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"POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3, 15)

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porei inimizade entre ti e a mulher - "POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3, 15) - Página 3 Empty PROTO-EVANGELHO

Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Sex Out 23, 2009 1:34 am

"POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA. ELA TE ESMAGARÁ A CABEÇA E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR' (Gn 3,15)

Gostaria de aprofundar a questao que nós discutiamos no outro tópico. Assim sendo, estou transcrevendo na íntegra o texto que deveria ser divulgado por partes. Desde já peço desculpas se ficou muito longo, mas é que, como afirmei antes, seria enviado por partes.

O PROTO-EVANGELHO
Este versículo do livro do Gênesis é conhecido como o "proto-Evangelho", que quer dizer "primeiro Evangelho. Nele está contido o germe da promessa messiânica. Trata, portanto, da promessa de um Redentor, do anúncio da vitória do Messias nascido de uma Mulher.
A análise do Proto-Evangelho no sentido literal aponta para Eva, a primeira mulher que se deixou seduzir pela Serpente, como sendo a mulher a que o texto se refere. As Sagradas Escrituras identificam Eva como uma virgem que foi seduzida pela Serpente e que esteve sob o seu domínio (Eclo 25,24; 2Cor 11,3; 1Tim 2,14). A partir destes colóquios, não podemos atribuir a Eva a figura da mulher do Proto_Evangelho. Se torna, portanto, necessária a análise do texto no sentido pleno. Esta análise, de maneira mais profunda que no sentido estritamente literal, esclarece vários aspectos que não se apresentaram de forma transparente na descrição do autor. Desta forma se conhece o sentido maior de um texto das Sagradas Escrituras à luz de outros textos das mesmas escrituras que dão um significado mais amplo àquilo que nos parecia restrito.
Para conhecermos o sentido pleno do Proto-Evangelho, servir-me-ei de inúmeras passagens das SagradasEscrituras e, de modo especial, do texto inerente à batalha entre a Mulher e o Dragão descrito no livro do Apocalipse de São João.
Antes, porém, não poderia deixar de tecer alguns comentários inerentes ao gênero literário utilizado pelo seu escritor, comentários estes, de caráter imprescindível para a compreensão de suas revelações.
O Apocalipse foi escrito por São João Evangelista nos ultimos anos de sua vida terrena, quando estava aprisionado na ilha de Patmos. Sua descrição, considerando o momento vivido pelo autor, utilizou-se de uma série de visões e revelações simbólicas, apresentando uma mesma realidade so diferentes símbolos inerentes à história da salvação dos homens, no intuito de dificultar a compreensão por parte dos perseguidores e não cristãos, levando em conta que se fosse escrito numa linguagem comum, dificilmente chegaria ao seu destino. Foi escrito sob a forma de carta dirigida aos cristãos da Asia menor em um período histórico maqrcado pelas perseguições a que os cristãos eram submetidos e que os levava muitas vezes à perda da esperança no retorno glorioso de Jesus. Para se compreender melhor esta questão a respeito do gênero literário do Apocalipse se faz necessário perquirir o Evangelho segundo São João e suas três cartas apostólicas contidas no Novo Testamento, visto que, fora da prisão, o mesmo autor deixa transparente nos seus escritos o seu estilo e o seu gênero literário.
O texto do Apocalipse é uma mensagem sobrenatural marcada por toda uma simbologia que representa tanto o passado, como o presente e o futuro, estimulando os cristãos à perseverança e preparando-os para suportar as perseguições sem desistirem da luta e sem perderem a esperança na vitória final com Cristo, aquele que venceu a morte.
