalmente vou colocar aqui uma primeira resposta às suas questoes. Essa primeira resposta será uma resposta científica à questao do dia 25 de dezembro, segundo os estudos mais recentes dos historiadores. Depois responderemos aos absurdos e as incoerências dos textos postados nesse tópico. Depois responderemos à questao dos demais símbolos do Natal. Tenha um pouco de paciência e iremos postando tudo aqui.

A Origem da Festa do Natal.


Muitas vezes, se crê que, depois da paz de Constantino, a Igreja teve a clara preocupação de cancelar da mente das pessoas todos os vestígios do culto pagão, e isso através do estabelecimento das festas cristãs. No entanto, este juízo deve ser matizado. Algo que pretendemos fazer com a explicação da origem da festa de Natal.


1. A teoria "clássica" sobre a origem da festa de Natal em Roma e no Norte de África

Os dados mais antigos que temos sobre uma festa cristã, realizada em 25 de dezembro em Roma nos são fornecidos pelo Cronógrafo de 354, o que mostra que pelo menos desde 336 a Igreja considerava esta data como o início do ano litúrgico.

Além disso, a partir de 274 o Império Romano comemorava no 25 de dezembro a festa pagã Dies Natalis Solis Invicti. Esta festa, logicamente ligada ao solstício de inverno, foi criado pelo imperador Aureliano, talvez na dedicação de um templo ao deus do sol no Campo de Março, em Roma. O culto do sol existia há muito tempo em Roma, mas que havia sido "eclipsado" por outros cultos estrangeiros como o culto de Mitra e o culto sírio do Sol Invictus Elagabal. O fim proposto por Aureliano era o de fortalecer a unidade do Império, reforçando um culto romano “autentico” ao sol. Bem, como temos evidências de que em certas partes do Império, como o Norte de Itália, a festa do Natal foi introduzida na segunda metade do século IV, para substituir a festa pagã do Sol Invictus, se pensa “naturalmente” que desde o seu início, em Roma ou no Norte de África, a festa cristã de 25 de dezembro foi criada para substituir a pagã e que o responsável foi precisamente Constantino.

2. A teoria de Thomas J. Talley

Talley se basea num discurso de Santo Agostinho para dizer que a festa de Natal se celebrava no Norte de África e em Roma antes do período de Constantino. De fato, lemos que a festa da Epifania do Senhor era, no tempo de Agostinho, a comemoração da visita dos Reis Magos, mas os donatistas se recusavam a celebrá-la o mesmo dia:

“Justamente nunca quiseram os hereges Donatistas celebrar conosco este dia, pois nem amam a unidade, nem estão em comunhão com as Igrejas do Oriente, onde a estrela foi vista. Nós, porém, juntamente com todos os povos, celebramos a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” CCII Sermo, 2, 2.


Adverte-se que Agostinho rejeita a posição dos donatistas não celebrar a festa da Epifania em 6 de janeiro, sem dizer nada da festa de Natal, que se celebrava no dia 25 de dezembro, então pode-se supor que os donatistas celebravam essa festa o mesmo dia que os católicos. Mas se essa festa fosse sido criada pelos católicos após o cisma donatista eles, seguramente não a teriam aceitado. Portanto, se o cisma começou em 311, ou seja, antes da paz de Constantino, a teoria “clássica” é posta em dúvida.

Além disso, Talley sublinha o fato de que Constantino tinha, como seu pai, uma forte devoção ao culto do sol. Há documentos suficientes para provar este ponto. Com grande probabilidade, suas leis contra certas ocupações no domingo, devem-se mais à sua devoção ao sol que ao sentido cristão do domingo.


3. literatura cristã do II e III

Tanto Justino como Irineu e Tertuliano tinham interpretado em sentido cristológico os textos bíblicos relacionados com o sol: Cristo é a luz verdadeira. Em particular, o texto de Malaquias 4, 2, que contém a frase “o sol da justiça” foi associado com o nascimento de Cristo, sem qualquer intenção de fazê-lo coincidir com a celebração pagã do solstício de inverno. Na verdade, temos um documento de 243 que coloca a festa de Natal em 28 de março. Trata-se do De Pascha Computus, atribuída ao pseudo-Cipriano. A Páscoa teria sido celebrada num 25 de março como o primeiro dia da criação, segundo diz esse autor, e o nascimento de Cristo no dia 28, como a criação do sol (cf. Gn 1).

O quam praeclara et divina Domini providentia, ut in illo die quo factus est sol in ipso die nasceretur Christus V kal. Apr. Feria III et ideo de ipso merito ad plebem dicebat Malachias propheta: “orietur vobis sol iustitiae, et curatio est in pennis eius”. De Pascha Computus, 19. Hartel, ed., CSEL 3.3, 266.
Não se sabe as fontes desta afirmação, mas já 31 anos antes 274, ano da instituição da festa pagã, esse autor entendia o Natal como o Natalis Sol Iustitiae. Portanto, a eleição oficial de 25 de dezembro para celebrar o Natal do Senhor teria ocorrido por volta do ano 243.

4. Conclusão

No estado atual da investigação não se sabe com certeza quando e por que a festa de Natal foi finalmente colocada em 25 de dezembro. O debate continua aberto. Seja o que seja, o estudo de Talley põe em causa a visão "clássica" que fazia do Natal uma festa cristã criada por Constantino para suprimir a festa pagã do Sol Invictus. O simbolismo do solstício de inverno teria sido percebido pelos cristãos como algo providencial.

