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apocalipse

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Mensagem por João Qua Out 08, 2008 8:18 pm

Olá...

Gostaria de saber sobre o Apocalipse...

São fatos que já ocorreram???

Caso não tenham ocorrido, essas "profecias" devem ser interpretadas como o 'final dos tempos'???

abraços
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Mensagem por Pe. Leo Sex Out 10, 2008 11:35 am

Grande Joao, gostei da questao. Creio que estaremos mt tempo por aqui para desenvolver este livro. Tenho para te dizer q é um dos livros que mais gosto na SE e que mais me ajuda na vida espiritual.

Em um próximo momento, poderemos explicar o q é a linguagem apocaliptica, enquanto estilo literário próprio do judaísmo e que foi utilizado pelo cristianismo.

Indo diretamente à sua pergunta, se os fatos do Apocalipse aconteceram ou nao, ao longo dos séculos, 5 interpretaçoes foram dadas ao livro, por ter este um caráter eminentemente simbólico:

a) Interpretaçao profético-histórica: o livro como uma descriçao da história da Igreja, onde através de suas passagens se anunciam os momentos mais importantes q a igreja já passou ou terá q passar. Esta interpretaçao teve muitos adeptos no início da idade média e hoje é a que utilizam os Testemunha de Jeová, que consideram iminente a batalha do Armagedom e a exatidao do número dos escolhidos.

b) Interpretaçao profético-escatológica: onde se considera exclusivamente o q vai acontecer no fim dos tempos. Seria um anúncio do fim do mundo e dos acontecimentos q o preparam. É a postura mais utilizada pelos grupos evangélicos mais radicais.

c) Interpertaçao histórica:onde se afirma que o apocalipse contém exclusivamnte a história contemporânea de S Joao, que oferece um quadro de perseguiçoes e dificuldades da Igreja em seu tempo, principalmente por parte do paganismo e do judaísmo. Segundo esta corrente, o Apocalipse nao é nada mais do q um descriçao simbólica do que ocorria no século I.

d) Interpertaçao histórico-teológica: É A INTERPRETAÇAO MAIS UTILIZADA PELOS PADRES DA IGREJA E MAIS ACEITA NA IGREJA HOJE. Ela parte da interpretaçao histórica dada acima . Esta interpretaçao entende que S Joao nos mostra certamente a situaçao da Igreja naquele momento e também um amplo panorama dos últimos tempos e do caminhar da Igreja na terra, mas com a particularidade de que estes tempos definitivos já se inauguraram com a vinda de Cristo. É uma interpretaçao mt de acordo com o Ev. de s Joao, em que apresenta a vida eterna já iniciada, mas caminhando até a sua plenitude total. Dá-se uma certa perspectiva dos acontecimentos de ontem e de hoje, SEMPRE AMPARADOS NA ESPERANÇA DO TRIUNFO FINAL DE CRISTO. Seria o livro q trata do tema "já, mas ainda mais".

e)Interpetaçao Liturgica: É a interpretaçao mais recente, ainda que muito fundamentada nos Padres, proposta pelo Teólogo Scott Hann, em seu livro " O Banquete do Cordeiro", onde apresenta todo um livro como descriçao da liturgia terrestre como realizaçao da Liturgia celeste. Bastante interessante e com muitos elementos reais.


Bom , espero ter esclarecido algo. Espero as outras dúvidas.
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Mensagem por Guilherme Ter Fev 03, 2009 11:11 am

Olá
Por favor Pe. Leo vc poderia explicar sobre a linguagem apocaliptica?
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Mensagem por Jullia da Paz Sáb Fev 07, 2009 7:34 pm

Pe. Léo, me corrija se eu entendi errado, mas somente a interpretação histórica, histórico-teológica e liturgica são aprovadas pela Igreja Católica, mesmo a histórico-teológica sendo a mais utilizada?
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Mensagem por Pe. Leo Ter Abr 14, 2009 9:56 am

A mais aceita pela Igreja é a Histórico/ teológica e a Liturgica.
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Mensagem por Lukaas Dom maio 10, 2009 2:29 pm

Então pode se dizer que o livro do apocalipse é o fim dos tempos certo?E como uma profecia ,estaria para acontecer em pouco tempo ,pois o mundo hoje está marcado pelo pecado como naquela época ?

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Mensagem por Pe. Leo Qui Out 01, 2009 12:12 pm

Peço desculpas pela ausencia o fórum....muito trabalho, graças a Deus. (Num outro tópico, reclamaram do fato de que falta acolhida dos padres às suas ovelhas........em minha paróquia tenho 30.000....e fora as de outras.... para o pastor de uma só Igreja isso seria muito mais fácil...mas esse nao é o assunto).

A apocaliptica é uma forma de linguagem utilizada já no AT e que o NT faz uso desta. Pode ser definida como uma forma simbólica de se expressar ante uma situaçao histórica hostil, como por exemplo, o caso das perseguiçoes. Um apocalipse é uma obra literária que narra revelaçoes celestes através de simbolos que constumam ser interpretados por um ser humano.

Como características principais, nós temos o uso de pseudônimos, principalmente utilizando nomes de personagens importantes na SE. O uso tb da linguagem simbólica, necessária para descrever realidades trascendentes, um presente comprometedor, e referências ao futuro. O uso de visoes tb se coloca como carac literária, que muitas vezes se expressa como uma ascensao aos Céus, para expressar o caráter de sagrado e de urgente das Revelaçoes.

Como exemplos, temos o Livro II dos Macabeus, o profeta Daniel, Ezequiel, zacarias, parte dos Evangelhos e o Livro do Apocalipse.

Qualquer dúvida,mandar por mensagem privada, e se for pertinente, postamos.
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Mensagem por Daniela Ter Out 13, 2009 3:08 pm

gostaria de saber se o livro de apocalipse é simbolico??
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Mensagem por alessandro Ter Out 13, 2009 3:26 pm

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apocalipse Empty duvidas sobre o apocalipse??

Mensagem por jonatan faxola Seg Ago 16, 2010 7:38 pm

ola, queria saber quais a explicaçoes com relaçao ao apocalipse: quem é a besta? o anticristo? ja aconteceu estar por acontecer? pois varios pastores falam sobre esse assunto e muitas das suas deducoes parecem estar de acordo, tentei ver a explicaçao do nosso querido professor felipe aquino mais ele nao entra em grendes detalhes, sei que algumas coisas aindas sao um mistério que o tempo irá revelar mas queria saber qual a posiçao dos grandes santos da igreja e se puder a posiçao do padre leo pois sei que ele é um grande admirador do apocalipse! sou catolico sou estou querendo mais informaçoes para aprofundar minha fé pois as respostas sao o que ameniza tantas tentaçoes nesse mundo de hoje, queria deixar tambem o meu grande abraço ao padre léo. saudades de seu ex aluno da posse abraçao..

