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Igreja UNA!

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Mensagem por Jonas E. Sex maio 31, 2013 5:57 pm

Peço desculpasse minha pergunta foi muito simples ou até fácil de compreender, mas ainda não encontrei ninguém que me desse uma resposta convincente. Imaginei que neste fórum talvez alguém possa me ajudar a entender

Eu ouço bastante o comentário de que a igreja católica é UNA, sendo assim por que existe a Igreja Católica Apostólica Romanda e a Igreja Ortodoxa?
Até onde eu saiba a Igreja Ortodoxa não é protestante.

Já ouvi o argumento de que "A Igreja Católica Apostólica ROMANA é UNA, a Igreja Ortodoxa foram os que se afastaram da Igreja Romana.

Também já ouvi o argumento que muitas dessas igrejas católicas são igrejas protestantes que usam o nome Católica. Mas aí viria a questão:
Se as igrejas católicas NÂO Romana são protestantes que usam o nome de católica, e isso não tira o título de UNA da igreja católica Romana, então a Assembleia de Deus seria UNA, e as outras igrejas protestantes seriam apenas ramificações da Igreja Católica? Ou a Igreja das Testemunhas de Jeová também seriam UNA e as outras seriam ramificações que usam o título de protestante? A

Pode ter ficado confuso o texto que citei, não sou habilidoso com a Norma Culta, mas se alguém entendeu e puder responder agradeço.

Jonas E.

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Mensagem por mazzzo Dom Jun 02, 2013 10:35 am

eleito escreveu:
Quanto a igrejas terrenas serem uma.... pois, cada uma é una... só se for isto.

Realmente as igreja como a "igreja dos eleitos" são apenas igrejas terrenas, inventadas pelos homens, tipo clube de futebol.... não passa disso. E com certeza o "eleito" está falando de sua própria denominação.... que é apenas mais uma invenção humana entre milhares de denominações inventadas pelos homens nos ultimos séculos....


eleito escreveu:
Quanto a esta denomiação que pergunta:
UNA no quê? Na doutrina???? Não são... conforme a paróquia assim é a doutrina.

Com certeza isso é assim entre as igrejas inventadas pelos homens (entre elas está a igreja dos eleitos). Não há unidade de forma alguma mas é uma verdadeira babilônia de doutrinas... afinal, são apenas invenções humanas.

A Igreja Católica é bem diferente, pois foi instituida pelo próprio Jesus.

mazzzo

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Mensagem por mazzzo Seg Jun 03, 2013 6:58 pm

eleito escreveu:
Se a igreja católica fosse instituida por Jesus falaria o mesmo que Jesus falou assim como os apóstolos o fizeram e a igreja dos eleitos faz.

Piada ?

eleito escreveu:Não se devia gloriar em "fomos instituidos por Cristo" (coisa que não é verdade) porque até de um monte de pedras Deus pode criar uma igreja de filhos de Abraão.

Coisa que não é verdade é o que você postou acima: que a igreja dos eleitos fala o mesmo que Jesus falou assim como os apóstolos fizeram...


mazzzo

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Mensagem por Jonas E. Ter Jun 04, 2013 8:31 am

Caro Eleito,

Agradeço sinceramente a resposta. Espero que não se incomode, mas eu realmente queria uma resposta do ponto de vista católico, pois a minha intenção é realmente entender sobre o um comentário que eu ouço muito por parte deles. Agradeço realmente pela resposta, mas ainda gostaria que um católico respondesse para mim.
No caso do Mazzo, nem preciso dizer que não colaborou com a questão em si, gostaria de pedir que nos detêssemos na questão eludida.

Ainda assim, agradeço a participação dos dois neste tópico.

Jonas E.

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Mensagem por Jonas E. Ter Jun 04, 2013 10:36 am

Claro que houve beneficio Eleito, e gostei das suas explicações. Agradeço realmente. Espero que possamos ter ainda mais diálogos durantes os tópicos propostos. ^^

Jonas E.

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Mensagem por Lucas B. Ter Jun 04, 2013 11:31 am

Caro Jonas E.

A pergunta realmente é bastante simples, só se torna complicado quando a idéia que fazemos do termo "UNA" não é a mesma com que a Igreja se refere a ele.
Pelos exemplos que citou, parece-me que entende o termo "UNA" como sinônimo stricto sensu de única, ou unicamente de uma unidade "inter-eclesial", o que pareceria falso ao admitirmos a existência das Igrejas Ortodoxas ou qualquer outra, mas o sentido do termo Una não é delimitado dessa forma, mas deve ser entendida nas diversas dimensões que assume na Igreja.

UNA, unidade enquanto origem - CIC §813 A Igreja é una por sua fonte: "Deste mistério, o modelo supremo e o princípio é a unidade de um só Deus na Trindade de Pessoas, Pai e Filho no Espírito Santo". A Igreja é una por seu Fundador: "Pois o próprio Filho encarnado, príncipe da paz, por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos em um só Povo, em um só Corpo"...
§816 "A única Igreja de Cristo (...) é aquela que nosso Salvador depois de sua Ressurreição, entregou a Pedro para que fosse seu pastor e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la...


UNA, unidade enquanto essência - §813 ...A Igreja é una graças à sua «alma»: «O Espírito Santo que habita nos crentes e que enche e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e une-os todos tão intimamente em Cristo que é o princípio da unidade da Igreja» (269). Pertence, pois, à própria essência da Igreja que ela seja una:...

UNA, unidade enquanto missão - §820 A unidade, "Cristo a concedeu, desde o início, à sua Igreja, e nós cremos que ela subsiste sem possibilidade de ser perdida na Igreja católica e esperamos que cresça, dia após dia, até a consumação dos séculos". Cristo dá sempre à sua Igreja o dom da unidade, mas a Igreja deve sempre orar e trabalhar para manter, reforçar e aperfeiçoar a unidade que Cristo quer para ela. Por isso Jesus mesmo orou na hora de sua Paixão, e não cessa de orar ao Pai pela unidade de seus discípulos: ... Que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17,21).

Muitos não conseguem entender o sentido de Una, por estarem presos apenas a uma dimensão material da unidade dos indivíduos, e assim ou acreditam que a Igreja é uma realidade abstrata e escatológica, e que portanto não existe ainda, pois que não existe essa união de todos os crentes; ou o outro extremo absurdo, a relatividade:
A igreja é de facto UNA... mas a igreja não é determinada ou limitada por nomes, nem tempos, nem nada terreno.
A igreja são todos os filhos de Deus que existem na Terra, no céu ou ainda nas trevas (por ainda Deus não os ter convertido) ... todos eles formam a igreja que ao longo dos séculos foi deixando o seu testemunho entre os homens.
Como a Igreja poderia ser todos os "filhos de Deus", inclusive os que "ainda estão nas trevas"? Na unidade não está incluido: "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo"? Por acaso a Fé do Católico e do Adventista são uma só? O Luterano e o Testemunha de Jeová possuem um só Batismo ou um só Senhor? Que unidade há entre aqueles que acreditam e quem não acredita?
Essa visão como pode perceber ignora as demais dimensões da unidade que citei (ignora mesmo o que seja o sentido de unidade ou igreja)

Em resumo, quando falamos em UNA, estamos nos referindo primeiramente e principalmente à unidade do Senhor Jesus, Deus feito homem, à uma realidade concreta na história chamada Sua Igreja, a unidade entre a Cabeça e o Corpo.
Segundo, estamos nos referindo à unidade que devem ter os membros para fazer parte desse Corpo, que também é uma realidade concreta:
§815 Quais são estes vínculos da unidade? "Sobre tudo isso [está] a caridade, que é o vínculo da perfeição" (Cl 3,14). Mas a unidade da Igreja peregrinante é também assegurada por vínculos visíveis de comunhão:
* profissão de uma única fé recebida dos Apóstolos
* a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos;
* a sucessão apostólica, por meio do Sacramento da Ordem, que mantém a concórdia fraterna da família de Deus.

Isso desmistifica outras falácias do tipo:
UNA no quê? Na doutrina???? Não são... conforme a paróquia assim é a doutrina.
É falso justamente porque a Doutrina Católica é explicitada objetivamente nos diversos documentos da Igreja, e não é contraditória consigo mesma.