Grande abraço e que Deus abençoe a todos.
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O SENTIDO DO NATAL Empty Re: O SENTIDO DO NATAL

Mensagem por Pe. Anderson Seg Nov 29, 2010 9:23 am

Caro Jonatan,

Como vai? Coloco aqui uns textos, nos quais o Papa Bento XVI explica o significado da árvore de Natal. Nao há dúvidas que ninguem melhor do que ele para explicar.

Na floresta, as árvores estão umas próximas das outras e cada uma delas contribui para fazer com que a floresta seja um lugar sombreado, por vezes escuro. Eis que, escolhido entre tantos, o abete majestoso que me ofereceis hoje está iluminado e coberto de decorações cintilantes que são como outros tantos frutos maravilhosos. Deixando o seu hábito escuro por um esplendor cintilante, é transfigurado e torna-se portador de uma luz que não é sua, mas que dá testemunho da verdadeira Luz que vem ao mundo. O destino desta árvore é a mesma dos pastores: enquanto velam nas trevas da noite, são iluminados pela mensagem dos anjos. O destino desta árvore é também comparável com o nosso, nós que somos chamados a dar bons frutos para mostrar que o mundo foi deveras visitado e resgatado pelo Senhor. Colocada ao lado do presépio, esta árvore mostra, à sua maneira, a presença do grande mistério no lugar simples e pobre de Belém. Aos habitantes de Roma, a todos os peregrinos, a quantos visitarem a Praça de São Pedro através das imagens das televisões de todo o mundo, ela proclama o advento do Filho de Deus. Através dela, é o solo da vossa terra e a fé das comunidades cristãs da vossa Região que saúdam o Menino Jesus que veio para renovar todas as coisas e convidar todas as criaturas, das mais humildes às mais elevadas, a entrar no mistério da Redenção e a ele se associar.

Fonte: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2009/december/documents/hf_ben-xvi_spe_20091218_albero-natale_po.html

No Salmo 96/95, Israel e, com ele, a Igreja louvam a grandeza de Deus que se manifesta na criação. Todas as criatura são chamadas a aderir a este cântico de louvor, encontrando-se lá também este convite: «Alegrem-se as árvores da floresta, diante do Senhor que vem» (12s.). A Igreja lê este Salmo também como um profecia e simultaneamente uma missão. A vinda de Deus a Belém foi silenciosa. Somente os pastores que velavam foram por uns momentos envolvidos no esplendor luminoso da sua chegada e puderam ouvir uma parte daquele cântico novo que brotara da maravilha e da alegria dos anjos pela vinda de Deus. Esta vinda silenciosa da glória de Deus continua através dos séculos. Onde há fé, onde a sua palavra é anunciada e escutada, Deus reúne os homens e dá-Se-lhes no seu Corpo, transforma-os no seu Corpo. Ele «vem». E assim desperta o coração dos homens. O cântico novo dos anjos torna-se cântico dos homens que, ao longo de todos os séculos, de forma sempre nova cantam a vinda de Deus como Menino e, a partir do seu íntimo, tornam-se felizes. E as árvores da floresta vão até Ele e exultam. A árvore na Praça de São Pedro fala d’Ele, quer transmitir o seu esplendor e dizer: Sim, Ele veio e as árvores da floresta aclamam-No. As árvores nas cidades e nas casas deveriam ser algo mais do que um costume natalício: indicam Aquele que é a razão da nossa alegria – o próprio Deus que vem, o Deus que por nós Se fez menino. O cântico de louvor, no mais fundo, fala enfim d’Aquele que é a própria árvore da vida reencontrada. Pela fé n’Ele, recebemos a vida. No sacramento da Eucaristia, dá-Se a nós: dá uma vida que chega até à eternidade. Nesta hora, juntamo-nos ao cântico de louvor da criação e o nosso louvor é ao mesmo tempo uma oração: Sim, Senhor, fazei-nos ver algo do esplendor da vossa glória. E dai a paz à terra. Tornai-nos homens e mulheres da vossa paz. Amen.

Fonte:http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2008/documents/hf_ben-xvi_hom_20081224_christmas_po.html

Grande abraço.
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Mensagem por Paulo Henrique Viana Qua Dez 01, 2010 8:12 am

UM NATAL BEM DISTANTE

No passado, nossos irmãos podem até ter tido boas intenções para introduzir a festa natalina. Atribuindo a Cristo Jesus tudo aquilo que os homens davam aos deuses pagãs, revelando assim quem é a verdadeira Luz que Ilumina todo homem, quem é o sol da Justiça.

Mas, infelizmente o que se comemora do Natal hoje, é vergonhoso. O que deveria ser um reconhecimento a Cristo, tornou-se pior do que antes. Qual o verdadeiro sentido do natal? Nâo é mais Cristo.

Não vamos fechar os olhos para a realidade, fingindo que nada está acontecendo, ou dizendo, cada um por si... O natal virou comércio. Se não tiver presentes não é Natal... O natal virou festa, se não tiver cerveja, vinho, refrigerante e coisas gostosas para comer não é Natal... O Natal virou discoteca, as canções entoadas não são mais a respeito de Jesus, mas sim sobre sexo, violência, natureza, há quem no dia 25 de dezembro usa seu precioso som para divulgar músicas carregadas de palavrões e apologias ao crime, e se não houver este tipo de diversão, Não é Natal.

E tudo isto acontece em um país que autodenomina Cristão, e ninguém faz nada, sabem porque? Quem é a "voz do deserto" para dizer, que no Natal todos os cristãos estarão nas missas, nos cultos, celebrando a Jesus durante 24 h, por dia, sem presentes, sem bebidas alcoolicas, sem músicas depravadas, e com roupas decentes.