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Mensagem por jonatan faxola Seg Ago 16, 2010 7:40 pm

quem puder ajudar nessas questoes do apocalipse por favor opine pois as duvidas e curiosidades sao muitas!!abraço

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Mensagem por Pe. Anderson Ter Ago 17, 2010 5:26 am

Caro Jonatan,

Seja muito bem-vindo ao nosso fórum.

Sobre o Apocalipse, temos alguns tópicos no nosso forum. Creio que voce poderia olhá-los primeiro e depois expor suas dúvidas, assim nossa resposta pode se concentrar em aspectos concretos desse grande livro.

Veja esses tópicos:

https://quemtembocavaiaroma.forumeiros.com/questoes-biblicas-f8/o-apocalipse-t158.htm

https://quemtembocavaiaroma.forumeiros.com/questoes-disputadas-f7/quem-e-babilonia-apresentada-em-apocalipse-17-t753.htm

https://quemtembocavaiaroma.forumeiros.com/questoes-biblicas-f8/os-setes-reis-do-apocalipse-t218.htm?highlight=apocalipse

Grande abraço.
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Mensagem por jonatan faxola Ter Ago 17, 2010 1:45 pm

ola querido padre anderson, muito obrigado pela sua resposta rapida, ainda tenho muitas duvidas mais esses links ja me ajudaram muito pesso ao senhor que se tiver algum livro de um bom autor abordando esses assuntos que possa me indicar. tem que voltar a visitar a posse um dia saudades..um grande abraço do seu ex paroquiano.sua bençao!

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Mensagem por jonatan faxola Ter Ago 17, 2010 1:50 pm

padre queria saber qual a posiçao que a igreja tem sobre chico xavier, pois agora foi lançado o seu filme e muitas pessoas veem ele como sendo um homem santo!abraço

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Mensagem por Pe. Anderson Ter Ago 17, 2010 5:15 pm

Caro Jonatan,

Voce é o Jonatan que eu conheço? Que fazia o curso de Teologia para leigos no Seminário?

Sobre o livro sobre o Apocalipse, posso te indicar um belíssimo livro: "O Banquete do Cordeiro", que faz uma leitura litúrgica do Apocalipse. Mostra que o livro conta a Liturgia celeste, que é vivida por nós como antecipaçao na Santa Missa. Esse livro é muito belo e está em quase todas as livrarias católicas (também no Seminário de Petrópolis).

Depois tenho mais material desse livro no meu computador, em espanhol. Posso te enviar por email, se voce quiser.

Sobre sua pergunta sobre Chico Xavier, é conveniente abrir um novo tópico com a mesma, para nao confundirmos os assuntos e para depois ficar mais fácil dos usuários encontrarem os temos nos respectivos tópicos.

Sobre o espiritismo (religiao de Chico Xavier ) já temos alguns topicos no nosso fórum, que esclarecem a questao.

https://quemtembocavaiaroma.forumeiros.com/questoes-biblicas-f8/esclarecimento-biblico-para-espiritas-t716.htm

https://quemtembocavaiaroma.forumeiros.com/cristianismo-hoje-f4/museu-secreto-das-almas-no-vaticano-reportagem-do-fantastico-t742.htm

Um grande abraço e que Deus te abençoe sempre.
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Mensagem por jonatan faxola Qua Ago 18, 2010 1:35 pm

sou eu mesmo padre, obrigado. ja li esse livro é muito bom, se o senhor puder me indicar outro titulo lhe agradeço. sua bençao.

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Mensagem por quemtembocadizaverdade Qua Set 15, 2010 7:56 pm

As pessoas às vezes acham difícil compreender os livros de Daniel e Apocalipse, porque estes livros contem muitos símbolos, Mulher, animais, chifre e muitos outros ! Com esta tabela de símbolos acredito que posso contribuir para que muitas pessoas possam entender melhor estes dois livros, aplicando a cada assunto os testos Bíblicos contidos neste estudo.

SÍMBOLOS PROFÉTICOS



A Bíblia não é para ser lida como um romance, mais pesquisada conforme falou ISAIAS.

“Um pouco aqui, um pouco ali, regra sobre regra, preceito sobre preceito” ISAIAS, 28:10 e 13.

Para entender melhor as profecias é preciso entender o significado de alguns símbolos proféticos. Por isso abaixo temos uma tabela de símbolos visando facilitar a compreensão das profecias, como se segue:

ANIMAIS
REIS OU REINOS
Daniel 7:17.
“Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra”.
ANIMAIS
REINOS
Daniel 7:23
“O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos”.
MULHER
IGREJA
Éfésios 5:23
“Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja”.
AGUA
POVOS – NAÇÕES
MULTIDÕES
Apocalipse 17:15
“As águas que viste, onde se assenta à prostituta, são povos, multidões, nações e línguas”.
DIA / ANO
1 DIA – 1 ANO
Ezequiel 4:7
Números 14:34
“Quarenta dias te dei, cada dia por um ano. Quarenta anos, um ano por um dia”.
VENTOS
GUERRAS
Jerenias 51:1 - 5
“Eis que levantarei um vento destruidor contra Babilônia”.
CHIFRES
REI OU REINOS
Apocalipse 17:12
Daniel 7:24
“Os dez chifres que viste são dez reis”.
Dez chifres - dez reis.
TEMPOS
ANOS
Daniel 11: 13
“E ao cabo de tempos, isto é, de anos”.
DRAGÃO
DIABO OU SATANÁS
Apocalipse 12:9
“... dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás”.
CAUDA
FALSO PROFETA
Isaias 9:15
“o profeta que ensina mentiras, esse é a cauda”.
ESTRELA
PREGADORES DO EVANGELHO ANJOS
Daniel 12:3
Apocalipse 1:20
“Os que converterem a muitos para a justiça, são como as estrelas. As sete estrelas, são sete anjos das sete igrejas “.
CABEÇA
MONTES
Apocalipse 17:9
“As sete cabeças são sete montes”.
CORDEIRO
JESUS
João 1:29
João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
A BÍBLIA
EM SÍMBOLOS
Lucas 8:10
Mat.13:13 e 14
“A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; mas aos outros se fala por parábolas; para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam”.
SOL
DEUS – JESUS
Salmo 84: 11
“Porque o senhor Deus é o sol e o escudo”.
SOL
JESUS
Apocalipse 1:12 – 16
“Vi um semelhante ao filho do homem. Seu rosto brilhava como o sol na sua força total”.
LUA
FORMOSA GLORIA
Cânticos 6:10
I Coríntios 15:41
“formosa como a lua”
“Uma é a glória do sol, outra a glória da lua”.
GRAVIDA PARA DAR A LUZ
ANGUSTIA / DOR
Jeremias 49:24
Jeremias 4:31.
“Angústia e dores apossaram-se dela como da mulher que está de parto, angústia como a de quem dá à luz o seu primeiro filho”.
FILHO DA MULHER
JESUS
Gálatas 4:4.
“Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”.
DIADEMAS
CORÔAS
Dicionário Aurélio
Diademas = Corôas
1.260 DIAS
DIA / ANO
Ezequiel 4:7
Números 14:34
.“Quarenta dias te dei, cada dia por um ano. Quarenta anos, um ano por um dia”.
1,260 dias / 42 meses / um tempo dois tempos e metade de um tempo
Perseguição da Igreja
Apoc.12 : 6
Apoc.. 13 : 5
Daniel, 7 : 25
Período de 538 com DECRETO de JUSTINIANO à 1,798 com a prisão morte do papa PIO VI
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Mensagem por alessandro Qui Set 16, 2010 4:15 pm