Se eu tenho um manual dos procedimentos médicos e na Academia aprendo o procedimento para uma determinada cirurgia, e os conselhos profissionais e órgãos de legislação especificam esses procedimentos de forma sucinta e objetiva; o simples fato de um hospital ou médico resolverem fazer isso de outra forma irá lhes conferir a mesma legitimidade de todas essas instâncias? Para o bom entendedor...
Na fé??? Nem vale a pena... a cada ano que passa "aperfeiçoam" mais um pouco o evangelho.. até já a realidade do inferno foi posta em causa.
Apesar de tudo ainda acho que vale a pena tentar abrir os olhos à tal cegueira. Como já disse, a Fé Católica é o comprometimento com algo objetivo, discriminado, dogmática, e por isso mesmo única e una.
O Evangelho é "perfeito", e por isso mesmo pode em todas as épocas ser consultado para questões que anteriormente nunca surgiram, e por isso mesmo é sempre atual e sempre novo (para aqueles que são capazes de ver isso é claro).
A realidade de diversos pontos da Fé foi sempre posta em causa, e sempre defendida por aqueles que receberam essa defesa por herança e missão (todo aquele que abraça a Fé na verdadeira Igreja, mesmo que não a conheça), nos corações e mentes onde essas causas "perderam" surgiram então as heresias e seitas, a divisão.
No proceder??? Vemos nas notícias... nem vale a pena mencionar.
Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a verdade. (1 Jo 1,6)
O mesmo se aplica aqui, o procedimento de cada um é de sua própria responsabilidade e se ele é reprovável, certamente não está em comunhão com a Igreja que não o ensina ou chama a tal procedimento. De qualquer forma: "Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte de meu Pai. Por qual dessas obras me apedrejais? (Jo 10, 32)"
A Igreja Católica deixou na história e atualmente um legado incontável de testemunhos de vidas santificadas (não digo sequer canonizadas), por quais deles ela deveria ser "condenada"? Na verdade o seu "proceder" não deveria ser julgado a partir de tais? Não se a sua intenção é apenas a difamação e não a Verdade.
Também já ouvi o argumento que muitas dessas igrejas católicas são igrejas protestantes que usam o nome Católica. Mas aí viria a questão:
Se as igrejas católicas NÂO Romana são protestantes que usam o nome de católica, e isso não tira o título de UNA da igreja católica Romana, então a Assembleia de Deus seria UNA, e as outras igrejas protestantes seriam apenas ramificações da Igreja Católica? Ou a Igreja das Testemunhas de Jeová também seriam UNA e as outras seriam ramificações que usam o título de protestante?
Isso ficou meio confuso, vou fazer o possível no que eu entendi.
Veja por exemplo a Igreja Católica:
A Igreja Católica é constituída actualmente por 23 Igrejas sui juris, sendo a maior, a mais conhecida e numerosa a Igreja Católica Latina, ao ponto de muitas pessoas confundirem-na com a Igreja Católica, que são duas coisas diferentes. Estas 23 Igrejas professam a mesma doutrina e fé, salvaguardada na sua integridade e totalidade pelo Papa.
Como pode ver mesmo na diversidade ela é Una, pelos motivos que já expliquei no inicio.
A Assemb. de Deus ou T.J. poderiam declarar-se mesmo "Unas", se acreditassem cumprir legitimamente os quesitos dessa "unidade", e aqui é mais um motivo para eu ter minha convicção enquanto Católico, por que não o fazem? Por que inúmeras denominações gostariam que eu deixasse de ser Católico, mas não tem como a Igreja Católica a convicção sobre sua própria legitimidade? Algumas contradizem-se até a si próprias pregando a inocuidade de igreja e religião.
A Igreja Católica acredita em si mesma, e acredita em Cristo que não prometeu uma igreja para o futuro, ou uma igreja que não passa de uma idéia na cabeça de cada indivíduo que acredita estar a fazer a vontade de Deus, e sim que deixou uma, concreta e atuante e que seria capaz de fazer sua Voz ressoar em todo o mundo, em todos os tempos. Acredita que é Una por tornar realidade as palavras de Cristo de que a Cabeça jamais deixaria de estar unida ao Corpo, e mesmo que pairasse qualquer suspeição quanto à isso, por não haver qualquer outra que possa reivindicar legitimamente o mesmo.

Mas não podemos cair no erro do "exclusivismo" dos judeus de antigamente, de achar que esse povo escolhido, deve excluir tudo o mais:

§814 Contudo, desde a origem, esta Igreja una se apresenta com uma grande diversidade, que provém ao mesmo tempo da variedade dos dons de Deus e da multiplicidade das pessoas que os recebem. Na unidade do Povo de Deus se congregam as diversidades dos povos e das culturas. Entre os membros da Igreja existe uma diversidade de dons, de encargos, de condições e de modos de vida; "na comunhão eclesiástica há, legitimamente, Igrejas particulares gozando de tradições próprias". A grande riqueza desta diversidade não se opõe à unidade da Igreja. Todavia, o pecado e o peso de suas conseqüências ameaçam sem cessar o dom da unidade. Assim, o apóstolo tem de exortar a "conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz" (Ef 4,3).

§818 Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas "e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser argüidos de pecado de separação, e a Igreja católica os abraça com fraterna reverência e amor... Justificados pela fé recebida no Batismo; estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor".

§819 Além disso, "muitos elementos de santificação e de verdade existem fora dos limites visíveis da Igreja católica": "A palavra escrita de Deus, a vida da graça, a fé, a esperança, a caridade, outros dons interiores do Espírito Santo e outros elementos visíveis" O espírito de Cristo serve-se dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude de graça e de verdade que Cristo confiou à Igreja católica. Todos esses bens provêm de Cristo e levam a Ele e chamam, por eles mesmos, para a "unidade católica".


Essa é uma pequena explanação da visão católica (se estiver equivocado em algum ponto, qualquer Católico faça o favor de me corrigir fraternalmente) sobre Igreja Una, e deixo mais um material sobre o tema na visão Católica:
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19641121_unitatis-redintegratio_po.html

Vinde Senhor Jesus!

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Mensagem por Jonas E. Qua Jun 05, 2013 10:56 am

Em certo ponto consegui uma resposta para minha indagação. Agradeço caro Lucas. Pelas suas informações consegui afirmar o que eu pensava sobre a crença da Igreja Católica se considerar UNA. E não somente isso, agora entendo que qualquer outra igreja que acredita ser a igreja de Cristo pode também se considerar UNA. Pois a crença de ser UNA está completamente ligada ao fato de se considerar a igreja de Cristo e não ao fato de não haver divisões entre ela.

Peço que os moderadores ainda não fechem o tópico, pois creio que o assunto proposto pelo nosso amigo Eleito nos permita aprender ainda mais sobre este tema.

Jonas E.

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Mensagem por Jonas E. Qua Jun 05, 2013 2:10 pm

Nota lida Eleito ^^

Jonas E.

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Mensagem por Fabricio Qua Jun 05, 2013 8:22 pm

Novamente vejo aqui aquela velha tendência em desacreditar a Igreja usando os pecados dos seus filhos.
Senhores, deixemos uma coisa bem clara:
A Sã Doutrina é muito bem compilada, ensinada, transmitida e guardada. Isso vem desde os tempos apostólicos. Se um leigo católico, um padre, um bispo ou mesmo o papa transgride a Sã Doutrina, não o faz com a bênção da Igreja.Se a Igreja ensina a fazer de um jeito, e o sujeito faz de outro, como podem os senhores culpar a Igreja? Ora, até entre os apóstolos houve escândalos... que fazer então, desacreditar o próprio Cristo? É claro que não!
Vejo uma gama de comentários preconceituosos, frutos de má fé o desconhecimento... Deus o sabe.

Sendo assim, podemos seguramente reafirmar:

A Igreja é UNA na Doutrina:
Por Doutrina entende-se basicamente o que está no catecismo, que nada mais é que uma compilação das Escrituras, das Tradição e do Magistério. Agora, se um padre lá da paróquia de Conceição do Mato Dentro resolve ensinar heresias marxistas que não estão no Catecismo, não venham culpar a Igreja, culpem o padre.

A Igreja é UNA na fé:
Sinceramente, gostaria de ver um debate mais honesto. Não há um documento eclesial sequer, nem unzinho, nem um ensinamento do Magistério que contexte a existência do inferno. Se algum padre disse isso, mostre-lhe o Catecismo. Quem está em contradição é o padre, e não a Igreja.

A Igreja é UNA no proceder:
Com certeza. Você não vê, por exemplo, a Igreja na Austrália condenando o divórcio e a Igreja no Brasil aprovando. Você não vê a Igreja do Zimbábue defendendo o uso de contraceptivos e a Igreja do Japão condenando...Se um padre desvia do caminho, vá reclamar com ele, e não com a Igreja.

É muito pouco honesto julgar pessoas para desqualificar a instituição. Não se pode classificar a Igreja justamente pelo comportamento de seus filhos rebeldes.

Dito isto, voltemos ao tópico.

A unidade da Igreja é antes de tudo um dom de Cristo, mas esse dom se faz visível pelo ministério petrino, pois a Pedro foi dada a missão de "confirmar os irmãos" (São Lucas, 22:32). As Igrejas Ortodoxas, ainda que mantenham a sucessão apostólica, afastam-se da unidade justamente por rejeitarem seu sinal visível, ou seja, o ministério petrino.

Ainda sim, essas Igrejas guardam quase que a totalidade da Sã Doutrina, não negam totalmente o primado de Roma, e o retorno à plena comunhão é uma vontade tanto da Igreja Católica quanto das Ortodoxas. Com a graça de Deus chegará o dia em que Ocidente e Oriente voltarão a ser um.

Fiquem com Deus

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Mensagem por Jonas E. Qua Jun 05, 2013 8:45 pm

Caro Fabrício,

Agradeço sua participação no tópico e principalmente a maneira simples e fácil de entender que vc expôs a crença católica.

É muito pouco honesto julgar pessoas para desqualificar a instituição. Não se pode classificar a Igreja justamente pelo comportamento de seus filhos rebeldes.

Concordo plenamente com esta afirmação e gostaria que todos, tanto protestantes, evangélicos, católicos e demais denominações pudessem ter este mesmo pensamento. ^^

Que Deus nos abençoe.

Jonas E.