Esta voz do deserto, não duraria muito, porque atrás de tudo isto, existe o lucro, o comércio, a mídia, os poderosos deste mundo.

Pobre Natal, Infeliz Natal. O que era para ser Celebração ao Rei dos reis, virou uma simples festa popular

Tchau Jesus, seja bem-vindo Papai Noel e companhia.

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Mensagem por Paulo Henrique Viana Qua Dez 01, 2010 8:15 am

correção...

Digo, deuses pagãos no lugar de deuses pagãs
Digo, que no Natal todos os cristãos deveriam estar, no lugar de ... todos cristãos estarão.

Paulo Henrique Viana

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Mensagem por Paulo Henrique Viana Qua Dez 01, 2010 8:17 am

Aliás se Cristo é o aniversariante, eu é quem ganho presentes, isto é uma PIADA.

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Mensagem por Pe. Anderson Qui Dez 09, 2010 5:31 pm

Caro Paulo Henrique,

Concordo com você que a festa de Natal, em muitos lugares, vai perdendo o seu verdadeiro sentido. Mas creio que não podemos ser nem pessimistas nem generalizar. Se cada um se esforçar por viver bem o Natal na própria família, estará mantendo o mesmo espirito cristão. Cada um deve, pois, vigiar.

Tambem ver somente coisas tristes no Natal significa ter uma visão parcial da realidade, também no nosso amado País. Eu vejo em muitos lugares as pessoas celebrando o Natal nas suas igrejas, nas famílias, com os amigos e no meio do deserto atual, há também a luz de Cristo brilhando.

Sobre os presentes de Natal: é verdade que Jesus Cristo é o aniversariante e não podemos nos esquecer disso. Mas o sentido de darmos presentes no período de Natal é muito cristão. Significa que, assim como Deus nos deu um grande presente imerecido – o seu próprio Filho – também nós devemos nos esforçar por dar dons gratuitos ao próximo, porque os amamos gratuitamente, assim como Deus nos ama.

Ademais, o sentido dos presentes é mais profundo. Diz as Sagradas Escrituras que Cristo é a Cabeça da Igreja e que os cristãos, a Igreja de Cristo, são o corpo de Cristo. Por isso, podemos dizer que no dia do nascimento de Cristo Cabeça nasce também Cristo Corpo. Ou seja, no dia de Natal os cristãos celebram o próprio nascimento para a vida divina. Portanto, no dia de Natal celebramos o nosso nascimento como filhos de Deus e irmãos entre nós. Daí vem o motivo de fazermos festas.

Alias, gostaria de lembrar uma frase de Frederich Nietzsche, que frequentemente o Papa Bento XVI cita: “é fácil organizar uma festa, o difícil é encontrar alguém que se alegre nela”. Se o Natal não é bem celebrado hoje, se não há verdadeira alegria, é porque nao nos lembramos o seu verdadeiro sentido. É dever de cada um se lembrar disso e transmitir o mesmo aos outros que estão próximos.

No dia de Natal gosto sempre de lembrar algo que disse o Papa Bento XVI no ano 2005. Ele dizia quais são os melhores presentes que nós podemos dar no Natal. São dois: perdoar ou pedir perdao a uma pessoa; ou pedir um favor a um amigo. No segundo caso, damos a possibilidade aos outros de serem bons, de fazerem algo gratuitamente, assim como Cristo fez por nós.

Creio que vale a pena transmitir essa idéia adiante. Eu sempre a digo nas homilias de Natal e causam um grande efeito. Eu costumo dizer que se não procuramos viver esses dois pontos na Noite de Natal, aquela festa foi perdida. Dá bons frutos.

Um grande abraço e que o Senhor sempre o
abençoe.
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O SENTIDO DO NATAL Empty Símbolos do Natal

Mensagem por Pe. Anderson Qui Dez 09, 2010 5:45 pm

Caros amigos,

Para continuar, coloco aqui os significados de alguns símbolos do Natal:

Bolas coloridas
É o enfeite tradicional da Árvore de Natal. Existem em várias cores, e geralmente são feitas de vidros. Representam os frutos da árvore, que é Jesus. São os talentos, os dons, as boas ações, o amor, o perdão, a esperança e a compreensão. Nossas atitudes sãos os frutos de nossa vida; como as bolas, refletem o que somos. Elas também simbolizam as graças que diariamente recebemos. A cada ano se desgastam no brilho, mas estarão cada vez mais cheias de lembranças e emoções acumuladas.

Sinos
Os sinos emitem sons agradáveis e audíveis à distância, e são tocados em ocasiões geralmente festivas. Fazem parte do campanário das igrejas e também têm uso particular. Servem para enviar mensagens pelo ar. De modo geral, seu toque é festivo. Tocado por ocasião do Natal, nos lembra o fato de termos um Salvador que e fez homem, habitou entre nós e partiu deixando sua mensagem de amor e paz.

Estrela
É usada na ponta da Árvore de Natal para nos lembrar da Estrela de Belém, que guiou os reis magos até a manjedoura de Jesus. Tem quatro pontas, representando o norte, o sul, o leste e o oeste. A misteriosa Estrela de Belém é citada na Sagrada Escritura em Mateus, capítulo 2, versículos 2, 9 e 10 (Mt 2, 2.9.10). É sempre usada como símbolo de alegria, de guia, para despertar e atrair. A estrela é luz permanente. Representada com cinco pontas lembra o ser humano: braços e pernas esticadas e a cabeça, onde está a vontade. Também é encontrada com seis pontas, que é sinal de paz.

