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O Amor

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Mensagem por Binhokraus Qua Nov 05, 2008 12:45 am

Gostaria de começar dizendo que não sei se é aqui o lugar desse tópico, sintam-se a vontade para movelo.

Bom, quero propor um debate aqui sobre o que é o amor?! Tendo visto o bom nível das perguntas e das respostas, e percebendo, por conversas pessoais e pelas menssagens aqui deixadas que as respostas e explicações estão sendo bem absorvidas e entendidas gostaria de debater sobre o amor. O que é de fato o amor do ponto de vista filosófico?
Fisiologicamente falando, "não existe" amor, muito menos paixão, na verdade "não existe" nenhum sentimento, todos esses processos que nós definimos como sendo sentimentos, são consequências de liberações hormonais, quando adolescentes temos alguns picos de deteminados hormonios, por isso no adolescente, o lance de se apaixonar a cada semana por uma menina diferente é fisiológicamente explicável. Como as manifestações sentimentais são frutos de liberações hormonais, e como esses hormonios são controlados por glândulas e os hormonios são substâncias, pode haver disfunção em uma dessas glândulas, fazendo, por exemplo, com que um cara tenha uma disfunção em uma glãndula hormonal, que faça com que os picos, comuns na adolescencia, do hormonio responsável pela paixão permaneçam ao longo da vida inteira da pessoa. obs.: Existe um ator e diretor, que conhecida e sabidamente, tem tal difunção, que é rara, mas que existe, Ele já se casou várias vezes, e de fato, ele realmente se apaixona por outa mulher, como um adolescente.... Como podem haver disfunções hormonais, pode haver um vício, uma dependencia a essas substâncias, assim sendo, uma pessoa pode ficar, e de muitas ficam, viciadas em depessão ou em tristeza por exemplo, mais do que um problema psiquico, esse é um problema fisiológico também!
Dianta disso tudo eu pergunto, se o nosso amor é fruto de controles hormonais, oq de fato é o amor? ou os sentimentos em geral?
obs.: se possível, gostaria que não entrassem no mérito da alma, pois já existe um tópico exclusivo para a alma, mas como eu disse, se possível....
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Mensagem por Antônio Seixas Qua Nov 05, 2008 2:02 am

Outro tema filosófico fantástico. Acho que posso ajudá-lo a desenvolver a questão. Minha pós-graduação em filosofia, na Faculdade São Bento, foi justamente sobre o amor. Sem entrar na "questão da alma" podemos analisar pelo menos 10 definições diferentes sobre o assunto.

Você colocou que o amor na verdade seria a atração sexual provocada pela liberação de determinados hormônios. Devo dizer que você não está sozinho nisso. A filosofia do amor sexual de Arthur Schopenhauer é totalmente baseada no impulso sexual de perpetuar a espécie. Sugiro a leitura do livro "Metafísica do amor" para podermos direcionar a questão nesse sentido, se quiser, é claro.


Do ponto de vista tomista essa abstração biológica não explica o que o amor é em si, ou seja, qual a essência do amor (o que faz com que o ser seja aquilo que ele é).

Você diz textualmente que

"na verdade "não existe" nenhum sentimento, todos esses processos que nós definimos como sendo sentimentos, são consequências de liberações hormonais".

Seguindo essa noção, como você explica a relação existente entre pai e filho? Ou entre irmãos de sexos opostos? O que me impediria de manter relações sexuais com minha mãe ou minha irmã, se tudo se resume a hormônios?

O amor transcende o sexo e repercute em nós como vontade de viver juntos, quando fazemos uma escolha eletiva.

Deixo uma citação de Roland Barthes para você refletir e continuarmos depois:

"Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhjes posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo".

Santa Filósofa Edith Stein, rogai por nós.
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O Amor Empty Re: O Amor

Mensagem por Rafaela Botelho Qua Nov 05, 2008 4:09 pm

Achei essa questão muito muito muito legal.

Bom, isso parece com uma coisa que eu andava pensando uns tempos aí.
Assim: Se imagine como um corpo, que tem seus órgãos funcionando, tem vida...

Mas se não fossem os sentimentos seríamos como robôs, não teríamos ligação nenhuma com as outras pessoas. Eu poderia te matar e não estar nem aí... Sabe?! Essas coisas...

É muito legal isso, estou de olho no desenvolvimento.

Agora uma questão: amor, alegria, sentimentos em geral, sempre aprendi que estavam relacionadas a alma (não precisa ficar falando de alma, pra não fugir da resposta que o Binho quer, rs), mas esses dias me disseram que estava relacionada ao corpo.
Bom, não sei..

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O Amor Empty legal....