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Mensagem por Fabricio Qui Jun 06, 2013 7:37 pm

A Igreja é a instituição fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual Ele deu a missão de transmitir a fé e ministrar os sacramentos, para isso contando com a assistência infalível do Espírito Santo.

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Mensagem por mazzzo Sáb Jun 08, 2013 8:34 pm

A Igreja é Jesus, a Virgem Maria, os Apóstolos e seus sucessores e todos os batizados em comunhão. Jesus subiu aos céus mas antes constituiu os Apóstolos e lhes deu autoridade e esses constituíram sucessores até nós.

E assim a Igreja é maior que sua estrutura/instituição neste mundo. Jesus, a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os Santos no Céu e as almas no purgatório também são a Igreja de Jesus. Mas sua estrutura/instituição neste mundo é a Igreja Católica, com os batizados e os sucessores dos Apóstolos. As outras, inclusive a igreja dos eleitos, são invenções humanas. A Católica teve inicio com Jesus, com os Apóstolos.

Nós, Católicos, somos a Igreja de Jesus, a Unica. Não tem outra. Mas tem gente não católica (sem culpa) que está unida a Igreja de Cristo(=Igreja Católica) mesmo sem saber.

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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Seg Jun 24, 2013 3:48 pm

Caros amigos,

Apesar de ser  longo, estou transcrevendo um dos textos de São Cipriano de Catargo a respeito da unidade da Igreja, considerando toda a riqueza que, nele existente, muito nos ensina.


A UNIDADE DA IGREJA

I Parte:

1 - Vigiai, o inimigo vem disfarçado


(1) "Vós sois o sal da terra" (Mt 5,3), diz o Senhor, e ainda nos recomenda que sejamos simples pela inocência e prudentes na simplicidade [Mt 10,16]. Nada pois é mais importante para nós, irmãos diletíssimos, quanto vigiar com todo o cuidado para descobrir logo e, ao mesmo tempo, compreender e evitar as ciladas do inimigo traiçoeiro. Sem isso, embora sejamos revestidos de Cristo [Rom 13,14; Gál 3,27], que é a Sabedoria de Deus Pai [1Cor 1,24], nos mostraríamos menos sábios na defesa da salvação.

(2) De fato, não devemos temer só a perseguição e os vários ataques que se desencadeiam abertamente para arruinar e abater os servos de Deus. Quando o perigo é manifesto, a cautela é mais fácil. O nosso espírito está mais pronto para lutar contra um adversário abertamente declarado. É mais necessário ter medo e guardar-nos do inimigo que penetra às escondidas, e se vai insinuando oculta e tortuosamente com falsas imagens de paz. Bem lhe convém o nome de serpente! Essa foi sempre a sua astúcia, esse foi sempre o tenebroso e pérfido engano com que tenta seduzir o homem.

(3) Já no começo do mundo mentiu e enganou as almas crédulas e ingênuas (dos nossos primeiros pais), acariciando-as com palavras falazes [Gen 3,1ss] . Igualmente ousou tentar a Cristo, nosso Senhor, e se aproximou dele insinuando, disfarçando, mentindo. Foi contudo desmascarado e repelido. Desta vez, foi derrotado porque foi reconhecido e descoberto [Mt 4,1ss].

2 - Acima de tudo: cumprir os mandamentos de Cristo

(1) Sirvam-nos estes exemplos. Evitemos o caminho do homem velho, para não cair no laço da morte. Sigamos as pisadas de Cristo vencedor, para que, usando cautela diante do perigo, alcancemos a verdadeira imortalidade.

(2) Mas, como poderíamos chegar à imortalidade, sem observar os mandamentos de Cristo? São eles os únicos meios para combater e vencer a morte. Ele nos avisa: "Se queres chegar à vida, observa os mandamentos" (Mt 19,17), e, de novo: "Se fizerdes o que vos mando, já não vos chamarei servos, mas amigos" (Jo 15,15).

(3) Esses são os que ele diz serem fortes e firmes. Esses têm fundamento sólido na pedra, e gozam de inabalável resistência contra todas as tempestades e as rajadas do século. "Quem ouve as minhas palavras - diz ele - e as cumpre é semelhante ao homem sábio que construiu a sua casa sobre a pedra. Desceu a chuva, desabaram as correntes, sopraram os ventos, batendo contra aquela casa, e ela não caiu porque fora fundada na pedra" (Mt 7,25).

(4) Devemos, pois, prestar atenção às suas palavras, devemos aprender e praticar o que ele ensinou e o que fez. Como poderia asseverar que acredita em Cristo aquele que não cumpre o que Cristo mandou? E como conseguirá o prêmio da fé aquele que recusa a fé no que foi mandado? Fatalmente ele irá vacilando, à ventura, e, arrastado pelo espírito do erro, será varrido como pó agitado pelo vento.

(5) Nunca poderão conduzir à salvação os passos daquele que não adere à verdade da única via que salva.

3 - O demônio é o autor dos cismas

(1) Devemos pois guardar-nos, irmãos caríssimos, não só dos males que aparecem claramente como tais, mas também, como já disse, daqueles que nos enganam pela sutileza da astúcia e da fraude.

(2) Pois bem, vede agora a que ponto chega a astúcia e a sutileza do inimigo. Veio Cristo ao mundo. Veio a luz para os povos e resplandeceu para a salvação dos homens [Lc 2,32]. Com isto ficou descoberto e derrotado o antigo adversário. Os surdos abrem os ouvidos às graças espirituais, os cegos abrem os olhos a Deus, os enfermos ficam são ao ganhar a saúde eterna, os coxos correm à Igreja, os mudos soltam as suas línguas na oração [Mt 11,5; Lc 7,22]. Aumenta dia a dia o povo fiel, abandonam-se os velhos ídolos, tornam-se desertos os seus templos.

(3) Então, o que faz o malvado? Inventa nova fraude para enganar os incautos com o próprio título do nome cristão. Introduz as heresias e os cismas para derrubar a fé, para contaminar a verdade e dilacerar a unidade. Assim, não podendo mais segurar os seus na cegueira da antiga superstição, os rodeia, os conduz ao erro por novos caminhos. Rouba à Igreja os homens e, fazendo-lhes acreditar que alcançaram a luz e se subtraíram à noite do século, envolve-os ainda mais nas trevas: não observam a lei do Evangelho de Cristo e se dizem cristãos, andam na escuridão e pensam que possuem a luz, nisto são iludidos e lisonjeados pelo adversário, que, como diz o Apóstolo, "se transfigura em anjo de luz" (2Cor 11,14).

(4) Disfarça seus ministros em ministros de justiça, ensina-lhes a dar à noite o nome de dia, à perdição o nome de salvação, ensina-lhes a propalar o desespero e a perfídia sob o rótulo da esperança e da fé, a apregoar o Anticristo com o nome de Cristo. Mestres na arte de mentir, diluem com as suas sutilezas toda a verdade.

(5) Isto acontece, irmãos caríssimos, porque não se bebe à fonte mesma da verdade, não se busca aquele que é a Cabeça, nem se observam os ensinamentos do Mestre celestial.

4 - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra..."

(1) Quem presta atenção a estes ensinamentos não precisa de longo estudo, nem de muitas demonstrações. A prova da nossa fé é fácil e compendiosa.

(2) Assim fala o Senhor a Pedro: "Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas dos infernos não a vencerão. Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus e tudo o que ligares na terra será ligado também nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado também nos céus" (Mt 16,18-19).

(3) Sobre um só edificou a sua Igreja. Embora, depois da sua ressurreição, tenha comunicado igual poder a todos os Apóstolos, dizendo: "Como o Pai me enviou, eu vos envio a vós. Recebei o Espírito Santo, a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados, a quem os retiverdes ser-lhe-ão retidos" (Jo 20,21-23), todavia, para tornar manifesta a unidade, dispôs com a sua autoridade que a origem da unidade procedesse de um só.

(4) É verdade que os demais Apóstolos eram o mesmo que Pedro, tendo recebido igual parte de honra e de poder, mas a primeira urdidura começa pela unidade a fim de que a Igreja de Cristo aparecesse uma só.

(5) O Espírito Santo, falando na pessoa do Senhor, designa esta Igreja única quando diz no Cântico dos Cânticos: "Uma só é a minha pomba, a minha perfeita, única filha da sua mãe e sem igual para a sua progenitora" (Cant 6,9).

(6) Aquele que não guarda esta unidade poderá pensar que ainda guarda a fé? Aquele que resiste e faz oposição à Igreja poderá confiar que ainda está na Igreja?

(7) Paulo apóstolo inculca o mesmo ensinamento e mostra o sacramento da unidade, dizendo: "Um só corpo e um só espírito, uma é a esperança da vossa vocação, um Senhor, uma fé, um Batismo, um só Deus" (Ef 4,4-5).

(8) E, depois da ressurreição, diz ao mesmo: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,17). Sobre ele só constrói a Igreja e lhe manda que apascente as suas ovelhas. Embora comunique a todos os Apóstolos igual poder, todavia institui uma só cátedra, determinando assim a origem da unidade.

(9) É verdade que os demais [Apóstolos] eram o mesmo que Pedro, mas o primado é conferido a Pedro para que fosse evidente que há uma só Igreja e uma só cátedra. Todos são pastores, mas é anunciado um só rebanho, que deve ser apascentado por todos os Apóstolos em unânime harmonia.