É importrante ressaltar ainda que, no texto do capítulo 12 do Apocalipse, a forma precisa com que São João descreve em cada detalhe a figura da Mãe de Jesus, se deve so seu convívio muito íntimo com ela desde que a levou consigo para sua casa (Jo 19,27). Com certeza, muitas foram as conversas entre ambos a respeito de tudo o que aconteceu na vida de Jesus desde o anúncio do seu nascimento até o dia de sua ascenção aos céus. Ninguem mais do que Maria Santíssima tinha propriedade para descrever a história de Jesus, bem como também, ninguem mais do que São João ouviu a história de Jesus contada por sua própria mãe.
Adentrando no estudo do texto do Apocalipse, compreendemos, de forma óbvia, que a mulher descrita tanto no Proto-Evangelho quanto na luta contra o Dragão é Maria, ae de Jesus: "Ela deu à luz um filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações com cetro de ferro" (Ap 12,5). Este versículo se torna ainda mais claro quando o analisamos à luz de outros textos das Sagradas Escrituras. Assim, o nascimento de Jesus e o seu governo sobre todas as nações é descrito no livro dos Salmos (Sl 2,7-9) e pelo profeta Isaias (Is 7,14), dentre outras passagens bíblicas. Estas palavras se cumprem com o nascimento de Jesus, conforme descreve São Mateus (Mt 1,18-25). Mais tarde, São Lucas deixa claro que é Jesus, o filho de Maria, aquele que regerá todas as nações (At 13,33). Com a mesma precisão, São Paulo faz referência ao mesmo fato (Hb 1,5;5,5).
A seqüência do texto pocalíptico narra que "a mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias (...) fora do alcance da cabeça da Serpente" (Ap 12,6.14). Esta passagem se refere à fuga para o Egito, local onde José, avisado pelo anjo do Senhor, levou o menino e sua mãe para lá permanecerem até a morte de Herodes, evitando, dessa forma, que o menino Jesus fosse vítima da matança dos inocentes promovida por Herodes em Belém e no seu entorno (Mt 2,13-16). Note-se, neste caso, que o período que a sagrada família passou no Egito foi de aproximadamente três anos e meio, o que corresponde, também de forma aproximada, ao período de mil duzentos e sessenta dias (Ap 11,3; 12,6) ou, em outros termos, quarenta e dois meses (Ap 11,2), ou aínda, numa linguagem mais simbólica, um tempo, dois tempos e a metade de um tempo (Ap 12,14).
Não há dúvida, portanto, que aquela mulher descrita no Proto-Evangelho é Maria, ae de Jesus.
Retornando ao texto do Gênesis, vemos que tal inimizade foi posta em duas dimensões distintas, sendo a primeira inderente à Serpente e a Mulher, e a segunda inerente às descendências de ambas.
A análise do texto no sentido pleno deixa claro, comos vimos anteriormente, que o descendente da mulher é Jesus, implicando, desta forma, necessariamente, sua mãe, Maria Santíssima, visto que pelo conhecimento da genealogia descendente se chega, conseqüentemente, à comprovação da genealogia ascendente. Neste sentido, este estudo aponta para Jesus e para Maria como protagonistas da batalha renhida e da vitória final contra a serpente.
A serpente se constituiu, no texto do gênesis, na forma utilizada por Satanás para proceder ao seu disfarce. Foi através dela que ele seduziu a primeira mulher, colocando no seu coração o mesmo pecado cuja conseqüência lhe custou a queda do paraíso celeste.
Satanás foi um anjo de luz (Lúcifer) criado por Deus para integrar o grupo dos querubins. Entretanto, o orgulho por sua beleza e a inveja o fez rebelar-se contra Deus e ostentar ocupar-lhe o lugar (Is 14,12-14; Ez 28,12-16;Zc 3,1). Expuso do convívio celestial, foi precipitado na terra, conforme descreve o Evangelho: "Disse Jesus: Eu ví Satanás cair do céu como um raio" (Lc 18,10), arrastando consigo a terça parte dos anjos celestiais (Ap 12,4).