ola,

de onde tirou essas correspondências simbólicas?

abraços
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Mensagem por quemtembocadizaverdade Dom Set 19, 2010 8:43 am

bom dia padre. Estudando a Bíblia e a usando como sua própria interprete. os versos estão na mensagem acima. tenha um bom dia.
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Mensagem por alessandro Dom Set 19, 2010 7:05 pm

ola,

eu não sou padre não. sou só um leigo interessado.
obrigado pelo esclarecimento. pensei que houvesse consultado alguma pesquisa sobre simbolismo na Escritura.
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Mensagem por Pe. Anderson Seg Set 12, 2011 6:17 pm

Caros amigos,

Publicamos aqui o melhor texto em portugues sobre o livro do Apocalipse de Sao Joao, escrito por um dos maiores teólogos do Brasil (depois do petropolitano Pe. Penido, é claro). Acho que ajudará a esclarecer a muitos sobre esse interessante tema. Espero que gostem.

O Apocalipse.
Dom Estevao Bettencourt, OSB.

O Apocalipse, com seus símbolos e suas cenas aterradoras, presta-se à tentativa de se calcular a data do fim do mundo e das calamidades que, como se crê, o devem preceder. Visto que a interpretação do livro não é fácil, pois requer critérios precisos deduzidos do próprio gênero literário apocalíptico, vamos, a seguir, apresentar o problema suscitado pelo livro e a solução mais plausível para o mesmo.

Dividiremos a nossa exposição em cinco partes:


Que é um Apocalipse?
O contexto histórico do Apocalipse de São João
A interpretação do Apocalipse
Questões especiais
Conclusão

QUE É UM APOCALIPSE?
A palavra grega apokálypsis quer dizer revelação. O gênero literário das revelações (ou apocalíptico) teve grande voga entre os judeus nos dois séculos imediatamente anteriores e posteriores a Cristo. A sua origem se deve principalmente ao fato de que os autênticos profetas foram escasseando em Israel após o exílio babilônico (587-538 a.C.); os últimos profetas bíblicos - Ageu, Malaquias e Zacarias - exerceram o seu ministério nos séculos VI e V a.C. Ora após o séc. V o povo de Israel continuou sujeito ao jugo estrangeiro: retornando do exílio babilônico em 538 a.C., ficou sob o domínio persa até Alexandre Magno (336-323 a.C.) da Macedônia, que conquistou a terra de Israel, anexando-a ao Império Macedônico. Após a morte do Imperador, a Palestina ficou sob os egípcios (dinastia dos Ptolomeus) até o ano de 200 a.C. Nesta data, os sírios ocuparam e dominaram a terra de Israel, constituindo aí o período dos Antíocos ou Selêucidas. Finalmente, os Romanos em 63 a.C. invadiram o território palestinense e impuseram seu jugo aos judeus, jugo que perdurou até que o povo de Israel foi expulso da sua terra em 70 d.C. (queda e ruína de Jerusalém revoltada). Ora nessas duras circunstâncias de vida o povo de Israel, não tendo profeta, sentia necessidade de ser consolado e alentado para não desfalecer. Foi então que os autores judeus se puseram a cultivar mais assiduamente o gênero literário apocalíptico ou da revelação, que tem afinidade com a profecia, mas, na verdade, não se identifica com esta.

O apocalipse (revelação) tende a incutir aos leitores uma confiança inabalável na Providência Diviria. Todavia, em vez de o fazer de maneira escolar ou meramente teórica, exortando à fé, o autor recorre a um artifício: atribui a um famoso personagem bíblico do passado (Enoque, Moisés, Elias, Daniel) ou a um anjo do Senhor revelações proféticas a respeito da época que ele e seus correligionários estão vivendo. Esse personagem famoso antigo descreve os tempos atribulados que os leitores experimentam e assegura que a tormenta passará, devendo a causa de Deus triunfar da facção dos ímpios; estes serão prostrados, pois ocorrerão em breve o juízo final da história e a consumação dos tempos. É isto que dá ao apocalipse a aparência de profecia; todavia note-se que o autor, ao descrever os fatos de sua época (como se tivessem sido preditos por Enoque ou Moisés...), os descreve na base de suas observações e experiências pessoais. O recurso a personagem famoso da Antigüidade como revelador da mensagem é artifício próprio do gênero apocalíptico: tende a incutir mais ânimo e esperança nos leitores; com efeito, se o próprio autor sagrado, contemporâneo dos leitores imediatos, predissesse dias melhores, não teria a mesma autoridade que era inegavelmente reconhecida a Enoque, Moisés, Elias, Daniel... Por sua vez, o escritor sagrado tinha fundamentos para consolar seus companheiros perseguidos e predizer a vitória final do bem sobre o mal, porque esta é anunciada por todas as profecias e promessas feitas a Israel. O autor de um apocalipse nada acrescenta de novo a essas promessas; apenas as torna atuais, repetindo-as de maneira solene e enfática em momento penoso da história do seu povo e anunciando para breve o cumprimento das mesmas. De resto, a Salvação, já oferecida por Deus em fases anteriores de tribulações de Israel, era penhor de que, também dessa vez, o Senhor não abandonaria seu povo.