Velas
Elas simbolizam Cristo, a luz do mundo, que devemos imitar. É uma tradição nórdica. No início as famílias fabricavam artesanalmente suas velas, usando a cera pura fabricada por abelhas, conservando sua cor natural. A chama cintila, serpenteia, atrai e ilumina nosso ser.

Papai Noel
A origem do Papai Noel é incerta e cercada de histórias. A mais conhecida vem do século IV e fala sobre Nicolas, nascido em 281, que tornou-se bispo de Myra, na Ásia Menor. Conta-se que seus pais tiveram dificuldades para ter filhos, até que nasceu Nicolas. Dando graças pelo fato, eles passaram a distribuir alimentos, roupas e dinheiro aos pobres, até que vieram a falecer devido a uma epidemia. Nicolas herda a grande fortuna de seus pais, torna-se bispo e continua o trabalho de ajuda aos necessitados. Nicolas viveu na época do Imperador Diocleciano, em Roma, e é representado ainda hoje, na Europa, usando vestes de bispo, com um bastão numa das mãos e um saco de presentes na outra. Morreu no ano de 350 d.C. Passou a ser conhecido por S. Nicolas. À medida que a lenda sobre seus feitos foi sendo passada através das culturas alemã e holandesa, o bispo tornou-se Sinterklass, Saint Nicoleses e finalmente Santa Claus ou Santa Klaus. O Papai Noel é amado pela crianças e respeitado pelos adultos. Papai Noel não pode ser visto pelo prisma científico ou religioso. É um ser capaz de unir a humanidade em torno de coisas boas: amor, ternura, paz, sentimentos, carinho, gestos.

Ceia Natalina
Ceia é uma reunião festiva entre os familiares e amigos para se comemorar algum evento importante. A ceia natalina é uma reunião ainda mais familiar, íntima e carinhosa, quando afloram nos corações das pessoas os sentimentos mais variados. Haverá a alegria do encontro, a saudade de quem partiu, a presença de um novo membro, mesclando emoções diversas, pois todos ficam predispostos a se entregar afetivamente, trazendo a mensagem de que Cristo quer renascer no coração de cada um de nós. A tradição nos conta que após a Missa do Galo, celebrada à meia-noite do dia 24, era servida uma refeição frugal aos presentes. Com o passar do tempo essa refeição foi transferida para as casas dos fiéis e tornou-se mais sofisticada. Iguarias deliciosas, assados, bolos, pudins, passas, nozes, castanhas, tâmaras, frutas cristalizadas... se tornaram indispensáveis. Na ceia natalina não falta uma vela acesa, nos lembrando a fé das pessoas em Jesus Cristo, que continua brilhando através dos tempos.

Árvore de Natal
Sendo uma planta que cresce em sentido vertical, apontando para o céu, a árvore é considerada por muitos como "intermediária entre o céu e a terra". A árvore luminosa, colorida, enfeitada, é uma das tradições do Natal. É costume da Antiguidade e estao bastante sedimentados e absorvidos pelos cristãos. Há inúmeras versões sobre sua origem. Quando o mundo foi criado, nos diz a lenda, Deus deixou o pinheiro com folhas ásperas, fazendo-o sempre se lamentar. Para reparar o mal e para que a árvore parasse de se queixar, fez com que ela fosse o único vegetal que conserva suas folhas no inverno e que pelo menos uma vez ao ano teria o brilho das luzes. - Isso nos lembra a vida e a imortalidade. É Natal! Há árvores decoradas por toda parte: nos centros comerciais, nas ruas, nas residências... enfim, onde existam corações abertos para comemorar o aniversário de Jesus. Ele é o tronco da árvore da vida, nós os ramos; os ramos darão frutos se permanecerem unidos ao tronco, que lhes fornece a seiva da vida divina.

Pé de meia
Como já vimos, São Nicolau, precursor do Papai Noel, era de família rica e ajudava os pobres. Na região onde morava havia três moças pobres, que por falta de dote não conseguiam casar. São Nicolau jogou sacos de moedas pela chaminé de suas casas, que seriam usados como dote. Numa das casas, o saco de moedas caiu numa meia que secava na lareira, nascendo o hábito de se colocar presentes no pé de meia. Outra versão diz que o bispo São Nicolau não gostava de ser percebido quando presenteava, motivo pelo qual colocava os presentes nas chaminés das casas. As crianças perceberam seu método e passaram a deixar ali suas meias. Hoje o costume é usar meias ou botinhas com fins decorativos. São feitas de feltro, possuem aplicações ou bordados e se tornaram um símbolo natalino.

Presentes
Presentear é tão antigo quanto a própria humanidade. É uma reação que acompanha importantes rituais em todas as sociedades. Os pagãos presenteavam as divindades, e nós presenteamos nos aniversários, casamentos, formaturas... e por ocasião do Natal. O presente natalino é uma tradição que tem raízes cristãs, inspiradas na visita dos reis magos, que levaram oferendas ao Menino Jesus. Melchior, Gaspar e Baltasar lhe ofereceram ouro, incenso e mirra, e nós oferecemos presentes aos familiares e amigos. É uma expressão silenciosa de nosso bom sentimento para com eles. Para muitas pessoas, esta época é marcada pelo consumismo. O costume de colocar presentes sob as árvores de Natal começou durante o reinado de Elizabete I, filha de Henrique VIII, na Inglaterra, no século XVI. Ela promovia festas natalinas e recebia muitos presentes. Como era praticamente impossível receber diretamente todos os presentes que lhe eram dados, adotou-se o costume de deixá-los sob uma grande árvore natalina, montada nos jardins do palácio. Deus nos deu o maior e melhor de todos os presentes: Jesus Cristo. Sejamos também um verdadeiro presente para as pessoas!