(10) Aquele que não guarda esta unidade, proclamada também por Paulo, poderá pensar que ainda guarda a fé? Aquele que abandona a cátedra de Pedro, sobre o qual foi fundada a Igreja, poderá confiar que ainda está na Igreja?

5 - A Igreja única e universal: muitos são os raios, uma a luz...

(1) Esta unidade devemos guardar e exigir com firmeza, especialmente nós, bispos, que na Igreja presidimos, para dar prova de que o episcopado também é um e indiviso. Ninguém engane os irmãos com mentiras, ninguém corrompa a pureza da fé com pérfidos desvios.

(2) Uma só é a ordem episcopal e cada um de nós participa dela completamente. Mas a Igreja também é uma, embora, em seu fecundo crescimento, se vá dilatando numa multidão sempre maior.

(3) Assim muitos são os raios do sol, mas uma só é a luz, muitos os ramos de uma árvore, mas um só é o tronco preso à firme raiz. E quando de uma única nascente emanam diversos riachos, embora corram separados e sejam muitos, graças ao copioso caudal que recebem, todavia permanecem unidos na fonte comum.

(4) Se pudéssemos separar o raio do corpo do sol, na luz assim dividida já não haveria unidade. Quando se quebra um ramo da árvore, o ramo quebrado já não pode vicejar. Se separamos um regato da fonte, ele secará.

(5) Igualmente a Igreja do Senhor, resplandecente de luz, lança seus raios no mundo inteiro, mas a sua luz, difundindo-se em toda a parte, continua sendo a mesma e, de modo nenhum, é abalada a unidade do corpo.

(6) Na sua exuberante fertilidade, estende os seus ramos em toda a terra, derrama as suas águas em vivas torrentes, mas uma só é a cabeça, uma a fonte, uma a mãe, tão rica nos frutos da sua fecundidade. Do parto dela nascemos, é dela o leite que nos alimenta, dela o Espírito que nos vivifica.

6 - Única Esposa de Cristo: não pode ter Deus por Pai, quem não tem a Igreja por mãe.

(1) A Esposa de Cristo não pode tornar-se adúltera, ela é incorruptível e casta [Cf Ef 5,24-31]. Conhece só uma casa, observa, com delicado pudor, a inviolabilidade de um só tálamo. É ela que nos guarda para Deus e torna partícipes do Reino os filhos que gerou.

(2) Aquele que, afastando-se da Igreja, vai juntar-se a uma adúltera, fica privado dos bens prometidos à Igreja. Quem abandona a Igreja de Cristo não chegará aos prêmios de Cristo. Torna-se estranho, torna-se profano, torna-se inimigo.

(3) Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe. Como ninguém se pôde salvar fora da arca de Noé, assim ninguém se salva fora da Igreja [nota: aqui Cipriano fala dos obstinados que, conhecendo a verdade, insistem, por ódio ou comodismo pagão, em se apartar da Igreja de Cristo].

(4) O Senhor nos alerta e diz: "Quem não está comigo está contra mim, quem comigo não recolhe, dissipa" (Mt 12,30). Quem rompe a paz e a concórdia de Cristo trabalha contra Cristo. Quem faz colheita alhures, fora da Igreja, esse dissipa a Igreja de Cristo.

(5) Diz ainda o Senhor: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10,30), e do Pai, do Filho e do Espírito Santo está escrito: "Estes três são um" (1Jo 5,7). Como poderá alguém pensar que esta unidade da Igreja, decorrente da própria firmeza da unidade divina, e tão conforme com este celeste mistério, pode ser rompida e sacrificada ao arbítrio de vontades opostas? Quem não observa esta unidade não observa a lei de Deus, não observa a fé do Pai e do Filho, não possui nem a vida, nem a salvação.

7 - A túnica inconsútil de Cristo

(1) Este sacramento da unidade, este vínculo de concórdia inviolada e sem rachadura, é figurado também pela túnica do Senhor Jesus Cristo. Como lemos no Evangelho, ela não foi dividida, nem, de modo algum, rasgada, mas sorteada. Isto quer dizer que quem toma a veste de Cristo e tem a dita de se revestir do próprio Cristo [Rom 13,14; Gál 3,27], deve receber a sua túnica toda inteira e possuí-la intacta e sem divisão.

(2) Diz a divina Escritura: "Quanto à túnica, visto que, desde a parte superior, era feita de uma única tecedura, sem costura alguma, disseram: não a dividamos, mas lancemos-lhe a sorte para ver a quem toca" (Jo 19,23-24). A unidade da túnica derivava da sua parte superior - em nosso caso, do céu e do Pai celeste. Aquele que a recebia e guardava não podia rasgá-la de modo nenhum, de fato ela era resistente e sólida por ser constituída de um modo inseparável.

(3) Não pode possuir a veste de Cristo aquele que rasga e divide a Igreja de Cristo.

(4) O contrário aconteceu à morte de Salomão, quando o seu reino e o povo deviam ser divididos. O profeta Aías, indo ao encontro do rei Jeroboão no campo, cortou o seu manto em doze partes, dizendo: "Toma para ti dez partes, porque assim diz o Senhor: eis que eu divido o reino da mão de Salomão, a ti darei dez cetros e dois ficarão para ele, por causa do meu servo Davi e de Jerusalém, a cidade eleita em que eu pus o meu nome" (1Rs 11,30-36). Para separar as doze tribos de Israel, o profeta dividiu o seu manto.

(5) Mas o povo de Cristo não pode ser dividido, e por isso a sua túnica, que era um todo feito de uma só tecedura, não foi dividida por aqueles que a deviam possuir. Ficando uma só, bem firme na sua contextura, ela mostra a união e a concórdia do nosso povo, isto é, daqueles que são revestidos de Cristo. Por este sinal sagrado da sua veste, proclamou ele a unidade da Igreja.

8 - Figuras do Antigo Testamento: Raabe, o cordeiro pascal

(1) Portanto quem será tão celerado e pérfido, tão louco pelo furor da discórdia, para pensar como possível ou até para ousar romper a unidade de Deus, a veste do Senhor, a Igreja de Cristo?

(2) Ainda uma vez nos avisa ele no Evangelho dizendo: "E haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 10,16). E como se pode pensar que, num mesmo lugar, existam muitos pastores e muitos rebanhos?

(3) O apóstolo Paulo, por sua vez, inculcando esta mesma unidade, suplica e exorta: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos digais as mesmas coisas e não se dêem cismas entre vós. Sede unidos no mesmo sentimento e no mesmo pensamento" (1Cor 1,10) E de novo: "Sustentando-vos mutuamente no amor, esforçando-vos por conservar a unidade do Espírito na união da paz" (Ef 4,2-3).

(4) Achas tu que alguém pode afastar-se da Igreja, fundar, a seu arbítrio, outras sedes e moradias diversas e ainda perseverar na vida? Ouve o que foi dito a Raabe, na qual era prefigurada a Igreja: "Recolhe teu pai, tua mãe, teus irmãos e toda a tua família junto de ti, na tua casa, e qualquer um que ouse sair fora da porta da tua casa, será ele próprio culpado da sua perda" (Jos 2,18-19).

(5) Igualmente o sacramento da Páscoa [antiga], como lemos no Êxodo, exigia que o cordeiro, morto como figura de Cristo, fosse comido numa só casa. Eis as palavras de Deus: "Seja comido numa só casa, não jogueis fora da casa carne alguma dele" (Ex 12,46). A carne de Cristo, o Santo do Senhor [Nota: "Sanctum Domini" O Santo do Senhor - era como os primeiros cristãos chamavam a Eucaristia - O Corpo e Sangue de Cristo Jesus], não pode ser jogado fora. Para os que nEle crêem, não há outra casa a não ser a única Igreja.

(6) O Espírito Santo anuncia e significa esta casa, esta morada da união dos corações, dizendo nos salmos: "Deus faz habitar na casa aqueles que são unânimes" (Sl 67,7). Na casa de Deus, na Igreja de Cristo, os moradores são unidos e perseveram na concórdia e na simplicidade.


II Parte:

9 - A pomba, exemplo de sociabilidade e concórdia


(1) Por isto também o Espírito Santo desceu em forma de pomba [Mt 3,16; Mc 1,10], animal simples e alegre, sem amargura alguma de fel, incapaz de se enfurecer; não morde, não arranha com as unhas. Prefere as moradias dos homens e gosta de habitar numa mesma casa. Quando criam, as pombas cuidam dos filhotes juntamente, quando viajam, voam pertinho umas das outras. Passam o tempo em tranqüilos arrulhos, manifestam a concórdia e a paz beijando-se no rosto. Enfim, em todas as coisas seguem a lei da boa harmonia.

(2) Esta é a simplicidade que deve reinar na Igreja, essa a caridade que devemos realizar: o amor fraternal imite as pombas, a mansidão e a brandura sejam iguais às dos cordeiros e das ovelhas.

(3) Como podem estar no coração de um cristão a ferocidade dos lobos, a raiva dos cães, o veneno mortífero das serpentes ou a crueldade sanguinária das feras?