As páginas mais tipicamente apocalípticas do Antigo Testamento são os capítulos 7 a 12 do livro de Daniel. Estas secções foram escritas no séc. II a.C. sob o domínio dos sírios ou Antíocos na Palestina; atribuem a Daniel, famoso varão do séc. VI a.C., a descrição simbolista dos acontecimentos que se desenrolaram desde o domínio persa (séc. VI a.C.) até o domínio sírio (séc. II a.C.); em estilo de sonhos e visões, são apresentados os reis persas, macedônios, egípcios, sírios que imperaram sobre Israel até Antíoco IV Epifânio (175-164); para os tempos deste, o autor apocalíptico anuncia a intervenção final de Deus e salvação a ser trazida pelo Messias. Não é fácil entender um apocalipse, visto que utiliza exuberante simbolismo e coloca o leitor diante de um cenário cósmico, que conjuga o céu e a terra.

Mais precisamente, podem-se assim caracterizar os elementos formais do gênero apocalíptico:


A pseudonímia do autor. Este é um contemporâneo dos seus primeiros leitores, mas fala-lhes como se fosse um personagem antigo e venerável. É o que se vê claramente, por exemplo, no livro de Daniel. No Apocalipse de São João é um anjo quem revela.

O caráter esotérico (ou reservado) das revelações. Estas terão sido comunicadas outrora ao venerável personagem da Antigüidade; deviam, porém, ficar em segredo até os dias do autor do apocalipse. Veja-se, por exemplo, Dn 8,26; 12,9.

Freqüentes intervenções de anjos. Estes aparecem, nos apocalipses, ora como ministros de Deus que colaboram com a Providência Divina na dispensação da salvação aos homens, ora como intérpretes das visões ou revelações que o autor do livro descreve. Cf. Ez 40,3; Zc 2,1s; 2,5-9; 5,1-4; 6,1-8; Ap 7, 1-3; 8, 1-13.

Simbolismo rico e, por vezes, singular. Animais podem significar homens e povos; feras e aves representam geralmente as nações pagãs; os anjos bons são descritos como se fossem homens, e os maus como estrelas caídas. O recurso aos números é freqüente, explorando-se então o simbolismo dos mesmos (3, 7, 10, 12, 1000 como símbolos de bonança; 3 1/2 (como símbolo de penúria e tribulação). É a exuberância do simbolismo dos apocalipses que torna difícil a compreensão dos mesmos; o leitor ou intérprete deve procurar entender esse simbolismo a partir de passagens bíblicas e extra-bíblicas paralelas (na verdade, há símbolos que se repetem com a mesma significação: gafanhotos, águias, cedro, três anos e meio, mil anos...). Os autores de apocalipses são assaz livres ao conceber seus símbolos, suas visões e personificações; propõem cenas estranhas sem se preocupar com a sua verossimilhança; cf., por exemplo, a Jerusalém nova em Ap 21,127; Ez 47,1-12.

Forte nota escatológica. Os apocalipses se voltam todos para os tempos finais da história e os descrevem com grandiosidade, apresentando a intervenção solene de Deus em meio a um cenário cósmico, o julgamento dos povos, o abalo da natureza, a punição dos maus e a exaltação dos bons (estando reservado para Israel nesse contexto um papel de relevo e recompensa). Este traço diferencia bem da profecia o apocalipse. A profecia é sempre uma palavra dita em nome de Deus (propheemi = dizer em lugar de); todavia nem sempre visa ao futuro; refere-se muitas vezes a situações do presente, procurando sacudir os homens de sua indiferença religiosa ou da hipocrisia de vida, levando-os a conduta moral mais digna e correta; a profecia tem, sim, um caráter fortemente moralizante, válido para os contemporâneos, mas nem sempre voltado para o futuro ou a escatologia. Ao contrário, nos apocalipses a índole moralizante desaparece quase por completo; o que preocupa o autor sagrado são os acontecimentos finais da história, que redundarão em derrota definitiva dos maus e prêmio para os bons; as visões, os sonhos e os símbolos fantasistas (que já os profetas cultivavam, mas com sobriedade) tornam-se o elemento dominante na forma literária dos apocalipses.

O gênero literário apocalíptico foi-se formando, com suas diversas características, através dos séculos ou paulatinamente. Já se encontram alguns de seus elementos nos escritos dos profetas, antes do séc. II a.C. Há mesmo passagens de profetas que têm estilo apocalíptico, como pode haver nos escritos apocalípticos trechos de índole profética. Assim no livro de Daniel são tidas como proféticas as passagens de Dn 2,34.44s; 7,9-14; 12,1-3.

CIRCUNSTÂNCIAS DE ORIGEM DO APOCALIPSE DE SÃO JOÃO
1. No fim do séc. I d.C. tornava-se cada vez mais penosa a situação dos cristãos disseminados no Império Romano. Em verdade, o Senhor Jesus deixou este mundo, intimando aos discípulos para que aguardassem a sua volta gloriosa; não lhes quis indicar, porém, nem o dia nem a hora de sua vinda, pois esta deveria ser tida como a de um ladrão que aparece imprevistamente à meia-noite (cf. Mt 24,43; 1 Ts 5,2s); vigiassem, pois, e orassem em santa expectativa. Todavia, apesar da sobriedade das palavras de Jesus, os discípulos esperavam que a sua vinda se desse em breve, enquanto ainda vivesse a geração dos Apóstolos mesmos. À medida, porém, que se passavam os decênios, essa esperança se dissipava; a não poucos parecia que Cristo havia esquecido a sua Igreja e que vão era crer no Evangelho.

A situação se tornara ainda mais angustiosa desde que Nero, em 64, desencadeara a primeira perseguição violenta contra os cristãos. "Ser discípulo de Cristo" equivalia, daquela ocasião em diante, a ser tido como "inimigo do gênero humano": manifestava-se cada vez mais a oposição entre mentalidade cristã e mentalidade pagã, de modo que, vivendo em plena sociedade pagã, os cristãos tinham não raro que se abster das festas de família, das celebrações cívicas, dos jogos públicos, até mesmo de certas profissões e ramos de negócio (pois através de todos esses meios se exprimia a mentalidade politeísta e supersticiosa reinante).

Em particular, na Ásia Menor o ambiente era carregado de maus presságios: lá ia tomando proporções cada vez mais avultadas o culto dos Imperadores, a ponto de se tornar a pedra de toque da fidelidade de um cidadão romano à pátria. Desde 195 a.C. a cidade de Esmirna possuía um templo consagrado à deusa Roma; em 26 d.C. os esmimenses ergueram outro santuário em honra de Tibério, Lívio e do Senado. Em Pérgamo, desde 29 a.C., fora instituído o culto do Imperador. A cidade de Éfeso, nos inícios do reinado de Augusto, construíra um altar dedicado a este soberano no recinto do "Artemision" ou templo de Diana. Os habitantes da Ásia Menor eram especialmente inclinados a tal forma de culto, pois se sentiam altamente beneficiados pelos governantes de Roma, que haviam posto termo às guerras civis na região, assegurando à população prosperidade na indústria, no comércio e na cultura em geral.