Cartões de boas festas
Surgiram, segundo alguns, em 1843, para outros em 1845, época mais aceita, havendo ainda referências ao ano de 1853. Foram criados por um artista plástico inglês, por encomenda de Sir Henry Cole. Este, diretor do Museu Britânico, percebeu que não teria tempo para escrever à mão as felicitações natalinas, que eram moda na época, e mandou fazer um desenho natalino com um espaço onde escrevia breves palavras.

Luzes
Cintilam simbolizando o fogo da vida eterna e saúdam a festa do sol, a vinda de uma nova era. As velas na Árvore de Natal, por serem perigosas, foram substituídas pelos pisca-piscas que decoram as árvores dos jardins e das ruas, as fachadas das residências, das lojas... dando alegria e causando admiração nas pessoas.

Anjo
Ocupa espaço na parte superior do presépio, presente na maioria deles. Representa o Anjo Gabriel, o anjo da Anunciação, que levou a mensagem do nascimento de Jesus a Maria.

Missa do Galo
No início havia três missas: ao pôr-do-sol do dia 24, à meia-noite e a Missa de Natal, dia 25 pela manhã. Foi o Papa Telésforo quem teve a idéia na escolha do horário de meia-noite, a hora do cantar do galo. Ir à Missa do Galo é uma manifestação de fé cristã e de união familiar. É o compartilhar deste dia especial.

Flor do Natal
Euphorbia pulcherrima, flor-de-papagaio ou espírito santo, possui brácteas vermelhas e folhas bem verdes. É decorativa, ilustra cartões natalinos. Foi encontrada no México em 1828 e depois introduzida na América Latina. Conta-se que uma humilde camponesa desejava oferecer um presente ao Menino Jesus e não tinha o que dar. Surge um anjo e lhe sugere que leve uma planta que existia junto à estrada. Feliz, ela vai entregá-la ao Menino Jesus. As pessoas que presenciavam a cena começaram a rir da pobre senhora, que começou a chorar. Suas lágrimas, ao caírem sobre as folhas, as tornaram vermelhas, para espanto de todos. A poinsettia ou espírito santo é uma planta que, exposta ao sol, é verde. Se estiver à sombra torna-se vermelha: é fato científico.

Cores
O verde e o vermelho são cores dominantes no Natal. O verde é renovação, esperança, regeneração. O verde das plantas capta a energia solar e pelo processo de fotossíntese a transforma em energia vital. O vermelho está ligado ao fogo e ao poder, tanto que aquecer como de destruir, e também ao amor divino. O dourado também é utilizado, e está associado ao sol, à luz, à sabedoria e principalmente a luz da Ressurreição de Cristo, como uma espécie de transformação do material para o espiritual.

Cânticos natalinos
A época natalina sempre é alegrada com cantigas típicas. As primeiras datam do século IV, sendo Jesus refulsit omninum, de S. Hilary Poitiers. Depois as melodias se tornaram mais alegres, e até hoje a mais famosa é Silent Night, ou Noite Feliz, de Joseph Mohr e Franz Gruber, escrita em 1818.

O Natal é uma das maiores festas da cristandade, seus símbolos são maravilhosos, é tudo muito lindo, mas não devemos nos esquecer do principal: é a festa do aniversário de Jesus Cristo, do nosso Salvador.

Grande abraço a todos.
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Mensagem por Rafaela Botelho Sex Dez 10, 2010 9:52 am

Olá,

Aproveitando o tópico acho que poderíamos explicar o porque, o fundamento, a finalidade e o sentido da Novena de Natal.

Não é fazer por fazer, mas preparar o coração para o Senhor que vem.

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Mensagem por Pe. Anderson Dom Dez 12, 2010 1:42 pm

Cara Rafaela, queridos amigos

Eespondendo rapidamente: o sentido das Novenas é preparar as pessoas a viver bem o que vai ser celebrado. Serve para se preparar espiritualmente para o evento extraordinário que ocorre: o Filho de Deus se faz filhos dos homens para fazer dos filhos dos homens filhos de Deus, como diziam os Padres da Igreja.

As novenas servem exatamente para que o Natal seja bem vivido, em oposiçao das situaçoes tristes que vemos em algumas partes.

De qualquer forma, indico o texto de uma Novena de Natal que explica bem o porque dessas. Foi a novena de Natal do ano passado da diocese de Petrópolis, escrita por alguem que talvez voces conhecam.

http://www.diocesepetropolis.org.br/arquivos/arquivo_2009-11-191258643140.pdf

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Mensagem por quemtembocadizaverdade Seg Dez 13, 2010 6:52 pm

O que gosto no natal é que parentes se encontram, fazemos amigos secreto enfim tudo é festa. Porém bate uma tristeza quandofalta alguém querido
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui Dez 16, 2010 5:20 am

É interessante como as pessoas se preocupam com os "VALORES EXTERNOS", como descreve a professora "quemtembocadizaverdade". Estes valores externos se configuram ao serem considerados os familiares, parentes, amigos, as brincadeiras de amigo secreto e outros aspectos que deturpam o verdadeiro sentido do Natal.

Observe-se que no natal da professora "quemtembocadizaverdade" ela considera os parentes, os presentes materiais e até mesmo as pessoas de sua relação que por algum motivo não poderam comparecer !!!

MAS CADÊ O ANIVERSARIANTE ?

ESQUECERAM E COLOCARAM DEUSES ESTRANHOS (AMIGOS, PARENTES, PRESENTES E AUSENTES) NO SEU LUGAR !!!