(4) Devemos alegrar-nos quando os que têm esses sentimentos se separam da Igreja. Assim as pombas e as ovelhas de Cristo não serão contagiadas pela sua maldade e pelo seu veneno. Não podem conciliar-se e juntar-se amargura e doçura, trevas e luz, chuva e céu sereno, guerra e paz, esterilidade e fecundidade, secura e manancial, tempestade e bonança.

(5) Não acreditem que os bons possam deixar a Igreja: não é o trigo que o vento carrega, o furacão não arranca as árvores que têm sólidas raízes. Ao contrário são as palhas vazias que a tormenta agita, são as árvores vacilantes que a força dos turbilhões abate. Contra esses o apóstolo São João manifesta a sua repulsa, dizendo: "Saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, sem dúvida teriam ficado conosco" (1Jo 2,19).

10 - Origem e maldade das heresias

(1) A origem de onde nasceram freqüentemente e continuam nascendo as heresias é a seguinte: há mentes perversas e sem paz, que, discordando em sua perfídia, não podem suportar a unidade. O Senhor, por seu lado, respeita a liberdade do arbítrio humano, permite e tolera que isto aconteça, a fim de que o crisol da verdade purifique os nossos corações e as nossas mentes, e, na provação, resplandeça com luz inequívoca a integridade da fé.

(2) O Espírito Santo nos previne, por meio do Apóstolo: "Convém que haja heresias para que entre vós se tornem manifestos os que resistem à prova" (1Cor 11,19). Assim, aqui mesmo, antes do dia do juízo, são divididas as almas dos justos e dos perversos e as palhas são separadas do trigo.

(3) Esses são os que, por própria iniciativa e sem chamamento divino, se põem a encabeçar temerários grupinhos. Contra toda a lei da ordenação, se constituem superiores e, sem que ninguém lhes dê o episcopado, se atribuem a si mesmos o nome de bispos. A eles faz alusão o Espírito Santo, no Salmo, falando dos que estão sentados em cátedras de pestilência, porque são peste infecciosa da fé. Mestres na arte de corromper a verdade, eles enganam com bocas de serpente, vomitando de suas línguas pestilentas peçonhas mortíferas. Os seus discursos brotam como chaga cancerosa, o trato com eles deixa no fundo de cada coração um veneno mortal.

11 - O Batismo cismático

(1) Contra esses homens brada o Senhor, para afastar ou retirar deles o seu povo desviado: "Não escuteis os sermões dos pseudo-profetas, porque vivem iludidos pelas alucinações do seu coração. Falam, mas não as palavras do Senhor. Aos que rejeitam a palavra de Deus dizem eles: tereis a paz, vós e todos os que andam segundo as próprias vontades. Não virá mal algum, ainda sobre aqueles que seguem os erros do próprio coração. Eu não lhes falei e eles vão "profetando". Se tivessem atendido ao meu conselho, ouvido as minhas palavras e as tivessem ensinado ao meu povo, eu os teria convertido dos seus perversos pensamentos" (Jer 23,16-22).

(2) E de novo fala deles o Senhor: "Abandonaram a mim, que sou a fonte da água viva, e escavaram para si covas escuras, que nem podem dar água" (Jer 2,13 [Nota: Tradução literal do texto latino antigo. As versões tiradas do hebraico dizem: "cisternas fendidas, que não retêm a água"]).

(3) Enquanto não pode haver senão um Batismo, eles pensam que podem batizar. Abandonaram a fonte da vida e ainda prometem a graça da água que dá a vida e a salvação. Lá os homens não são purificados, mas, ao contrário, mais poluídos. Lá os pecados não são perdoados, mas, antes, aumentados. Aquele nascimento não gera filhos para Deus, mas para o demônio [Nota: Esta recusa do batismo dos hereges é conseqüência do pensamento vigente. Este pensamento afirmava que qualquer violação na unidade da Igreja significava perversão total da fé. Hoje, a Igreja aceita o batismo das denominações protestantes tradicionais].

(4) Os que pretendem nascer por meio da mentira não recebem absolutamente as promessas da verdade. Gerados pela perfídia, não alcançam a graça da fé. Aqueles que, no delírio da discórdia, quebraram a paz do Senhor, não podem chegar ao prêmio da paz.

12 - "Onde dois ou três..." (Mt 18,20)

(1) Alguns se enganam a si mesmos com uma presunçosa interpretação das palavras do Senhor, que disse: "Onde quer que se encontrem dois ou três reunidos em meu nome, eu mesmo estou com eles" (Mt 18,20).

(2) São falsificadores do Evangelho e intérpretes mentirosos. Apegam-se ao que é dito depois, esquecendo o que foi dito antes, lembram-se de uma parte da frase e, astutamente, deixam do lado a outra. Assim como eles se separaram da Igreja, do mesmo modo truncam o sentido de uma única sentença.

(3) De fato, o que queria dizer nosso Senhor? Para inculcar aos seus discípulos a união e a paz, diz ele: "Eu vos afirmo que, se dois de vós concordarem na terra em pedir qualquer coisa, ela lhes será outorgada por meu Pai que está nos céus" (Mt 18,19). E continua: "Onde quer que se encontrem dois ou três reunidos em meu nome, eu mesmo estou com eles", mostrando que o que mais vale na oração não é o número dos que oram, mas a sua união de espírito.

(4) "Se dois de vós concordarem na terra", diz ele. Antes exige a união, põe na frente a paz: o seu primeiro e mais firme preceito é que entre nós haja acordo. E como poderá estar de acordo com alguém aquele que está em desacordo com o corpo da Igreja e a totalidade dos irmãos?

(5) Como poderão estar reunidos dois ou três em nome de Cristo, se é patente que estão separados de Cristo e do seu Evangelho? De fato não somos nós que nos apartamos deles, mas eles de nós. E quando, em seguida, formando entre si vários grupos, deram origem a heresias e cismas, abandonaram a cabeça e a fonte da verdade.

(6) O Senhor quer falar da sua Igreja e dirige aquelas palavras àqueles que estão na Igreja, dizendo que, se dois ou três deles estiverem concordes, como ele ensinou e mandou, e se reunirem em um só espírito para rezar, embora sejam só dois ou três, impetrarão da majestade de Deus o que pedem.

(7) "Onde quer que se encontrem reunidos em meu nome dois ou três, eu mesmo estou com eles", quer dizer com os simples, com os pacíficos, com os que temem a Deus e observam os seus preceitos. Com esses, ainda que não fossem mais do que dois ou três, prometeu que estaria, assim como esteve com os três jovens na fornalha ardente, e, porque permaneciam simples com Deus e unidos entre si, até no meio das chamas, os animou com uma brisa de orvalho (Dan 3,50).

(8) Do mesmo modo esteve presente aos dois Apóstolos encerrados na cadeia, porque eram simples e unânimes. Ele mesmo abriu as portas do cárcere e os conduziu de novo à praça para que pregassem à multidão a palavra que tão fielmente anunciavam.

(9) Por conseguinte, quando o Senhor coloca entre os seus preceitos estas palavras: "Onde quer que se encontrem dois ou três reunidos em meu nome, eu mesmo estou com eles", não quer separar os homens da Igreja, pois ele mesmo instituiu e formou a Igreja, mas ao contrário, repreendendo os pérfidos pela discórdia e encarecendo, com a sua própria voz, a paz aos fiéis, quer mostrar que ele está mais com dois ou três que oram unânimes, do que com muitos que oram na dissidência, e que obtém mais a prece concorde de poucos que a oração sediciosa de muitos.

13 - Não achará a Deus propício quem não está em paz com o irmão

(1) Por isto, quando ensinou o modo de orar, acrescentou: "Quando estiverdes em pé para orar, perdoai, se por acaso tendes mágoa contra alguém, a fim de que o vosso Pai que está nos céus vos perdoe também os pecados" (Mc 11,25). E se alguém vier ao sacrifício, estando de mal com alguém, ele o afasta do altar e ordena que, antes, se ponha de acordo com o irmão, e só depois volte em paz para oferecer a Deus a sua dádiva [Cf Mt 5,24].

(2) Deus não olhou aos presentes de Caim [Gen 4,5], porque aquele que, pelo rancor da inveja, não tinha paz com o irmão, não podia encontrar a Deus propício.

(3) Que espécie de paz podem pretender os inimigos dos irmãos? Que sacrifício pensam eles oferecer, enquanto não são que rivais dos sacerdotes? Julgam que Cristo esteja presente nas suas reuniões, enquanto se reúnem fora da Igreja de Cristo?

14 - Nem o martírio lava a mancha da discórdia

(1) Ainda que esses homens fossem mortos pela confissão do nome cristão, o seu sangue não lavaria esta mancha. O pecado da discórdia é tão grande e tão imperdoável, que não se apaga nem pelos tormentos. Não pode ser mártir quem não está na Igreja, não pode alcançar o Reino quem abandonou aquela que nasceu para reinar.

(2) Cristo nos deu a paz. Ele nos mandou que fôssemos concordes e unidos, ordenou que os laços do amor e da caridade fossem conservados intactos e sem rachadura. Não pode iludir-se de ser mártir aquele que não conservou a caridade fraterna.

(3) O apóstolo Paulo ensina e testemunha isto mesmo quando diz: "Ainda que eu tivesse fé para remover as montanhas, mas não tivesse a caridade, eu nada seria, ainda que distribuísse em alimento dos pobres tudo o que é meu, e entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse a caridade de nada adiantaria. A caridade é magnânima, a caridade é benigna, a caridade não rivaliza, não faz mal, não se pavoneia, não se irrita, não pensa com maldade, tudo ama, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais termina" (1Cor 13,1-9).