Ademais outro perigo para o Cristianismo se fazia notar na Ásia Menor em fins do séc. I. A gente dessa região era dotada de exuberante alma religiosa, de sorte que dava acolhida não somente às religiões tradicionais do Império e ao Cristianismo, mas também a formas de culto ditas "dos mistérios" (de Mitra, Cibele, Apolo...), recém-trazidas do Oriente. Tais mistérios fascinavam pela sua índole secreta e por sua promessa de divinização.

Esse estado de coisas permite tirar a seguinte conclusão: na Ásia Menor uma religião que, como o Cristianismo, professasse rigorosamente um Deus único e transcendente manifestado por um só Salvador, Jesus, devia necessariamente defrontar-se em breve com formidável aliança de todas as forças do paganismo: sistemas religiosos, interesses políticos, planos econômicos deviam armar-se num combate unânime e cerrado contra o monoteísmo cristão; ser discípulo de Cristo, em tais circunstâncias, significaria sofrer o ódio e o boicote geral de parentes, amigos e concidadãos não cristãos, de tal modo que até mesmo na vida cotidiana do lar o cristão se sentiria sufocado por causa de sua fé. A situação sugeria a não poucos discípulos de Jesus ou a apostasia em relação ao Divino Mestre ou uma espécie de pacto com as idéias do paganismo, de sorte a dar origem ao sincretismo religioso (caracterizado principalmente pelo dualismo ou o repúdio à matéria que a mística oriental muito propalava). Foi em tais circunstâncias sombrias que São João quis escrever o Apocalipse.

2. A finalidade do livro torna-se assim evidente. O autor sagrado visava, acima de tudo, a alentar nos seus fiéis a coragem depauperada; o Apocalipse, em conseqüência, é essencialmente o livro da esperança cristã ou da confiança inabalável no Senhor Jesus e nas suas promessas de vitória. Pergunta-se então: como terá São João procurado levantar o ânimo e corroborar a esperança dos leitores? Haverá, em nome de Deus, prometido dias melhores aqui na terra em recompensa da fidelidade a Cristo, de maneira que quem fosse hostilizado por causa do Senhor Jesus viria a ser estimado pelos concidadãos e acariciado por prósperas condições de vida temporal (economia feliz, saúde, sucesso nos empreendimentos...)?


A INTERPRETAÇÃO DO APOCALIPSE
Como se compreende, grande é o número de sistemas que tentam interpretar o Apocalipse. Todos concordam sobre o sentido geral do livro, que quer anunciar a vitória do Bem sobre o mal, do reino de Cristo sobre as maquinações dos pecadores. Divergem, porém, quando tentam indicar a época precisa em que o Apocalipse situa essa vitória. As diversas teorias se agrupam sob os títulos seguintes:


Sistema dito "escatológico" ou do fim dos tempos: São João estaria descrevendo os embates finais da história. Esta interpretação esteve em voga na antigüidade; foi posta de lado na Idade Média; do século XVI aos nossos dias é mais e mais prestigiada principalmente por parte de correntes que profetizam o fim do mundo para breve;

Sistema da história antiga (do século I aos séculos IV/V): o Apocalipse descreveria a luta do judaísmo e do paganismo contra os discípulos de Cristo, luta que terminou com a queda da Roma pagã (476) e o triunfo do Cristianismo;

Sistema da história universal: o Apocalipse apresentaria, sob a forma de símbolos, uma visão completa de toda a história do Cristianismo; descreveria sucessivamente os principais episódios de cada época e do fim do mundo.
Todas estas interpretações são, de algum modo, falhas, pois não levam em conta suficiente o estilo próprio do livro e querem deduzir do Apocalipse notícias que satisfaçam aos anseios de concreto ou mesmo à curiosidade do leitor. Por isto, deixando-as de lado, proporemos a teoria da recapitulação, que tem seu grande mestre no Pe. E. B. Alio O.P., professor da Universidade de Friburgo (Suíça) e autor do livro: Saint Jean. L'Apocalypse. Paris, 1933 (4á edição)'. Examinemos essa teoria:

A Recapitulação

Antes do mais, é necessário observar que nem todo o livro do Apocalipse está redigido em estilo apocalíptico. Compreende duas partes anunciadas em Ap 1,19:


1,4-3,22: as coisas que são (revisão da vida das sete comunidades da Ásia Menor às quais São João escreve); o estilo é sapiencial e pastoral;

4,1-22,15: as coisas que devem acontecer depois. Esta é a parte apocalíptica propriamente dita, para a qual se volta a nossa atenção. Observemos a estrutura dessa parte:

4,1-5,14: a corte celeste, com sua liturgia. O Cordeiro "de pé, como que imolado" (5,6), recebe em suas mãos o livro da história da humanidade. Tudo o que acontece no mundo está sob o domínio desse Senhor, que é o Rei dos séculos. Notemos assim que a parte apocalíptica do livro se abre com uma grandiosa cena de paz e segurança; qualquer quadro de desgraça posterior está subordinado a essa intuição inicial.

O corpo do livro, que se segue, compreende três septenários: 6,1-8,1: os sete selos 8,2-11,18: as sete trombetas 15,5-16,21: as sete taças. Reflitamos sobre este núcleo central (de sentido decisivo) do Apocalipse.
Pergunta-se: uma estrutura tão artificiosamente construída poderá ainda ser o reflexo imediato da história tal como ela é vivida pelos homens? Não seria, antes, o fruto de um arranjo lógico ou do trabalho de um espírito que reflete sobre os acontecimentos e procura discernir alguns fios condutores por debaixo das diversas ocorrências da vida cotidiana? Sabemos que o estilo de São João é comparado ao vôo de uma águia que gira em torno do objeto contemplado até finalmente dar o bote ou dizer claramente o que quer. Levando em conta esta peculiaridade de estilo, podemos dizer que o autor sagrado não expõe os sucessivos acontecimentos concretos da história do Cristianismo, mas apresenta a realidade invisível que se vai afirmando constantemente por detrás dos episódios visíveis da história. Em outros termos: o Apocalipse apresenta (sob forma de símbolos) a luta entre Cristo e Satanás, luta que é o fundo e a coluna dorsal de toda a história. Cada septenário (o dos selos, o das trombetas e o das taças) é conseqüentemente uma peça literária completa em si mesma; o número 7, aliás, significa plenitude ou totalidade, segundo a mística dos antigos.


A seguir, de 17,1 a 22,15, ou seja, após os três septenários, ocorre a queda dos agentes do mal:

17,1-19,10: a queda de Babilônia (símbolo da Roma pagã);
19,11-21: a queda das duas Bestas que regem Babilônia (o poder imperial pagão e a religião oficial do Império);
20,1-15: a queda do Dragão, supremo instigador do mal.