A PESSOA DE JESUS FOI ESQUECIDA POR COMPLETO, É COMO SE ELE NÃO EXISTISSE AO PONTO DE SEQUER FALAREM NO SEU NOME !!!

E O PIOR É QUE EM RELAÇÃO A ESTA AUSÊNCIA, NEM BATE AQUELA TRISTEZA QUE FOI DESCRITA COMO REFERENTE A FALTA DE ALGUEM QUERIDO !!!

É A ISSO QUE EU CHAMO DE IDOLATRIA !!!

HONESTAMENTE, SEM PALAVRAS !!!
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Mensagem por Pe. Anderson Qua Dez 22, 2010 4:19 am

Caros amigos,

Para acrescentar, gostaria de dizer que a melhor forma de prepararmos o Natal do Senhor é com uma boa Confissao. Assim o Senhor nasce novamente nas nossas almas e nos dá a verdadeira alegria por sua presença. Somente quando o Senhor está presente nossas festas tem sentido. Lembremos o alerta que fazia Nietzsche: "é fácil organizar uma festa, o difícil é encontrar alguem que se alegre nela". Nós teremos uma verdadeira festa de Natal se Cristo estiver presente nas nossas almas.

Gostraria de lembrar também o que dizia Santo Tomás de Aquino: "os cristaos fazem festas para multiplicar oraçoes". Esse é o motivo principal das nossas festas, que se realiza de maneira especial na Liturgia.

Por fim, coloco aqui alguns textos espetaculares do Papa que podem nos ajudar a viver bem o Natal:

"Nada de maravilhoso, nada de extraordinário, nada de magnífico é dado como sinal aos pastores. Verão só um menino envolto em panos que, como todos os meninos, precisa dos cuidados maternos; um menino que nasceu num estábulo e, por isso, não está deitado num berço, mas numa manjedoura. O sinal de Deus é o menino carente de ajuda e pobre. Os pastores, somente com o coração, poderão ver que neste menino tornou-se realidade a promessa do profeta Isaías, que escutamos na primeira leitura: «Um Menino nasceu para nós, um filho nos foi concedido. Tem o poder sobre os ombros» (Is 9,5). A nós também não e nos dado um sinal distinto. O anjo de Deus, mediante a mensagem do Evangelho, nos convida também a encaminhar-nos com o coração para ver o menino que jaz na manjedoura.

O sinal de Deus é a simplicidade. O sinal de Deus é o menino. O sinal de Deus é que Ele faz-se pequeno por nós. Este é o seu modo de reinar. Ele não vem com poder e grandiosidades externas. Ele vem como menino - inerme e necessitado da nossa ajuda. Não nos quer dominar com a força. Tira-nos o medo da sua grandeza. Ele pede o nosso amor: por isto faz-se menino. Nada mais quer de nós senão o nosso amor, mediante o qual aprendemos espontaneamente a entrar nos seus sentimentos, no seu pensamento e na sua vontade - aprendemos a viver com Ele e a praticar com Ele a humildade da renúncia que faz parte da essência do amor. Deus fez-se pequeno a fim de que nós pudéssemos compreendê-Lo, acolhê-Lo, amá-Lo.

Lendo Isaías (1,3) os Padres deduziram que junto à manjedoura de Belém estavam um boi e um asno. Interpretaram assim o texto no sentido de que haveria um símbolo dos judeus e dos pagãos - portanto, de toda a humanidade - que, uns e outros, necessitam, ao seu modo, de um salvador: daquele Deus que se fez menino. O homem, para viver, precisa de pão, do fruto da terra e do seu trabalho. Mas não vive só de pão. Precisa de alimento para a sua alma: precisa de um sentido que encha a sua vida. Por isto, segundo os Padres, a manjedoura dos animais veio a ser o símbolo do altar, sobre o qual jaz o Pão que é o mesmo Cristo: o verdadeiro alimento para os nossos corações. Uma vez mais vemos como Ele se fez pequeno: na humilde aparência da hóstia, de um pedacinho de pão, Ele se nos doa si próprio.
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2006/documents/hf_ben-xvi_hom_20061224_christmas_po.html

hegou o momento que Israel aguardava há muitos séculos, durante tantas horas sombrias – o momento de algum modo esperado por toda a humanidade, ainda que sob figuras confusas: que Deus viesse cuidar de nós, que saísse do seu esconderijo, que o mundo fosse salvo e tudo se renovasse. Podemos imaginar com quanto cuidado interior, com quanto amor Se preparou Maria para aquela hora. A breve anotação «envolveu-O em panos» deixa-nos intuir algo da santa alegria e do zelo silencioso de tal preparação. Estavam prontos os panos, para que o Menino pudesse ser bem acolhido. Na hospedaria, porém, não havia lugar. De algum modo a humanidade espera Deus, a sua proximidade. Mas quando chega o momento, não tem lugar para Ele. Está tão ocupada consigo mesma, sente necessidade tão imperiosa de todo o espaço e de todo o tempo para as próprias coisas, que não resta nada para o outro: para o próximo, para o pobre, para Deus. E quanto mais ricos se tornam os homens, tanto mais preenchem tudo de si mesmos. Tanto menos pode entrar o outro.

João, no seu Evangelho, fixando-se no essencial, aprofundou a breve notícia de São Lucas sobre a situação de Belém: «Veio para o que era Seu, e os Seus não O acolheram» (1, 11). Isto aplica-se antes de mais a Belém: o Filho de David vem à sua cidade, mas tem de nascer num curral, porque, na hospedaria, não há lugar para Ele. Aplica-se depois a Israel: o enviado chega junto dos Seus, mas não O querem. Na realidade aplica-se à humanidade inteira: Aquele por Quem o mundo foi feito, o Verbo criador primordial entra no mundo, mas não é ouvido, não é acolhido.