As Sagradas Escrituras se servem de vários termos para identificar o anjo decaído: Serpente ((Gn 3,15); Demônio (Sb 2,24); Diabo (Jo 13,2); Tentador (Mt 4,3; 1Tes 3,5); Malígno (1Jo 5,18-19); Príncipe do Mundo (Jo 12,31), Destruidor (Ap 9,11); Acusador e Dragão (Ap 12, 9-12), dentre tantos outros predicados, de modo que todas estas formas de identificação exprimem as características pertinentes à ação proveniente de sua inimizade para com a mulher e sua descendência.
Aquilo que, segundo as Sagradas Escrituras, era ostentado por Lúcifer - Ser semelhante ao Altíssimo (Is 14,14) - Deus concedeu ao homem: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança" (Gn 1,26), de maneira que este fato se constitui na razão maior que levou Satanás a investir contra o homem a fim de que este descaracterizasse aquilo que tinha de mais sublime, que era a imagem e semelhança de Deus.
Tornou-se, pois, necessário, segundo o plano de Deus, que a Eva do Gênesis, destituida da imagem e da semelhança do Criador, fosse substituida por uma virgem cheia de graça (Lc 1,28), que daria à luz a uma nova geração. Nela o Verbo de Deus se fez carne (Jo 1,14) e trouxe aos homens a redenção de todo o pecado (Sl 129,7; Rm 3,24; Ef 1,7; 4,30; Col 1,14; Hb 9,12). Eis, portanto, a causa maior da inimizade da serpente para com a mulher. Esta relação entre Eva e ae de Jesus a partir do sentido pleno das Sagradas Escrituras levou muitos cristãos a várias reflexões que referendam a definição exegetica de que Maria é a mulher do Proto-Evangelho.
No ano 165, São Justino afirma que "Eva era uma virgem incorrupta que, concebendo a palavra da Serpente, gerou a desobediência e a morte para a humanidade. A Virgem Maria, porém, concebeu fé e alegria quando o Anjo Gabriel lhe anunciou a Boa Nova" Estas palavras foram complementadas por Santo Irineu no ano 202 no seguinte teor: "Como Eva, que tendo-se feito desobediente, se tornou causa de morte tanto para si quanto para todo o gênero humano, também Maria, obedecendo, tornou-se causa de salvação tanto para si quanto para todo o gênero humano. (...) O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria. (...) O que a virgem Eve ligou pela incredulidade, a Virgem Maria desligou pela fé."
Mais tarde, no ano 403, Santo Epifânio afirma que: "Numa consideração exterior e aparente, dir-se-ia que de Eva derivou a vida de todo o gênero humano sobre a terra. Mas na verdade, é de Maria que deriva a verdadeira vida para o mundo. É Ela que dá à luz o Filho Vivente. Portanto, o título de "Mãe do Viventes" queria indicar, na sombra e na figura, a pessoa de Maria, Mãe de Jesus". O título de "Nova Eva" considera que Maria é a mulher "Mãe dos Vivos", pois foi ela que deu à luz o seu filho Jesus, o Vencedor da Morte, aquele que é a cabeça do Corpo Místico de Cristo que é a Igreja (Ef 1,22-23; 4,15; 5,23; Col 1,18; 2,19; 1Pd 2,25). Desta forma, ao dar à luz àquele que é a cabeça da Igreja, do Corpo Místico de Cristo, Maria, misticamente, se torna também Mãe da Igreja, ponderando que aquela que dá à luz à cabeça, também o dá ao corpo na sua totalidade, na sua integralidade.
Esta relação entre Eva e ae de Jesus é também referendada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, considerando a descrição das Sagradas Escrituras no seu sentido pleno e associando estes estudos exegéticos ao testemunho dos santos.
De semelhante maneira, a Constituição Apostólica Munificentissimus Deus (definição dogmática da assunção de Maria ao céu) proclamada pelo Papa Pio XII em 1950, leva em considração que desde o século II a Virgem Maria é reconhecida como a "Nova Eva", intimamente unida ao "Novo Adão" (Rm 5, 12-19) na luta contra o demônio, luta esta que, profetizada no Proto-Evangelho, terá o seu final na vitória completa sobre o pecado e sobre a morte (Is 25,8; Os 13,14; Rm 5,6; 1Cor 15,21-26.54-57). Esta relação EVA/MARIA é também citada no nº 55 da Constituição Dogmática Lumen Gentium (sobre a Igreja), no nº 11 da Carta Encíclica Redemptoris Mater (sobre a Bem-Aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho) e no nº 19 da Carta Apostólica Muliewris Dignitatis (sobre a mulher na Igreja).