(4) A caridade nunca termina, ela estará sempre no Reino, durará eternamente pela unidade dos irmãos em mútua harmonia. A discórdia não entra no Reino dos céus. Quem, com pérfida divisão, violou a caridade de Cristo, não poderá chegar aos prêmios do mesmo Cristo, que disse: "Este é o meu mandamento, que vos ameis mutuamente como eu vos amei" (JO 15,12).

(5) Quem vive sem caridade está sem Deus. Eis a voz do bem-aventurado apóstolo João: "Deus é amor. Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele" (1Jo 4,16). Não podem permanecer com Deus os que não quiseram estar unidos na Igreja de Deus. Ainda que, lançados no fogo, fossem consumidos pelas chamas ou perdessem a vida sendo expostos às feras, tudo isto não seria uma coroa da fé, mas, antes, um castigo da sua perfídia, não seria o desfecho glorioso de uma vida religiosa intrépida, mas um fim sem esperança.

(6) Um homem assim poderia ser morto, mas não coroado. Ele confessa que é cristão do mesmo modo que o diabo, muitas vezes, engana dizendo ser ele o Cristo. Escutemos o aviso do Senhor: "Muitos virão com o meu nome, dizendo: sou eu o Cristo, e enganarão a muitos" (Mc 13,16). Como o diabo não é Cristo, embora tome este nome, assim não pode passar por cristão aquele que não permanece na verdade do Evangelho e na fé de Cristo.

15 - O Amor e a Unidade

(1) É certamente coisa incomum e admirável profetizar, expulsar demônios e fazer obras portentosas aqui na terra, mas quem faz todas essas coisas não conseguirá o Reino celeste se não anda no caminho reto e certo.

(2) Ouçamos ainda o Senhor: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não te lembras que em teu nome profetizamos e em teu nome expulsamos demônios e em teu nome fizemos obras portentosas? Eu porém lhes direi: jamais vos conheci, apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade" (Mt 7,21-23). É necessária a justiça para que alguém possa ser premiado por Deus. É necessário obedecer aos seus mandamentos e aos seus avisos, para que os nossos méritos alcancem a recompensa.

(3) O Senhor, no Evangelho, querendo mostrar-nos em breve resumo a senda da nossa fé e da nossa esperança, disse: "O Senhor, teu Deus, é um só", e continua: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças" (Mc 12,29-31). "Eis o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a ele: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Nestes dois preceitos funda-se toda a lei e também os profetas" (Mt 22,39-40).

(4) Com a sua autoridade ensinou, ao mesmo tempo, a unidade e o amor. Em dois preceitos compendiou a lei e todos os Profetas. Mas que unidade observa, que amor pensa praticar aquele que, como doido pelo furor da discórdia, divide a Igreja, destrói a fé, perturba a paz, aniquila a caridade, profana o Sacramento?

16 - Essas aberrações foram preditas

(1) Este mal, ó irmãos fidelíssimos, já tinha começado algum tempo atrás, mas agora, como triste calamidade, foi crescendo dia a dia e a venenosa praga da heresia e dos cismas aparece e pulula sempre mais. Assim deve acontecer no fim do mundo, como nos vaticina e nos avisa o Espírito Santo por meio do Apóstolo: "Nos últimos dias, diz ele, chegarão tempos difíceis e haverá homens que só buscam os próprios gostos, soberbos, arrogantes, avarentos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, desalmados, sem afeição e sem respeito de compromisso, caluniadores, incontinentes, violentos, sem nenhum amor ao bem, traidores, atrevidos, estupidamente altivos, amando mais os prazeres que Deus, ostentando um verniz de religiosidade, mas conculcando todo valor religioso. Deles são os que se insinuam nas casas e conquistam mulherzinhas carregadas de pecados, que se deixam levar por várias volúpias e se mostram sempre curiosos de saber, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade. E como Jamnes e Mambres fizeram resistência contra Moisés, assim estes resistem à verdade. Mas não serão bem sucedidos, porque a sua incapacidade será a todos manifesta, como aconteceu àqueles" (2Tim 3,1-9).

(2) Tudo o que tinha sido preanunciado se está cumprindo e, enquanto se aproxima o fim do mundo, tudo se realiza nas pessoas e nos acontecimentos.

(3) O adversário está solto. Cada vez mais, o erro vai espalhando os seus enganos. A insensatez gera orgulho, arde a inveja, a cobiça chega até à cegueira, a impiedade deprava, a soberba incha, a discórdia exaspera, a ira enfurece.


III Parte:

17 - Não ceder ao escândalo. Evitar os hereges


(1) Porém não nos impressione nem perturbe essa desmedida e temerária perfídia de muitos. Ao contrário, torne-se mais forte a nossa fé ao constatarmos a verdade do que foi profetizado. Alguns fizeram-se traidores, porque assim fora predito; os demais irmãos, em virtude da mesma profecia, acautelem-se contra essas coisas, escutando a voz do Senhor, que diz: "Vós, porém, acautelai-vos, porque eis que eu vos predisse tudo" (Mc 13-23).

(2) Evitai, pois, eu vo-lo peço, irmãos, esses homens e repeli, de vosso lado e de vossos ouvidos suas perniciosas conversas, como se repele um contágio mortífero. Está escrito: "Cerca os teus ouvidos com uma sebe de espinhos e não ouças a língua maldosa" (Eclo 28,24). E ainda: "As péssimas conversas corrompem até as pessoas de boa índole" (1Cor 15,33). O Senhor nos recomenda que evitemos essa gente. "São cegos, diz ele, e guias de cegos. Quando é um cego que conduz outro cego, caem juntos na fossa" (Mt 15,14).

(3) Convém estar longe e fugir de qualquer um que se separou da Igreja. É um transviado, um culpado, ele se condena por si próprio [Cf Ti 3,11]. Poderá pensar que está com Cristo aquele que está tramando contra os sacerdotes de Cristo e se separa da comunidade do seu clero e do seu povo? Ele levanta armas contra a Igreja e resiste às ordens de Deus. Adversário do altar, rebelde contra o Sacrifício de Cristo, traidor na fé, sacrílego na religião, servo intratável, filho ímpio, irmão inimigo, despreza os bispos e abandona os sacerdotes de Deus e ousa erguer um outro altar, pronunciar com voz ilícita uma outra prece, profanar, com falsos sacrifícios, a Hóstia do Senhor, e esquece que quem vai contra as ordens de Deus será punido com os divinos castigos pela sua atrevida audácia.

Parece até intolerância de S. Cipriano, mas defender a fé não é intolerância. A culpa não é tanto estar fora da Igreja "in-fidelis", mas em ter saído da Igreja e teimar numa fé espúria e pervertida "perfídia". S. Cipriano deseja defender os que permanecem na Igreja, das falsas doutrinas dos hereges, e não incitar um preconceito gratuito].

18 - Castigos dos profanadores do culto

(1) Assim Coré, Datã e Abirão receberam, sem demora, o castigo da sua presunção, porque, violando as ordens de Moisés e do sacerdote Aarão, pretenderam usurpar o direito de oferecer sacrifícios [Cf Num 16,31-35]. A terra perdeu a sua firmeza, fendeu-se numa profunda voragem, e o chão, assim aberto, os engoliu vivos e em pé. A justiça indignada de Deus não atingiu só os autores daquele gesto, mas também os outros duzentos e cinqüenta, seus companheiros, que foram cúmplices e solidários com eles. De repente saiu do Senhor um fogo punitivo e os consumiu. Isto deve valer como demonstração e sinal de que foi ofensa contra Deus tudo o que aqueles perversos tentaram, com suas vontades humanas, para frustrar as ordens do próprio Deus.

(2) Assim aconteceu também ao rei Ozias, quando segurou o turíbulo e, com violência, pretendeu oferecer ele mesmo o incenso, violando a lei de Deus e desobedecendo ao sacerdote Azarias, que a isto se opunha [Cf 2Crôn 26,16-20]. Lá mesmo foi confundido pela divina indignação e acometido por uma espécie de lepra na fronte. Pela sua ofensa a Deus, foi punido justamente naquela parte do corpo, onde recebem o sinal (da cruz) os eleitos de Deus.

(3) Também os filhos de Aarão, por ter colocado no altar um fogo profano, contra os preceitos do Senhor, foram mortos no mesmo instante pela divina vingança [Cf Lev 10,1-2; Num 3,4].

19 - Menos grave é o pecado dos lapsos*

(1) São esses os exemplos que seguem e imitam os que buscam doutrinas estranhas, introduzem ensinamentos de invenção humana e desprezam a divina tradição. A eles aplicam-se as repreensões e as censuras do Evangelho: "Rejeitais o mandamento de Deus para apegar-vos à vossa própria tradição (pagã)" (Mc 7,90).