Mensagem por Binhokraus Qua Nov 05, 2008 10:54 pm

Ok, a respeito do livro, infelizmente não poderei ler agora, mas entra na fila de livros a serem lidos... infelizmente também, a fila está grande, e tem sido difícil diminuir! KKKK

Bom, quando eu disse não existir deixei entre "" hehehe vi que vc percebeu. Quanto ao seu questionamento em relação a pais filhos, relações entre parentes, o que nos leva a tais relacionamentos ou nos impede de tais atos, são os costumes sociais e culturais, sendo que não é uma absoluta verdade o amor de um pai para com um filho, agente espera, e deseja muito, que os pais amem seus filhos e vice e versa, mas não é difícil encontrar casos em que os pais não estão nem ai para os filhos, mas nem ai mesmo, nunca estiveram. Outro dia estava conversando com uma amiga que trabalha no conselho tutelar, e ela estava me dizendo que tem uma mulher que já tem 8 filhos, e ela quer dar os mais velhos, pq diz que não os quer, ela não diz que não tem condições, que não pode criar, que ta dificil, ela simplesmente fala que não os quer mais, tipo, cansei, não quero mais vc´s. Ai pergunto, o que vem a ser o amor como definimos, dizemos Deus é Amor, mas o que é o amor?! sei que se levarmos a questão para o lado espiritual, vamos esbarrar na alma, então vamos tentar não levar para esse lado por enquanto. Falando humanamente, entre nós seres humanos, o que é o amor, e poderiamos até estender o tópico, para o que são os sentimentos em si?!
Do ponto de vista puramente frio e biológico, são todos processos fisiológicos como eu disse, e como são processos fisiológicos, nós podemos ter total controle sobre essas emoções, total mesmo! se praticarmos, podemos escolher por quem se apaixonar, a quem amar, a quem odiar, quando ter raiva, quando não ter, quando ter pena, enfim, excluindo-se a alma da jogada, é como se fossemos um robô mal programado, que confunde as funções.... pq os sentimentos causam confusão na gente, isso do ponto de vista biológico. Eu pergunto, do ponto de vista filosófico, excetuando-se a alma, o q se diz do amor e dos sentimentos humanos em si?
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O Amor Empty Amor e caridade

Mensagem por Pe. Anderson Ter Jan 13, 2009 2:10 pm

Caros amigos,

Eu gostaria de me unir a essa interessantíssima discussão. Há diversas formas de explicar o amor desde o ponto de vista filosófico, umas mais completas que outras. Depois posso explicar esse ponto a partir de uma reflexão filosófica confiável e cristã. Agora eu gostaria de começar a dar uma explicação dessa realidade desde a Teologia, especificamente a partir de um texto de um grande Padre da Igreja: São Basílio Magno. Creio que a explicação desse santo é mais profunda que as diversas explicações filosóficas e podem dar bases filosóficas bem seguras para uma posterior explicação desse tema tão interessante.

Começo citando o texto de São Basílio e vou acrescentando algumas reflexões:

“O amor de Deus não é matéria de ensino nem de prescrições. Não aprendemos de outrem a alegrar-nos com a luz, ou a desejar a vida, ou a amar os pais ou educadores. Assim – ou melhor, com muita mais razão -, não se encontra o amor de Deus na disciplina exterior. Mas, quando é criado, o ser vivo, isto é, o homem, a força da razão foi, como semente, inserida nele uma força que contem em si a capacidade e a inclinação de amar. Logo que entra na escola dos divinos preceitos, o homem toma conhecimento desta força, apresando-se em cultivá-la com ardor, nutri-la com sabedoria e levá-la à perfeição, com o auxílio de Deus”.

Aqui está o primeiro ponto interessante: a capacidade de amar humana provem da razão humana, dada por Deus, como uma semente que vai se desenvolvendo por toda a vida. o que ajuda essa capacidade original do homem de amar são os ensinamentos divinos e a beleza das coisas criadas.

“Antes de mais nada, nós dele recebemos antecipadamente a força e a capacidade de pôr em prática todos os mandamentos que Deus nos deu. Por isso não nos aflijamos como se nos fosse exigido algo de incomum, nem nos tornemos vaidosos pensando que damos mais do que havíamos recebido. Se usarmos destas forças, levaremos uma vida virtuosa; no entanto, mal empregadas, cairemos no pecado”.

Essa capacidade nos ensina principalmente a amar a Deus, vivendo como Ele o quer. A origem de todo amor humano é pois a caridade. De aí que a ética cristã e entendida como a “ordenação do amor” (Santo Agostinho), quer dizer, é o que nos ensina amar a Deus em primeiro lugar e sobre todas as coisas, e ao próximo e as demais coisas por amor a Deus. Nesse sentido, nós cristãos não dizemos que seja pecado amar o mundo criado, mas pecado seria a idolatria, colocar as coisas criadas no lugar de Deus.