Percebe-se, então, que as Sagradas Escrituras, a Tradição e o Magistério da única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a mais absoluta propriedade, afirmam que Maria Santíssima é a Mulher que, junto com a sua descendência que é a Igreja, o Corpo Místico de Cristo, esmagará a cabeça da Serpente.
Sabemos que a Serpente é o Lúcifer, aquele "anjo decaído", aquele Dragão que arrastou com sua cauda a terça parte dos anjos celestiais quando foi precipitado sobre a terra (Ap 12,4). Sabemos também que a Mulher que recebeu a inimizade da Serpente é aquela que deu à luz um filho que regerá todas as nações (Sl 2,7-9; Is 7,14; Mt 1,18-25; At 13,33; Hb 1,5; 5,5; Ap 12,5), que fugiu para o deserto a fim de preservar a vida do seu filho longe do alcance da Serpente (Ap 12,6.14; Mt 2,13-16), que é cheia de graça (Lc 1,28), que todas as gerações a proclamarão Bem-Aventurada (Lc 1,48). Da mesma forma sabemos que a descendência da Mulher é a Igreja, o Corpo Místico de Cristo (Ef 1,22-23; 4,15; 5,23; Col 1,18; 2,19; 1Pd 2,25), os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus (Ap 12,17).
Conhecer com maior precisão a descendência da Serpente a que se refere o Proto-Evangelho é uma tarefa que exige um profundo estudo das Sagradas Escrituras perquirindo minuciosamente cada detalhe como fonte do discernimento dos espíritos enquanto dom ou carisma sobrenatural recomendado pelo apóstolo São Paulo (1Cor 12,10).
Satanás, como já vimos antes, teve sua origem no fato de, pelo seu orgulho, inveja e soberba, se opor a Deus. Assim, ele fragmentou o corpo dos querubins e, precipitado sobre a terra, disfarçado de várias maneiras, se ocupou também de corromper a humanidade e assim permanece até que chegue o dia da volta gloriosa de Jesus, quando se dará a sua derrota definitiva. Na terra ele cumpre o seu propósito no sentido de engrossar as fileiras de sua legião que, antes constituida por um grande número de anjos decaídos, vem se multiplicando com a adesão de espíritos humanos da mesma forma decaídos e destituidos da glória de Deus.
O povo de Deus foi escravisado pelos faraós no Egito, conforme narram as Sagradas Escrituras. Da mesma forma, no percurso da vida de Jesus, a fuga da sagrada família para o Egito foi a alternativa para que o menino Jesus fosse poupado das morte dos inocentes institucionalizada por Herodes. De semelhante maneira, as passagens bíblicas a respeito da paixão de Cristo comprovam estra realidade nas atitudes de Caifás e de Pilatos, dentre tantas outras pessoas que constituiam o conjunto dos poderosos daquela época, cujo resultado foi a morte do Salvador que, por longo período se tornou extensiva a muitos cristãos desde o início da Igreja. Assim sendo, revendo a história, encontramos muitas pessoas, reinados, impérios, governos e instituições comprometidas com o demônio e, portanto, contra Deus. Em outras palavras, Satanás que, outrora se fez disfarçar em pessoas e instituições civis e inclusive "religiosas" para cumprir o seu propósito de seduzir a humanidade promovendo a personificação dos poderes do mal.
Jesus nos advertiu para essa realidade afirmando que "se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir até mesmo os escolhidos" (Mt 24,24). Em outra passagem Ele nos diz: "Cuidai que ninguem vos engane. Muitos virão em meu nome dizendo: sou eu. E seduzirão a muitos" (Mc 13,5-6). Estas afirmações de Jesus comprovam que Satanás e seus seguidores se servirão até mesmo do nome de Jesus, o que já estava previsto no decálogo: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em prova de falsidade, porque o Senhor não deixará impune aquele que pronuncia o seu nome em favor do erro" (Ex 20,7; Dt 5,11).