Em última análise, estas palavras aplicam-se a nós, a cada individuo e à sociedade no seu todo. Temos nós tempo para o próximo que necessita da nossa, da minha palavra, do meu afecto? Para o doente que precisa de ajuda? Para o prófugo ou o refugiado que procura asilo? Temos nós tempo e espaço para Deus? Pode Ele entrar na nossa vida? Encontra um espaço em nós, ou temos todos os espaços do nosso pensamento, da nossa acção, da nossa vida ocupados para nós mesmos?

João nos diz: «Mas, a quantos O receberam, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1, 12). Existem aqueles que O acolhem e deste modo, a começar do curral, do exterior, cresce silenciosamente a nova casa, a nova cidade, o novo mundo. A mensagem de Natal leva-nos a reconhecer a escuridão dum mundo fechado, e deste modo clarifica sem dúvida uma realidade que vemos diariamente. Mas isto diz-nos também que Deus não Se deixa fechar fora. Ele encontra um espaço, entrando nem que seja para o curral; existem homens que vêem a sua luz e a transmitem. Através da palavra do Evangelho, o Anjo fala-nos também a nós, e, na liturgia sagrada, a luz do Redentor entra na nossa vida. Quer sejamos pastores quer sejamos sábios, a luz e a sua mensagem convida-nos para nos pormos a caminho, sairmos da mesquinhez dos nossos desejos e interesses a fim de irmos ao encontro do Senhor e adorá-Lo. Adoramo-Lo abrindo o mundo à verdade, ao bem, a Cristo, ao serviço de quantos vivem marginalizados e nos quais Ele nos espera.

No curral de Belém, lá precisamente onde se verificara o ponto de partida, recomeça a realeza davídica de maneira nova: naquele Menino envolvido em panos e recostado numa manjedoura. O novo trono, donde este David atrairá a Si o mundo, é a Cruz. O novo trono – a Cruz – é o termo correlativo ao novo início no curral. Mas é assim mesmo que se constrói o verdadeiro palácio davídico, a verdadeira realeza. Este novo palácio é muito diverso do modo como os homens imaginam um palácio e o poder real: é a comunidade daqueles que se deixam atrair pelo amor de Cristo e, com Ele, se tornam um só corpo, uma humanidade nova. O poder que provém da Cruz, o poder da bondade que se dá: tal é a verdadeira realeza. O curral torna-se palácio: é precisamente a partir deste início que Jesus edifica a grande comunidade nova, cuja palavra-chave os Anjos cantam na hora do seu nascimento: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens que Ele ama», ou seja, homens que depõem a sua vontade na d’Ele, tornando-se assim homens de Deus, homens novos, mundo novo.

No curral de Belém, tocam-se céu e terra. O céu veio à terra. Por isso, de lá emana uma luz para todos os tempos; por isso lá se acende a alegria; por isso lá nasce o canto. Quero, no termo da nossa meditação natalícia, citar uma singular afirmação de Santo Agostinho. Ao interpretar a invocação da Oração do Senhor «Pai Nosso que estais nos céus», ele interroga-se: O que é isto, o céu? E onde é o céu? Segue-se uma resposta surpreendente: «…que estais nos céus – isto significa: nos santos e nos justos. Temos, é verdade, os céus, os corpos mais elevados do universo, mas sempre corpos são, os quais não podem estar senão num lugar. Na realidade, se se acreditasse que o lugar de Deus seria nos céus enquanto as partes mais altas do mundo, então as aves seriam mais felizardas do que nós, porque viveriam mais perto de Deus. Ora não está escrito: “O Senhor está perto de quantos habitam nas alturas ou nas montanhas”, mas sim “O Senhor está perto dos contritos de coração” (Sal 34/33, 19), expressão esta que se refere à humildade. Do mesmo modo que o pecador é chamado “terra”, por contraposição também o justo pode ser chamado “céu”» (Serm. in monte II 5, 17). O céu não pertence à geografia do espaço, mas à geografia do coração. E o coração de Deus, na Noite santa, inclinou-Se até ao curral: a humildade de Deus é o céu. E se formos ao encontro desta humildade, então tocamos o céu. Então a própria terra se torna nova. Com a humildade dos pastores, ponhamo-nos a caminho, nesta Noite santa, até junto do Menino no curral! Toquemos a humildade de Deus, o coração de Deus! Então a sua alegria tocar-nos-á a nós e tornará mais luminoso o mundo. Amen.

Sobre os presentes de Natal:

Deus «abreviou» a sua Palavra. Ele não está mais longe. Não é mais desconhecido. Não é inalcançável para o nosso coração. Fez-se menino por nós e, com isto, dissolveu toda ambigüidade. Fez-se o nosso próximo, restabelecendo também deste modo a imagem do homem que, com freqüência, se nos revela tão pouco amável. Deus, por nós, fez-se dom. Doou-se a si próprio. Perde tempo conosco. Ele, o Eterno que supera o tempo, assumiu o tempo, atraiu a si próprio para o alto o nosso tempo. O Natal veio a ser a festa dos dons para imitar Deus que por nós doou-se a si próprio. Deixemos que o nosso coração, a nossa alma e a nossa mente fiquem tocados por este fato! Entre os inúmeros dons que compramos e recebemos não esqueçamos o verdadeiro dom: de doarmos-nos mutuamente algo de nós próprios! De doarmos-nos mutuamente o nosso tempo. De abrir o nosso tempo para Deus. Assim desvanece-se a agitação. Deste modo brota a alegria, assim se cria a festa. E lembremos nos banquetes festivos destes dias a palavra do Senhor: «Quando deres um banquete, não convides os que, por sua vez, vão retribuir-te, mas convida os que não são convidados por ninguém e não poderão convidar-te» (cf. Lc 14,12-14). Isto também significa precisamente: Quando deres um presente de Natal não o faças só aos que, por sua vez, te fazem presentes, mas fá-lo aos que não o recebem de ninguém e que nada podem retribuir-te. Assim mesmo fez o Senhor: Ele nos convida ao seu banquete de bodas que não podemos retribuir, que só podemos receber com alegria. Imitemos-lo! Amemos a Deus e, por Ele, também ao homem, para depois redescobrir a Deus, a partir dos homens, de um novo modo!

Para ver esses textos completos:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2006/documents/hf_ben-xvi_hom_20061224_christmas_po.html

http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2007/documents/hf_ben-xvi_hom_20071224_christmas_po.html

http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2008/documents/hf_ben-xvi_hom_20081224_christmas_po.html

http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2009/documents/hf_ben-xvi_hom_20091224_christmas_po.html

Grande abraço e um Feliz Natal a todos.
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O SENTIDO DO NATAL Empty Significado da árvore de Natal

Mensagem por Pe. Anderson Qua Dez 22, 2010 6:08 am

Caros amigos,

Para completar, gostaria de apresentar o significado da árvore de Natal, de acordo com a explicaçao dada pelo Papa Bento XVI no ano 2008. Ele a explica a partir de um versículo bíblico, do livro dos Salmos:

No Salmo 96/95, Israel e, com ele, a Igreja louvam a grandeza de Deus que se manifesta na criação. Todas as criatura são chamadas a aderir a este cântico de louvor, encontrando-se lá também este convite: «Alegrem-se as árvores da floresta, diante do Senhor que vem» (12s.).

A partir disso, o Papa explicava:

A Igreja lê este Salmo também como um profecia e simultaneamente uma missão. A vinda de Deus a Belém foi silenciosa. Somente os pastores que velavam foram por uns momentos envolvidos no esplendor luminoso da sua chegada e puderam ouvir uma parte daquele cântico novo que brotara da maravilha e da alegria dos anjos pela vinda de Deus. Esta vinda silenciosa da glória de Deus continua através dos séculos. Onde há fé, onde a sua palavra é anunciada e escutada, Deus reúne os homens e dá-Se-lhes no seu Corpo, transforma-os no seu Corpo. Ele «vem». E assim desperta o coração dos homens. O cântico novo dos anjos torna-se cântico dos homens que, ao longo de todos os séculos, de forma sempre nova cantam a vinda de Deus como Menino e, a partir do seu íntimo, tornam-se felizes. E as árvores da floresta vão até Ele e exultam. A árvore na Praça de São Pedro fala d’Ele, quer transmitir o seu esplendor e dizer: Sim, Ele veio e as árvores da floresta aclamam-No. As árvores nas cidades e nas casas deveriam ser algo mais do que um costume natalício: indicam Aquele que é a razão da nossa alegria – o próprio Deus que vem, o Deus que por nós Se fez menino. O cântico de louvor, no mais fundo, fala enfim d’Aquele que é a própria árvore da vida reencontrada. Pela fé n’Ele, recebemos a vida. No sacramento da Eucaristia, dá-Se a nós: dá uma vida que chega até à eternidade. Nesta hora, juntamo-nos ao cântico de louvor da criação e o nosso louvor é ao mesmo tempo uma oração: Sim, Senhor, fazei-nos ver algo do esplendor da vossa glória. E dai a paz à terra. Tornai-nos homens e mulheres da vossa paz. Amen.

A árvore de Natal simboliza pois o canto da criaçao a Cristo, nascido como uma criança, por nós homens. Cumpre-se assim as profecias antigas e se torna um símbolo para todas as pessoas: símbolo da presença de Deus, do seu amor para conosco. É um símbolo de alegria (por isso os enfeites) pela vinda de Cristo. É um símbolo da "árvore da vida reencontrada" daquela árvore que nos fala o livro do Gênesis.

Grande abraço e feliz Natal a todos.
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Mensagem por Manuel Portugal Pires Ter Jan 04, 2011 1:02 pm

De todos os comentários o que mais me tocou fundo foi a citação de Malaquias que destaco:

Malaquias 3,20
Mas, para vós que respeitais o meu nome, brilhará o sol de justiça, trazendo a cura nos seus raios; saireis e saltareis como bezerros para fora do estábulo.
(Malaquias 3,20)

Ora esta citação transporta-me para o dia de YHWH pois todo o capítulo fala do mensageiro de YHWH (o simbólico prof. Elias). Cumpre-me destacar a palavra nome de YHWH e a palavra justiça, que não habita neste mundo.
Assim chego ao sentimento dos cristãos do 1º século que esperavam por um mundo de justiça como podemos verificar em

Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos uns novos céus e uma nova terra , onde habite a justiça.
(2ª Pedro 3,13)

É este reino que se pede ao Pai no "PADRE NOSSO".
Portanto, lembremos-nos do passado concentrando-nos na morte do Cristo (1ª Corintios 11,17-33)
com o pensamento no futuro.

29*e Eu disponho do Reino a vosso favor, como meu Pai dispõe dele a meu favor, 30*a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu Reino. .......
(Lucas 22,24-30)
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