“Ora, o pecado se define como o mau uso, o uso contrário à vontade de Deus daquilo que ele nos deu para o bem. Pelo contrário, a virtude, como Deus quer, é o desenvolvimento destas faculdades que brotam da consciência reta, segundo o preceito do Senhor”.

“O mesmo diremos da caridade. Ao recebermos o mandamento de amar a Deus, já possuímos capacidade de amar, plantada em nós desde a primeira criação. Não há necessidade de provas externas; cada qual por si e em si mesmo pode descobri-la. De fato, nós desejamos, naturalmente, as coisas boas e belas, embora, à primeira vista, algumas parecem belas a uns e não a outros. Amamos também, sem ser necessário que nos ensinem nossos parentes e amigos e temos espontaneamente grande amizade por nossos benfeitores”.

“O que haverá, pergunto então, de mais admirável do que a beleza divina? Que coisa pode haver mais suave e deliciosa do que a meditação da magnificência de Deus? Que desejo será mais veemente e violento do que aquele inserido por Deus na alma liberta de toda impureza e que lhe faz dizer do fundo do coração: estou feria de amor? É na verdade totalmente indescritível o fulgor da beleza de Deus”.

Não quero me estender mais no comentário do texto, mas creio que aqui há muito material em que nós podemos refletir. Continuaremos a desenvolver o tema mais adiante, mas creio que aqui já temos uma ótima referencia para o tratamento desse tema. Um grande abraço a todos e espero ter colaborado com a discussão.
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Mensagem por Vinicius Sex Jan 16, 2009 12:09 pm

Dentro da História da Filosofia, são vários os significados para o conceito AMOR. Devemos começar pelas suas características fundamentais que estão presentes em todas as definições: a) é uma relação humana especifica; b) solidariedade; c) concórdia; d) desejo; e) intimidade; f) familiaridade; g) emoção. É claro que entre ambas as partes dos amantes. Iniciemos com os gregos onde o amor é uma força unificadora, harmonizadora. Esses primeiros filósofos afirmaram que o amor é essa força que nos une, que nos leva a perfeição, que nos aproxima do divino, da criação. Para Platão, o amor é insuficiente, é uma falta, uma necessidade e ao mesmo tempo desejo, que nos leva ao belo, nos aproxima do bem, o desejo de viver, existem tantas formas no Amor quantas no Bem e no Belo.

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O Amor Empty Re: O Amor

Mensagem por Rafaela Botelho Sex Jan 16, 2009 4:36 pm

Olá...
Como vão?

Binho, respondendo ao que vc escreveu, acho que no caso da mulher de 8 filhos não é que ela não possua amor, mas, ela o inclinou para o lado errado, parece um amor exacerbado por ela mesma. Ao ponto de negar seus filhos para fazer sua vontade de ser "livre" novamente.
E acho que com tantas outras pessoas que nos perguntamos "Fulano não ama?" por tantas coisas feias que vemos, acontece o mesmo, um amor exacerbado e mal inclinado.

Agora retomando suas perguntas:
Poderíamos controlar nossos sentimentos?

Nossa! De fato essa resposta do Pe. Anderson já gerou uma reflexão.
Na primeira citação de São Basílio que o Pe. Anderson fez, achei bem interessante quando ele diz que não aprendemos o amor, não aprendemos a nos alegrar ou amar.

Mas, quando é criado, o ser vivo, isto é, o homem, a força
da razão foi, como semente, inserida nele uma força que contem em si a
capacidade e a inclinação de amar.

...não se encontra o amor de Deus na disciplina exterior.
...a capacidade de amar humana provem da razão humana...
Isso me lembra o que ouvi um dia um padre dizer, que nossa inteligência é uma gota da inteligência infinita de Deus, por isso podemos pensar.

Mas, fiquei na dúvida se os sentimentos estão ligados então ao corpo ou a alma.

Outra coisa, foi dito que o amor vem quando somos criados e da razão. Os anjos também podem desenvolver algum tipo de amor? Os anjos amam?

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Mensagem por Rafaela Botelho Dom Jan 18, 2009 9:04 am

Olá..
Como vão?

Justamente hoje eu lendo um livro cheguei a uma parte que falava do amor.
Bom, o pensamento do livro é mais ou menos o seguinte:


"Seria meio bobo alguém mandar ter um sentimento ou emoção por outra pessoa. Jesus não queria dizer que devemos fingir que as pessoas ruins não são ruins. O que ele queria dizer era que devemos nos comportar bem em relação a elas. Ou seja, não um amor sentimento, mas o "amor é o que o amor faz". Um amor comportamental. Nem sempre podemos controlar o que sentimos em relação a outra pessoa, mas podemos controlar o que fazemos ou como nos comportamos.