Em contra-parte, a secção final (21,1-22,15) mostra a Jerusalém celeste, Esposa do Cordeiro e antítese da Babilônia pervertida. Os vv. 22,16-21 constituem o epílogo do livro. Aprofundemos um pouco mais o sentido do tríplice septenário central do Apocalipse.
O primeiro, o dos selos (6,1-8,1), nos dá a ver a paulatina abertura do livro que está nas mãos do Cordeiro. É o septenário mais sóbrio e nítido, que, podese dizer, resume o livro inteiro; examinemo-lo de perto:


o primeiro selo corresponde a "um cavalo branco, cujo montador tinha um arco. Deram-lhe uma coroa e ele partiu vencedor e para vencer ainda" (5,2). O cavalo branco reaparece em 19,11-16; seu montador é o Senhor dos Senhores e o Rei dos Reis (19,16). - Conseqüentemente dizemos que o primeiro septenário se abre com uma figura alvissareira: a do Verbo de Deus ou Evangelho que, vencedor (porque já propagado no mundo), se dispõe a mais ainda se difundir. Sobre este pano de fundo vêm os três flagelos clássicos da história:

o segundo selo corresponde ao cavalo vermelho, símbolo da guerra (6,3s);

o terceiro selo é o do cavalo negro, símbolo da fome negra e da carestia que a guerra acarreta (6,5s);

o quarto selo é o do cavalo esverdeado, símbolo da peste e da morte decorrentes da guerra e da fome (6,7s).
Aí estão os três flagelos que afligem os homens em todos os tempos e que a Bíblia freqüentemente menciona; cf. Lv 26,23-29; Dt 32,24s; Ez 5,17; 6,11-12; 7,15; 12,16.


Depois disto, o quinto selo apresenta os mártires no céu pedindo a Deus justiça para a terra ou o fim da desordem que campeia no mundo. Reproduzem o clamor dos justos de todos os tempos ansiosos de que termine a inversão dos valores na história da humanidade. Em resposta, é-lhes dito que tenham paciência e aguardem que se complete o número dos habitantes da Jerusalém celeste; cf. 6,9-11.

o sexto selo já nos põe em presença do desfecho da história: chegou o Grande Dia do juízo final (6,17). Aparecem então os justos na bem-aventurança celeste: os judeus representados por 144.000 assinalados, e os provenientes do paganismo, a constituir "uma multidão inumerável de todas as nações, tribos, povos e línguas" (7,9); celebram a liturgia celeste. Aqui se encerra propriamente o primeiro septenário; compreende em suas grandes linhas os aspectos aflitivos da história da humanidade e o anseio dos justos para que a ordem se restabeleça; a consumação da história é, para os fiéis, vitória e felicidade. A consolação que São João quer transmitir aos seus leitores, consiste precisamente em mostrar que as calamidades sob as quais os homens gemem, estão envolvidas num plano sábio de Deus, onde todos os males estão dimensionados para que sirvam à salvação das criaturas e à glória do Criador. Eis aí a síntese do Apocalipse apresentada com clareza no primeiro septenário.

E o sétimo selo (8,1)? Corresponde a um silêncio de meia-hora. Sim, o livro se abriu por completo. O vidente espera a execução dos desígnios de Deus contidos no livro aberto. Este silêncio de meia-hora é o "gancho" do qual pende o segundo septenário. O segundo e o terceiro septenários (8,2-11,18 e 15,5-16,21) retomam o conteúdo do primeiro com algumas variantes. Observemos, para começar, que terminam cada qual com a consumação da história (sétima trombeta em 11,1418 e sétima taça em 16,17-21). O segundo septenário tem em vista principalmente os flagelos que afligem o mundo profano: a terra, a vegetação, as águas, os astros... Ao contrário, o terceiro septenário tem em mira as sortes da Igreja perseguida pelo Dragão (Satanás) e seus dois agentes (o poder imperial pagão, que manipula a religião oficial do Estado pagão). Observemos dentro do segundo septenário o "gancho" do qual pende o terceiro septenário: em Ap 10,8-11 é entregue a João um livrinho, doce na boca e amargo no estômago. Como entender isto? - O segundo septenário apresenta a execução do plano de Deus contido no livro cujos selos se abriram. Portanto, se deve haver outra série de revelações, deve haver também outro livro que as traga; é precisamente este que João recebe em 10,811 (amargo no estômago, porque portador de notícias pesadas para os cristãos fiéis).

Merece atenção especial o intervalo ocorrente entre o segundo e o terceiro septenários, ou seja, a secção de 11,19 a 15,4. Ele prepara a série das taças, apresentando os grandes protagonistas da história da Igreja: a Mulher e o Dragão no capítulo 12; as duas Bestas, manipuladas pelo Dragão, sendo que a primeira sobe do mar (quem olha da ilha de Patmos para o grande mar, se volta para Roma) e representa o poder imperial perseguidor, ao passo que a segunda Besta sobe da terra (quem de Patmos olha para o continente próximo, volta-se para a Ásia Menor, onde campeia o culto religioso do Imperador); ver respectivamente Ap 13,1 e 11. A sede capital destes dois agentes é Babilônia (= a Roma pagã). O cap. 12, ao apresentar a Mulher e o Dragão, é também uma síntese da mensagem da Apocalipse e da história da Igreja, que será comentada na quarta parte deste estudo. - Como dito, os agentes do mal estão fadados a perecer, como se lê em 17,1-20,15, dando lugar à Jerusalém celeste e à bem-aventurança dos justos.
Por conseguinte as calamidades que o Apocalipse apresenta a se desencadear sobre o mundo, não hão de ser interpretadas ao pé da letra; antes, depreender-se-á o seu sentido à luz das cenas de paz e triunfo que o autor sagrado intercala entre as narrativas de flagelos (enquanto os justos padecem na terra, há plena segurança no céu, conforme o Apocalipse). Justapondo aflições (na terra) e alegria (no céu), São João queria precisamente dizer aos seus leitores que as tribulações desta vida estão em relação estrita com a Sabedoria de Deus; foram cuidadosamente previstas pelo Senhor, que as quis incluir dentro de um plano muito harmonioso, plano ao qual nada escapa. Em conseqüência, ao padecer as aflições da vida cotidiana, os cristãos se deviam lembrar de que tais adversidades não esgotam toda a realidade, mas são apenas as facetas externas e visíveis de uma realidade que tem seu aspecto celeste e grandioso; as calamidades, portanto, sob as quais os cristãos do primeiro século se sentiam prestes a desfalecer, não os deveriam impressionar; constituíam como que o lado avesso e inferior de um tapete que, visto no seu aspecto autêntico e superior, é um verdadeiro tapete oriental, cheio de ricas cores e belos desenhos.