Nas duas cartas, São João nos ensina como discernir se os espíritos são de Deus. Naquele tempo ele já afirmava que os Anticristos estavam no mundo se referindo aos falsos profetas, aos que deturpam a Palavra de Cristo, aos que caminham sem rumo e propagam doutrinas diferentes da que nos deixou o Salvador (1Jo 2,18-19; 4,1-6; 2Jo 7-11).
Da mesma forma que Lúcifer saiu dentre os querubins que eram componentes do corpo celestial, São João afirma que os Anticristos sairam do meio dos cristãos, mesmo que não o fossem cristãos, pois certamente, eram inimigos disfarçados que se portavam como se fossem cristãos. Assim, no ano de 1054, Miguel Celurário, saindo da Igreja, deu origem ao cisma que dividiu a Igreja em Oriente e Ocidente. Da mesma forma, no início do século XVI a "Reforma" promovida por Martinho Lutero dividiu mais uma vez a única Igreja de Cristo, incrementando o protestantismo que foi se desenvolvendo progressivamente com o surgimento de Calvino, Zwingi e tantos outros que trataram de fragmentar o Corpo Místico de Cristo fundando seitas cada vez mais desunidas e separadas aos milhares como estamos presenciando nos dias atuais, quando o maior desejo de Jesus em relação à sua Igreja se trata da UNIDADE (Jo 17). Esta unidade é um dos maiores sinais que apontam para a única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Neste incontável número de seitas criadas pela falta de unidade, as atitudes de desprezo e de difamação para com ae de Jesus são constantes, se configurando, portanto, como o rio de agua que é vomitado pelo Dragão, pela antiga Serpente e pela sua descendência, no intuito de fazer submergir a Mulher (Ap 12,15) e como demonstraçõ muito evidente do ódio que a Serpente e sua descendência potagonizam contra ae de Deus e contra aqueles que, como membros efetivos do Corpo Místico de Cristo que é a sua única Igreja, tornaram-se descendentes da Mãe do Senhor e proclamam-na BEM_AVENTURADA, como mandam as Sagradas Escrituras: "Por isto, desde agora, me proclamarão BEM-AVENTURADA todas as gerações" (Lc 1,48).
A pessoa de Nossa Senhora é, portanto, a Mulher do Proto-Evangelho (Gn 3,15) que aparece como um grande sinal no céu (Ap 12). Da mesma maneira que o Proto-Evangelho descreve, no início da história da Salvação, o combate entre a serpente e a Mulher incluindo as descendências de ambas, o triunfo final da Igreja de Cristo descrito no Apocalipse não poderia excluir ae de Jesus da festa da vitória final. Com efeito, da mesma forma como não pode se conceber a origem da Igreja de Cristo sem a presença de sua mãe, Maria Santíssima, o seu triunfo não se dará sem Ela. Ela, como a "Nova Eva", tornou-se, por mercê de Deus, ae de todos os viventes que, aceitando o seu Filho Jesus como Salvador, receberam-na como Mãe e proclamam-na BEM-AVENTURADA. É exatamente nesta proclamação que são identificados aqueles que pertencem à descendência da Mulher, a única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, os filhos da Doce, Humilde, Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria!
Sejamos, pois, aqueles que proclamam Maria BEM-AVENTURADA !!!
Meus agradecimentos ao Pe. Anderson, Ju Maria, Thiago e Alan, bem como São Vieira e David pela valiosa contribuição durante o tempo em que esteve funcionando o tópico "POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3,15) por mim idealizado. Agradeço também a todos os que visitaram o tópico neste curto espaço de tempo.
Que Deus abençoe a todos.
Fiquem com Deus !!!!!
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porei inimizade entre ti e a mulher - "POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3, 15) - Página 3 Empty Re: "POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3, 15)

Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Sex Out 23, 2009 8:41 am

Caríssimos,

Que a paz do Senhor esteja com todos!!!

A síntese do meu pensamento de acordo com as Sagradas Escrituras, a Tradição e o Magistério da Igreja se encontra no tópico "O PROTO-EVANGELHO".

Abraços...

Fiquem com Deus!
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Mensagem por alessandro Seg Out 26, 2009 10:18 am

Tópicos fundidos.

Perdão pela demora...
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porei inimizade entre ti e a mulher - "POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3, 15) - Página 3 Empty Leitura Católica dos textos Bíblicos referidos à Maria.

Mensagem por Pe. Anderson Sex Nov 20, 2009 4:31 pm

Caros amigos,

Vamos postar aqui o que o Concílio disse de Maria, a partir dos textos bíblicos referidos à Ela e a Cristo. Creio que isso pode complementar esse tópico. Esse texto manifesta como os cristaos sempre leram esses textos bíblicos. É uma verdadeira leitura em família da Sagrada Escritura, que nos une aos cristaos de todos os tempos.






Maria na Anunciação



Mas o Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele
predestinara para mãe, precedesse a encarnação, para que, assim como uma mulher
contribuiu para a morte, também outra mulher contribuisse para a vida. É o que
se verifica de modo sublime na Mãe de Jesus, dando à luz do mundo a própria
Vida, que tudo renova. Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão;
e, por isso, não é de admirar que os santos Padres chamem com frequência à Mãe
de Deus «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o próprio
Espírito Santo a modelou e d'Ela fez uma nova criatura (175). Enriquecida,
desde o primeiro instante da sua conceição, com os esplendores duma santidade
singular, a Virgem de Nazaré é saudada pelo Anjo, da parte de Deus, como «cheia
de graça» (cfr. Luc. 1,28); e responde ao mensageiro celeste: «eis a escrava do
Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Luc. 1,38). Deste modo, Maria,
filha de Adão, dando o seu consentimento à palavra divina, tornou-se Mãe de
Jesus e, não retida por qualquer pecado, abraçou de todo o coração o desígnio
salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à
obra de seu Filho, subordinada a Ele e juntamente com Ele, servindo pela graça
de Deus omnipotente o mistério da Redenção. por isso, consideram com razão os
santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente
passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos
homens. Como diz S. Ireneu, «obedecendo, ela tornou-se causa de salvação, para
si e para todo o género humano» (176). Eis porque não poucos, Padres afirmam
com ele, nas suas pregações, que «o no da desobediência de Eva foi desatado
pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua
incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a sua fé» (177); e, por comparação
com Eva, chamam Maria a «mãe dos vivos»(178) e afirmam muitas vezes: «a morte
veio por Eva, a vida veio por Maria» (179).





Maria na
infância de Jesus

Esta associação da mãe com o Filho na obra da salvação, manifesta-se
desde a conceição virginal de Cristo até à Sua morte. Primeiro, quando Maria, tendo partido solicitamente para visitar Isabel, foi por ela chamada
bem-aventurada, por causa da fé com que acreditara na salvação prometida, e o
precursor exultou no seio de sua mãe (cfr. Luc. 1, 41-45); depois, no
nascimento, quando ae de Deus, cheia de alegria, apresentou aos pastores e
aos magos o seu Filho primogénito, o qual não só não lesou a sua integridade,
mas antes a consagrou (180). E quando O apresentou no templo ao Senhor, com a
oferta dos pobres, ouviu Simeão profetizar que o Filho viria a ser sinal de
contradição e que uma espada trespassaria o coração da mãe, a fim de se
revelarem os pensamentos de muitos (cfr. Luc. 2, 34-35). Ao Menino Jesus, perdido
e buscado com aflição, encontraram-n'O os pais no templo, ocupado nas coisas de
Seu Pai; e não compreenderam o que lhes disse. Mas sua mãe conservava todas
estas coisas no coração e nelas meditava (cfr. Luc. 2, 41-51).





Maria na vida pública e na paixão de Cristo
Na vida pública de Jesus, Sua mãe aparece duma maneira bem marcada logo
no princípio, quando, nas bodas de Caná, movida de compaixão, levou Jesus
Messias a dar início aos Seus milagres. Durante a pregação de Seu Filho,
acolheu as palavras com que Ele, pondo o reino acima de todas as relações de
parentesco, proclamou bem-aventurados todos os que ouvem a palavra de Deus e a
põem em prática (cfr. Mc. 3,35 e paral.; Luc. 11, 27-28); coisa que ela fazia
fielmente (cfr. Luc. 2, 19 e 51). Assim avançou a Virgem pelo caminho da fé,
mantendo fielmente a. união com seu Filho até à cruz. Junto desta esteve, não
sem desígnio de Deus (cfr. Jo.19,25), padecendo acerbamente com o seu Filho
único, e associando-se com coração de mãe ao Seu sacrifício, consentindo com
amor na imolação da vítima que d'Ela nascera; finalmente, Jesus Cristo,
agonizante na cruz, deu-a por mãe ao discípulo, com estas palavras: mulher, eis
aí o teu filho (cfr. Jo. 19, 26-27) (181).





Maria depois
da Ascensão

Tendo sido do agrado de Deus não manifestar solenemente o mistério da
salvação humana antes que viesse o Espírito prometido por Cristo, vemos que,
antes do dia de Pentecostes, os Apóstolos «perseveravam unânimemente em oração,
com as mulheres, Maria Mãe de Jesus e Seus irmãos» (Act. 1,14), implorando
Maria, com as suas orações, o dom daquele Espírito, que já sobre si descera na
anunciação. Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha
da culpa original (198), terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu
em corpo e alma (183) e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar
mais plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores (cfr. Apoc. 19,16) e
vencedor do pecado e da morte (184).



Grande abraço a todos.
Pe. Anderson
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porei inimizade entre ti e a mulher - "POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3, 15) - Página 3 Empty Re: "POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E A DELA" (Gn 3, 15)

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