(2) Este crime é pior do que aquele que se pensa terem cometido os lapsos, ao menos se falarmos dos que estão arrependidos e rogam a Deus perdão do seu pecado, dispostos a dar completa satisfação. Os lapsos, com súplicas, procuram a Igreja, os cismáticos combatem-na. Os primeiros podem ter sido vítimas de alguma pressão, os segundos erram no pleno uso da sua liberdade. O lapso, pecando, se prejudicou unicamente a si mesmo, ao passo que aquele que tenta criar heresias e cismas engana a muitos, arrastando-os à sua seita. Lá há detrimento de uma só alma, aqui o perigo é de muitos. O lapso reconhece que certamente pecou, disto lamenta-se e chora, o cismático, cheio de orgulho no seu coração e comprazendo-se dos seus próprios erros, arranca os filhos à mãe, afasta, com aliciamentos, as ovelhas do Pastor, arrasa os divinos Sacramentos.

(3) O lapso pecou só uma vez, o outro continua pecando a cada dia. Por fim, o lapso, mais tarde, poderá enfrentar o martírio e conseguir as promessas do Reino, o cismático, ao contrário, se for morto enquanto está fora da Igreja, não alcançará os prêmios da Igreja.

* Lapsos era o nome dado aos cristãos que durante a perseguição tinham sacrificado incenso aos ídolos, o que significava renúncia à fé. Para serem reintegrados na comunidade da Igreja deviam se submeter às penitências prescritas].

20 - Confessores* que não perseveraram

(1) Não deveis estranhar, irmãos diletíssimos, que até entre os confessores haja alguns que caíram nestes crimes. Acontece também que alguns deles cometam outros pecados graves e vergonhosos. A confissão da fé não torna uma pessoa imune das ciladas do demônio. A quem ainda vive neste mundo ela não comunica uma perpétua segurança contra as tentações, os perigos e o ímpeto dos ataques mundanos. Se assim fosse, não veríamos, em confessores, os roubos, os estupros e os adultérios, que agora, com imensa tristeza, devemos lamentar em alguns deles.

(2) Quem quer que seja um confessor, ele não poderá ser maior, melhor e mais amigo de Deus que Salomão. Entretanto, este, durante o tempo em que se manteve nos caminhos do Senhor, conservou a benevolência com que o mesmo Senhor o tinha favorecido, mas quando se desviou destes caminhos, perdeu também a benevolência do Senhor [3Rs 11,9].

(3) Por isto diz a Escritura: "Segura o que tens, para que um outro não tome a tua coroa" (Ap 3,11). Se lá o Senhor ameaça tirar a alguém a coroa da justiça, é sinal que quem renuncia à justiça fica privado também da coroa.

* Os confessores eram os cristão que afirmavam a fé perante os perseguidores, e por um motivo ou outro, não eram condenados a morte. Alguns deles, cheios de soberba pelo ato de fé que praticou, achavam que tinham o direito de dar o aval aos lapsos (ver nota acima) e reintegrá-los na comunidade sem as penitências. Alguns confessores se tornaram cismáticos].

21 - A honra da "confissão" aumenta o dever do bom exemplo

(1) A confissão da fé é um preâmbulo da glória, mas não é ainda a posse da coroa. Não é a glória definitiva, mas só o início do mérito. Está escrito: "O que perseverar até o fim, este será salvo" (Mt 10,22). Tudo pois o que fazemos antes do fim é só um passo com o qual vamos subindo ao monte da salvação, mas só ao fim da subida chegaremos à posse perfeita do cume.

(2) Trata-se de um confessor? Ora, depois da confissão da fé, o perigo torna-se maior, porque o adversário está mais enraivecido contra ele.

(3) É confessor? Por isto, mais do que nunca, deve permanecer fiel ao Evangelho do Senhor, ele que pelo Evangelho conseguiu esta honra. Diz o Senhor: "A quem muito é dado, muito será pedido e a quem é concedida maior dignidade, deste exigem-se maiores serviços" (Lc 12,48). Ninguém se deixe levar à perdição pelo mau exemplo de algum confessor. Ninguém aprenda, do seu modo de proceder, a injustiça, a arrogância ou a perfídia.

(4) É confessor? Seja humilde e tranqüilo em todo o seu comportamento, seja disciplinado e modesto, de modo que, como é chamado confessor de Cristo, imite também aquele Cristo que confessa "Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado" (Lc 18,14). Assim disse ele, e foi exaltado pelo Pai, porque, sendo ele a Palavra, a Virtude e a Sabedoria de Deus Pai, se humilhou a si mesmo na terra. E como poderia amar a altivez, ele que, com a sua lei nos preceituou a humildade, e, em prêmio da sua humildade, recebeu do Pai o nome mais sublime? [Cf Flp 2,9]

(5) Alguém foi confessor de Cristo? Muito bem, mas, depois, por sua culpa, não sejam blasfemadas a majestade e a santidade do próprio Cristo. A língua que confessou a Cristo não seja maldizente nem sediciosa, não se ouça vociferando em altercações e brigas; depois de palavras tão divinas de louvor não vá vomitando veneno de serpente contra os irmãos e contra os sacerdotes de Deus.

(6) Em suma, se alguém, depois da confissão, se tornou culpável e detestável, se aviltou a sua confissão com maus comportamentos, se manchou a sua vida com torpezas indignas, se, afinal, abandonou a Igreja, na qual se tornara confessor, e, quebrando a harmonia da unidade, trocou a fé de então com a perfídia, um tal homem não pode lisonjear-se, presumindo da sua confissão, de ser como que predestinado ao prêmio da glória. Ao contrário, por isto mesmo, aumentaram seus títulos para o castigo.

22 - Elogio dos confessores

(1) Vemos também que chamou a Judas entre os Apóstolos, e este Judas, em seguida, traiu o Senhor. A fé e a perseverança dos Apóstolos não esmoreceram pelo fato que Judas traidor tinha pertencido ao seu grupo. Igualmente em nosso caso: a santidade e a dignidade dos confessores não ficam destruídas, se naufragou a fé em alguns deles.

(2) O bem-aventurado apóstolo Paulo diz numa das suas cartas: "Se alguns decaíram da fé, será que a sua infidelidade tornou vã a fidelidade de Deus? De modo algum. De fato, Deus é verídico e todo homem é mentiroso" (Rom 3,3-4; Sl 115,11).

(3) A maioria e a parte melhor dos confessores mantém-se no vigor da sua fé e na verdade da lei e da disciplina do Senhor. Lembrando-se de ter alcançado a graça e a benevolência de Deus na Igreja, não se afastam da paz da mesma Igreja. Nisto merecem mais amplo louvor pela sua fé, porque, desligando-se da perfídia daqueles que já foram seus companheiros na confissão, resistiram ao contágio do mal. Iluminados pela luz verdadeira do Evangelho, brilhando na pura e cândida claridade do Senhor, mostram-se tão dignos de encômio na conservação da paz de Cristo, quanto o foram no combate, quando se tornaram vencedores do demônio.

23 - Apelo aos que foram enganados

(1) Quanto a mim, irmãos diletíssimos, não deixo de exortar e insistir, porque desejo que, se for possível, nenhum dentre os irmãos pereça, e a mãe feliz (a Igreja) abranja no seu regaço o seu povo, unido na concórdia como um só corpo. Se, todavia, este salutar conselho não consegue reconduzir ao caminho da salvação certos chefes de cismas e certos autores de dissensão, preferindo eles obstinar-se em sua cega demência, ao menos os demais, os que foram surpreendidos na sua simplicidade, ou se deixaram desviar por algum equívoco, ou foram enganados pelo ardil de uma astúcia dissimulada, ao menos vós sacudi os laços falaciosos, livrai dos erros os vossos passos extraviados, sabei reconhecer o caminho reto que conduz ao céu.

(2) Ouvi a voz do Apóstolo, que clama: "Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, nós vos mandamos, diz ele, que vos afasteis de todos os irmãos que andam desordenadamente e não segundo a tradição que receberam de nós" (2Tes 3,6). E de novo: "Ninguém vos engane com vãs palavras. Por causa disto veio a ira de Deus sobre os filhos da contumácia. Não estejais, pois, ao lado deles" (Ef 5,6-7).

(3) Deveis evitar os delinqüentes e até fugir deles, para que não aconteça que, juntando-se aos que trilham os caminhos do erro e do crime, alguém se desvie também da verdade e se torne culpado de igual delito.

(4) Deus é um, Cristo é um, uma é a sua Igreja, uma a fé e o povo (cristão) é também um, aglutinado pela concórdia como na compacta unidade de um corpo. Esta unidade não pode ser quebrada. Um corpo não pode ser dividido, desarticulando as suas junturas. Não pode ser reduzido a pedaços, dilacerando e arranhando as suas vísceras. Tudo o que se separa do centro vital não pode continuar a viver ou a respirar porque fica privado do alimento indispensável à vida.

24 - Bem-aventurados os pacíficos

(1) O Espírito Santo assim nos fala: "Quem é o homem que quer viver e deseja ver dias excelentes? Refreia do mal a tua língua, e os teus lábios não falem insidiosamente. Evita o mal e faze o bem, busca a paz e segue-a" (Sl 33,13-15). O filho da paz deve buscar a paz, deve procurá-la. Quem conhece e ama o vínculo da caridade deve guardar a sua língua do flagelo da dissensão.

(2) O Senhor, já próximo à paixão, entre outros preceitos e ensinamentos salutares, acrescentou o seguinte: "Eu vos entrego a paz, eu vos dou a minha paz" (Jo 14,27). Esta é a herança que nos deixou. Todos os dons e todos os prêmios das suas promessas estão incluídos nisto: a inviolabilidade da paz.