Eis a forma de consolo que o autor sagrado queria incutir aos seus leitores (não só do séc. I, mas de todos os tempos da história): os acontecimentos que nos acometem aqui na terra são algo de ambíguo ou algo que tem duas faces: uma exterior, visível, a qual é muitas vezes aflitiva e tende a nos abater; outra, porém, interior, invisível aos olhos da carne (mas perceptível aos olhos da fé), a qual é grandiosa e bela, pois faz parte da luta vitoriosa do Bem sobre o mal; é mesmo a prolongação da obra do Cordeiro que foi imolado, mas atualmente reina sobre o mundo com as suas chagas glorificadas (cf. c. 5). Por isto, enquanto os cristãos na terra gemem (Ai, ai, ai!), os bem-aventurados na glória cantam (Aleluia, aleluia, aleluia!).

No céu os justos não se acabrunham com o que acontece de calamitoso na terra; antes continuam a cantar jubilosamente a Deus porque percebem o sentido verdadeiro das nossas tribulações. Pois bem, quer dizer São João, essa mesma paz e tranqüilidade deve tornar-se a partilha também dos cristãos na terra, pois, embora vivam no tempo e no mundo presentes, já possuem em suas almas a eternidade e o céu sob forma de gérmen (o gérmen da graça santificante, que é a semente da glória celeste).

Assim o Apocalipse oferece uma imagem do que é a vida do cristão ou, mais amplamente, a vida da Igreja: é uma realidade simultaneamente da terra e do céu, do tempo e da eternidade. Na medida em que é da terra e do tempo, apresenta-se aflitiva; este aspecto, porém, está longe de ser essencial; no seu âmago, a vida do cristão é celeste e, como tal, é tranqüila, à semelhança da vida dos justos que no céu possuem em plenitude aquilo mesmo que os cristãos possuem na terra em gérmen.


DOIS TEXTOS EM PARTICULAR
Examinaremos mais precisamente Ap 12,1-17 e 20,1-10.


Ap 12,1-17
Este capítulo sintetiza toda a história da Igreja sob a forma de luta entre a Mulher e o Dragão, figuras paralelas às da Mulher e da serpente em Gn 3,15. Em poucas palavras, este trecho apresenta uma Mulher gloriosa e dolorida ao mesmo tempo. Está para dar à luz um filho que um monstruoso Dragão espreita para abocanhá-lo. A Mulher gera seu Filho, que tem os traços do Messias; Ele escapa ao Dragão e é arrebatado aos céus. Dá-se então uma batalha entre Miguel com seus anjos e o Dragão; este acaba sendo projetado do céu sobre a terra, onde procura abater a Mulher-Mãe, perseguindo-a de diversos modos. Todavia o próprio Deus se encarrega de defender a Mulher no deserto durante os três anos e meio ou os 42 meses ou os 1260 dias de sua existência.

Vendo que nada pode contra essa figura grandiosa, a Serpente antiga atira-se contra os demais filhos da Mulher, tentando perdê-los. Que significa este capítulo? Está claro que o Dragão representa Satanás, aquele que é "mentiroso e homicida desde o início" (cf. Jo 8,44).

Quanto à Mulher, não pode ser identificada com algum personagem individual, mas é a Mulher que perpassa toda a história da salvação. Com efeito; já à primeira Eva (= Mãe dos vivos ou da vida) Deus prometeu um nobre papel na obra da Redenção. A primeira Eva (= Mãe da Vida) se prolongou na Filha de Sion (o povo de Israel, do qual nasceu o Messias); a filha de Sion culminou na segunda Eva, Maria SS., que teve a graça de ser pessoalmente a Mãe de Redentor; por isto em Ap 12,1s a Mulher é gloriosa como Maria, mas dolorida como o povo de Israel. A maternidade de Maria continua na da Santa Mãe Igreja; esta tem a garantia da incolumidade (cf. Mt 16,18) que Cristo lhe prometeu, mas os filhos que ela gera nas águas do Batismo estão sujeitos a ser atingidos pela sanha do Dragão, que age neste mundo como um Adversário já vencido, mas cioso de arrebanham os incautos que lhe dêem ouvidos (S. Agostinho diz que o demônio é um cão acorrentado; pode ladrar, fazendo muito barulho, mas só morde a quem se lhe chegue perto). Por último, a Mulher-Mãe, que exerce sua maternidade por toda a história da salvação, se consumará na Jerusalém celeste, a Esposa do Cordeiro (Ap 21 s).

A batalha entre Miguel e o Dragão não corresponde à queda original dos anjos, mas significa plasticamente a derrota de Satanás, vencido quando Cristo venceu a morte por sua Ressurreição e Ascensão. Deus lhe permite tentar os homens nestes séculos da história da Igreja, com um fim providencial, ou seja, a fim de provar e consolidar a fidelidade dos mesmos. Satanás só age por permissão de Deus. A duração de 1260 dias ou 3 e 1/2 anos que a Mulher passa no deserto, não designa cronologia, mas tem valor simbólico. Com efeito, 3 e 1/2 anos, 42 meses e 1260 dias são termos equivalentes entre si; correspondem à metade de 7 anos. Ora, sendo 7 o símbolo da totalidade, da perfeição e, por conseguinte, da bonança, a metade de 7 vem a ser o símbolo do inacabamento e da dor. Portanto, 3"z anos (e as expressões equivalentes em meses e dias) no Apocalipse designam toda a história da Igreja na medida em que é algo de ainda não rematado ou na medida em que é luta penosa entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, no deserto deste mundo.


Ap 20,1-10
É este o trecho que fala de aparente reino milenar de Cristo sobre a terra, estando Satanás acorrentado. O milênio seria inaugurado pela ressurreição primeira, reservada aos justos apenas, aos quais seria dado viver em paz e bonança com Cristo. Terminado o milênio, Satanás seria solto para realizar a sua invectiva final, que terminaria com a sua perda definitiva. Dar-se-iam então a ressurreição segunda, para os demais homens, e o juízo final. A teoria milenarista, entendida ao pé da letra, foi professada por antigos escritores da Igreja (S. Justino +165, S. Ireneu +202, Tertuliano + após 220, Lactâncio + após 317...) Todavia S. Agostinho (+430) propôs novo modo de entender o texto - o que excluiu definitivamente a interpretação literal; o S. Doutor baseou-se em Jo 5,25-29, onde se lê: `Em verdade, em verdade vos digo, aquele que ouve a minha palavra... passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo, que vem a hora, e já veio, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão.