As vezes o amor é definido muito mesquinhamente. Muito do Novo Testamento foi originalmente escrito em grego, e os gregos usavam várias palavras diferentes para descrever o fenômeno do amor. Uma dessas palavras era eros, da qual se deriva a palavra erótico, e significa sentimentos baseados em atração sexual e desejo ardente. Outra palavra grega para amor, storgé, é afeição, específicamente com a família. Nem eros nem storgé aparecem nas escrituras do Novo Testamento. Outra palavra grega para amor era philos, ou fraternidade, amor recíproco. Uma espécie de amor condicional, do tipo "você me faz o bem e eu faço o bem a você". Finalmente, os gregos usavam o substantivo ágape e o verbo correspondente agapaó para descrever um amor incondicional, baseado no comportamento com os outros, sem exigir nada em troca. E o amor da escolha deliberada. Quando Jesus fala de amor no Novo Testamento usa a palavra agape, um amor traduzido pelo comportamento e pela escolha, não o sentimento amor.

Os sentimentos de amor talvez possam ser a linguagem do amor ou a expressão do amor, mas esses sentimentos não são o que o amor é.

I Cor 13 diz em essência que o amor é paciente, bom, não se gaba nem é arrogante, não se comporta inconvenientemente, não quer tudo só para si, não condena por causa de um erro cometido, não se regozija com a maldade, mas com a verdade, suporta todas as coisas, aguenta tudo. O amor nunca falha.

Ou seja, o amor é: paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade e confiança.
Estes não são sentimentos, mas COMPORTAMENTOS."





Bom, é mais ou menos isso. Interessante, né?!
O que acham?

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O Amor Empty Re: O Amor

Mensagem por são vieira Ter Jul 21, 2009 9:30 am

definição do amor

As Escrituras Gregas Cristãs empregam mormente formas das palavras a·gá·pe, fi·lí·a e duas palavras derivadas de stor·gé (não sendo usada é·ros, o amor entre os sexos). A·gá·pe aparece com maior frequência que os outros termos.

Sobre o substantivo a·gá·pe e a forma verbal a·ga·pá·o, o Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento, de Vine), diz: “O amor só pode ser conhecido pelas ações que promove. Vê-se o amor de Deus na dádiva de Seu Filho, 1 João 4:9, 10. Mas, obviamente, este não é o amor da complacência, ou afeição, isto é, não foi motivado por qualquer excelência em seus objectos, Rom. 5:8. Tratava-se dum exercício da vontade Divina, em escolha deliberada, feita sem causa atribuível, excepto a que existe na natureza do Próprio Deus, cp. Deut. 7:7, 8.” — 1981, Vol. 3, p. 21.

A respeito do verbo fi·lé·o, Vine comenta: “[Este] deve ser diferençado de agap ao no sentido de que fileo representa mais de perto a terna afeição. . . . Novamente, amar (fileo) a vida, proveniente do desejo indevido de preservá-la, esquecendo-se o real objectivo de se viver, recebe a repreensão do Senhor, João 12:25. Inversamente, amar a vida (agapao), conforme usado em 1 Ped. 3:10, é levar em conta os verdadeiros interesses de se viver. Aqui, a palavra fileo seria muitíssimo inapropriada.” — Vol. 3, pp. 21, 22.

A Exhaustive Concordance of the Bible (Concordância Exaustiva da Bíblia), de James Strong, no seu dicionário grego (1890, pp. 75, 76), observa sob efi·lé·o: “Ser amigo d (gostar de [uma pessoa ou de um objeto]), i.e., ter afeição por (denotando apego pessoal, como questão de sentimento ou de afeto; ao passo que [a·ga·pá·o] é mais amplo, abrangendo espec. o critério e a aquiescência deliberada da vontade como questão de princípios, de dever e de decoro . . .).”

Por conseguinte, a·gá·pe tem o significado de amor guiado ou governado por princípios. Pode incluir, ou não, a afeição ou afecto. Que a·gá·pe pode incluir afeição e carinho é evidente em muitas passagens. Em João 3:35, Jesus disse: “O Pai ama [a·ga·paí] o Filho.” Em João 5:20, ele disse: “O Pai tem afeição pelo [fi·leí] Filho.” Por certo, o amor de Deus por Jesus Cristo é acompanhado de grande afeição. Também Jesus explicou: “Quem me ama [a·ga·pón], será amado [a·ga·pe·thé·se·tai] por meu Pai, e eu o amarei [a·ga·pé·so].” (Jo 14:21) Este amor do Pai e do Filho é acompanhado de terna afeição por tais pessoas amorosas. Os adoradores de Jeová têm de amar a Ele e a seu Filho, bem como uns aos outros, do mesmo modo. — Jo 21:15-17.

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