Não vos admireis disto, pois vem a hora em que ouvirão sua voz todos os que estão nos sepulcros. Os que praticaram o bem sairão para a ressurreição da vida, os que, porém, praticaram o mal, sairão para a ressurreição do juízo". Nesse trecho, o Senhor distingue duas ressurreições: uma, que se dá "agora" ("e já veio"), no tempo presente, quando ressoa a pregação da Boa Nova; é espiritual, devida ao Batismo; equivale à passagem do pecado original para a vida da graça santificante. A outra é simplesmente futura e se dará no fim dos tempos, quando os corpos forem beneficiados pela vida nova agora latente nas almas.

Por conseguinte, no Apocalipse a ressurreição primeira é a passagem da morte para a vida que se dá no Batismo de cada cristão, quando este começa a viver a vida sobrenatural ou a vida do céu em meio às lutas da terra. A ressurreição segunda é, sim, a ressurreição dos corpos, que se dará quando Cristo vier em sua glória para julgar todos os homens e pôr termo definitivo à história.

Mil anos, em Ap 20,1-10, designam a história da Igreja na medida em que é luta vitoriosa ("mil" é um símbolo de plenitude, de perfeição; "mil felicidades", na linguagem popular, são "todas as felicidades"). Pela Redenção na Cruz, Cristo venceu o Príncipe deste mundo (cf. Jo 12,31), tornando-o semelhante a um cão acorrentado, que muito pode ladrar, mas que só pode morder a quem voluntariamente se lhe chegue perto (S. Agostinho). É justamente esta a situação do Maligno na época que vai da primeira à segunda vinda de Cristo ou no decurso da história do Cristianismo; por isto os três anos e meio que simbolizam o aspecto doloroso desses séculos (já estamos no vigésimo século), são equivalentes a mil anos, caso queiramos deter nossa atenção sobre o aspecto feliz, transcendente ou celeste da vida do cristão que peregrina sobre a terra; a graça santificante é a semente da glória do céu.

Assim se vê quanto seria contrário à mentalidade do autor sagrado tomar ao pé da letra os mil anos do c. 20 e admitir um reino milenário de Cristo visível na terra após o currículo da história atual.


CONCLUSÃO
O sistema da recapitulação assim proposto merece francamente ser preferido aos demais, pois é o que mais leva em conta a mentalidade e o estilo do autor sagrado São João; este, também no seu Evangelho, recorre às repetições ou ao estilo de recapitulação em espiral.

Contudo ninguém negará as alusões do Apocalipse a personagens da história antiga (Nero, a invasão dos bárbaros, Roma, Babilônia...). Mediante essas referências, São João não tinha em vista deter a atenção do seu leitor sobre episódios da Antigüidade, mas apenas mencionar tipos característicos de mentalidades humanas ou de situações de vida que acompanham toda a história da Igreja: assim Nero vem a ser o tipo dos soberanos políticos que persigam a Igreja em qualquer época (há muitas reproduções de Nero através da história). Por isto também o número 666 da Besta do Apocalipse, adversária dos cristãos, equivale (segundo a interpretação mais provável) à expressão Kaisar Neron (Imperador Nero).

Roma e Babilônia, por sua vez, designam de maneira típica o poderio deste mundo que, com seus mil atrativos de esplendor e prazer, procura seduzir os discípulos de Cristo para o pecado - A luta a que São João assistiu, entre Roma pagã e a Igreja, é evocada no Apocalipse não por causa dessa luta mesma, mas dentro de uma perspectiva mais ampla, isto é, a fim de simbolizar e predizer o combate perene que se vai travando entre o poder diabólico e Cristo através dos séculos, até terminar com a plena vitória do Senhor Jesus.

Estas considerações concorrem para evidenciar quanto é vã a tentativa de descobrir a predição de fenômenos estranhos da hora presente (bombas atômicas, explosões, enchentes e secas, discos voadores) nos quadros do Apocalipse. Estes são quadros típicos e perenes, quadros que se reproduzem por todo o decorrer da história, variando apenas de facetas.

A sua mensagem abrange todas as situações análogas: querem, sim, dizer que as desgraças da vida presente, por mais aterradoras que pareçam, estão sujeitas ao sábio plano da Providência Divina, a qual tudo faz concorrer para o bem daqueles que 0 amam (cf. Rm 8,28).

Fonte: http://www.universocatolico.com.br/index.php?/interpretacao-do-apocalipse.html

Grande abraço a todos.
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Mensagem por quemtembocadizaverdade Qui Set 15, 2011 7:58 pm

O apocalípse é um livro que versa a história da igreja até o retorno de Cristo e a restauração da Terra. Apocalípse 17 retrata Roma .
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Mensagem por Rafael Monteiro Dom Set 18, 2011 5:24 pm

"quemtembocadizaverdade" você está se referindo ao Império Romano?

Porque alguns pastores protestantes afirmam que é a Igreja Católica Apostólica Romana...

MAS COM CERTEZA NÃO É A IGREJA CATÓLICA!

Afirmam que é porque a Igreja está "assentada" sobre as sete colinas de Roma, mas o Vaticano fica do outro lado do Rio Tibre distante das colinas...

Também afirmam usando o versículo 4 : "...A mulher estava vestida de púrpura e escarlate, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas." esses pastores falam que está se referindo às cores dos paramentos litúrgicos, mas não existem paramentos púrpuros, o mais perto da cor é o violáceo, e Deus não é daltônico...

No apocalipse diz que a prostituta do Apocalipse, um estado pagão terá sete cabeças e dez chifres , de Júlio César até a época em que São João escreveu o Apocalipse, tinham se estabelecido 10 imperadores romanos:

1° Júlio Cesár
2° Otávio Augusto
3° Tibério
4° Calígula
5° Cláudio
6° Nero
7° Galba
8° Ótão
9° Vitélio
10° Vespasiano

Sendo que desses 10 imperadores, somente 7 foram de fato considerados imperadores, Galba, Ótão e Vitélio não realizaram certas condições para serem soberanos. Por isso o Apocalispse fala de 10 chifres e 7 cabeças, o Apocalipse fala que a sexta cabeça fez guerra aos santos e os matou, e Nero o 6° imperador, perseguiu cristãos em Roma e matou São Pedro e São Paulo. Está escrito no Apocalipse que este chifre foi ferido de morte e não morreu e Nero foi ferido mortalmente na sua deposição mas consta que não morreu, e o povo romano ficou esperando muitos anos pela volta de Nero, portanto a 6ª cabeça é Nero.
ENTÃO A PROSTITUTA NÃO É ROMA, É O IMPÉRIO ROMANO...
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qua Set 21, 2011 6:04 am

Que beleza, Rafael!

Muito pertinente e clara essa sua explanação!

Um grande abraço!
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