(3) Se somos co-herdeiros de Cristo [Cf Rom 8,17], permaneçamos na paz de Cristo. Se somos filhos de Deus, sejamos pacíficos. "Bem-aventurados os pacíficos, diz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9). Convém, pois, que os filhos de Deus sejam pacíficos, mansos de coração [Cf Mt 11,29], simples quando falam, concordes nos afetos, sempre ligados uns aos outros pelos laços da unidade de espírito.

25 - O exemplo dos primeiros cristãos

(1) Essa unidade reinou ao tempo dos Apóstolos e a nova plebe, o povo dos que acreditaram, guardava os preceitos do Senhor e ficava fiel à sua caridade. Prova-o a divina Escritura, dizendo: "A multidão daqueles que acreditaram se comportava como se fossem todos uma só alma e uma só mente" (At 4,32).

(2) E antes: "Estavam perseverando todos unânimes na oração com as mulheres e Maria, a mãe de Jesus, e seus irmãos" (At 1,14). Por isto oravam de modo eficaz e podiam confiar em alcançar o que estavam pedindo à misericórdia divina.

26 - Exortação para uma vida cristã integral

(1) Entre nós, ao contrário, esta união está demasiado relaxada, e ao mesmo tempo aparece muito enfraquecida a generosidade nas obras (boas). Então vendiam as suas casas e as suas propriedades e entregavam o preço aos Apóstolos, para que fosse distribuído aos pobres: assim colocavam seus tesouros no céu [Cf Mt 6,19]. Hoje nem se dão os dízimos dos patrimônios e, enquanto o Senhor diz "vendei" [Cf Lc 12,33], nós preferimos comprar e possuir mais. Como, entre nós, murchou o vigor da fé, como esmoreceu a força daqueles que crêem!

(2) Por isto o Senhor, falando destes nossos tempos, diz no Evangelho: "Quando vier o Filho do homem, pensas que encontrará fé na terra?" (Lc 18,8). Vemos que está acontecendo o que ele predisse. No que diz respeito ao temor de Deus, à lei da justiça, ao amor, às obras, não há mais fé. Ninguém se preocupa com as coisas que hão de vir, ninguém pensa no dia do Senhor, na ira de Deus, nos futuros suplícios dos incrédulos, nos eternos tormentos destinados aos pérfidos. Se crêssemos, a nossa consciência teria medo de tudo isto. Se não temos medo é sinal que não cremos. Quem acredita se acautela, quem se acautela se salva.

(3) Despertemos, irmãos diletíssimos, quebremos o sono da inércia rotineira e, por quanto for possível, sejamos vigilantes em guardar e cumprir os preceitos do Senhor. Sejamos prontos, como ele seja, quando diz: "Estejam cingidos os vossos rins, e as lâmpadas acesas nas vossas mãos, e vós sede semelhantes a homens que esperam o seu dono, quando voltar das núpcias, para lhe abrirem logo que ele chegar e bater. Bem-aventurados os servos que o Senhor, chegando, encontrar vigilantes" (Lc 12,35-37). É necessário que estejamos cingidos, a fim de que, quando vier o dia da partida, não sejamos surpreendidos cheios de impedimentos e de embaraços. Fique sempre viva a nossa luz e brilhe em boas obras, para nos guiar da noite deste mundo aos esplendores da claridade eterna. Sempre solícitos e cautos, fiquemos à espera da chegada repentina do Senhor. Quando ele bater, encontre a nossa fé vigilante com uma tal vigilância que mereça receber o prêmio do mesmo Senhor.

(4) Se forem observados esses mandamentos, se forem postas em prática essas exortações, não acontecerá que sejamos vencidos, no sono, pela falácia do demônio, mas, como servos bons e vigilantes, reinaremos com Cristo glorioso.

______________________________

Um grande abraço a todos !!!
 
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Última edição por Flávio Roberto Brainer de em Seg Jun 24, 2013 4:16 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Seg Jun 24, 2013 9:29 pm

Caros amigos,

Talvez não devesse fazer esta postagem pelo fato de poder a mesma ser interpretada como ofensiva. Entretanto, como esta não é minha intenção, e ao mesmo tempo, considerando que a verdade deve ser exposta para que todos a possam contemplar, embora um tanto constrangido, resolvi torná-la do conhecimento de todos os que participam do nosso fórum.

Eram 3 horas e 48 minutos da tarde de hoje quando postei o texto sobre a Unidade da Igreja de São Cipriano de Catargo. As 4 horas e 1 minuto, foi postado pelo Eleito o seguinte texto:

"Neste texto pouco mais vi que obras e mandamentos e glória de homens ... de Cristo pouco fala e da obra de Deus praticamente nada... e quando fala é para novamente levar a mandamentos. É só para dizer "Ele fez e conseguiu, por isso se fizermos igual também conseguimos" ignorando o que é a graça de Deus e o que significa a morte do cordeiro e a sua obra e eficácia. No entanto quem nos faz UM é precisamente AQUELE que este texto deixa de fora quando LHE deveria atribuir TODA a responsabilidade pela Unidade da Igreja.É a pedra de esquina que os edificadores rejeitam..."

Humanamente falando, seria impossível a leitura crítico reflexiva de um texto tão grande em menos de 13 minutos como afirmou ter feito o Eleito.

Observem que no texto do Eleito está contido o seguinte:

1. "pouco mais vi que obras e mandamentos e glória de homens"


2. "de Cristo pouco fala"


3. "da obra de Deus praticamente nada"


4. "quem nos faz UM é precisamente AQUELE que este texto deixa de fora"

Não me compete responder a um insensato que afirma que leu no texto de São Cipriano de Catargo 84 citações das Sagradas Escrituras, das quais, 17 são do Antigo Testamento, 67 são do Novo Testamento e 41 são extraídas dos quatro evangelhos, sendo, portanto, palavras de Jesus.

Certamente, a "igreja dos eleitos", para além da Carta de São Tiago, deve ter retirado também da sua "bíblia" estas 84 citações que estão contidas no texto de São Cipriano, visto que o Eleito, adepto desta "igreja" não encontrou no texto nada ou quase nada de Cristo e da obra de Deus, além de afirmar que o texto deixou de fora a pessoa de Jesus.

Precisa de mais algum comentário ?

Por este fato, podemos perceber com a maior nitidez possível qual a finalidade da participação do Eleito no nosso fórum e a serviço de quem ele está.

Que Deus ABRA LITERALMENTE os olhos do Eleito para que, mesmo que não aceite a verdade, possa enxergar o que está escrito na Sua Palavra e não continue a escrever outras inverdades no nosso fórum que se destina a pessoas sérias e comprometidas com a fé cristã na sua diversidade.

Um grande abraço a todos !!!
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Ter Jun 25, 2013 8:28 pm

Caro Eleito,

Assim você escreveu:

"Hummm...  quando li o texto não me pareceu assim tão grande... porque foi o seu texto re-editado depois da minha resposta Flávio ó homem cheio de boas intenções?"


Da forma como você escreveu, deixa transparecer que o texto foi modificado daquilo que antes tinha sido colocado. Na verdade, quando transcrevi o texto pela primeira vez, os títulos e subtítulos saíram com o mesmo tipo de letra do restante do texto. Imediatamente após a postagem, reeditei, colocando em negrito os títulos e subtítulos. Note-se que o nosso fórum tem um mecanismo que mostra imediatamente as postagens que enviamos, e a reedição foi imediata, não havendo tempo suficiente para a leitura do texto na íntegra.

Entretanto, vale salientar que, se o amigo apela afirmando que leu antes da reedição, tudo se torna ainda mais complicado, pois foi reeditado imediatamente após sua postagem, em um tempo muito inferior aos 13 minutos a que me referi na minha ultima postagem.

Convém ressaltar ainda que se o amigo satiriza a respeito das minhas intenções, o que poderia eu afirmar em relação às suas?  Deixe-me quieto, pois qualquer leitor do nosso fórum é capaz de perceber onde estão as boas e as más intenções, o que fica comprovado tanto nestas duas ultimas postagens suas, quanto na sua forma de proceder. Com efeito, para um bom entendedor, meia palavra basta... quanto mais um discurso inteiro !!!

Quanto ao que você descreveu na ultima postagem, não acho que valha a pena qualquer comentário de minha parte devido a irrelevância dos seus argumentos que são comuns a todos aqueles que, rompendo com a verdadeira Igreja de Nosso Senhor, criaram para sí novas seitas de acordo com as suas paixões, de maneira que não se enxergando a si próprios, se servem de argumentos atravessados para justificarem que não quebraram a unidade da Igreja. Essa história é bastante antiga e, a esse respeito, o próprio Jesus advertiu a santa Igreja para que não fosse surpreendida nem ludibriada pelos autores de tais fábulas.

O grupo de incrédulos que você integra, junto a outros milhares, se serve sempre deste mesmo argumento no sentido de negar a quebra da unidade da Igreja da qual são incontestáveis protagonistas. É como você mesmo afirmou: está repleto de papagaios que repetem versículos e mais versículos das Sagradas Escrituras com sentidos muitas vezes antagônicos à verdade e adaptados às várias modalidades de seitas espalhadas pelo mundo inteiro, prova incontestável da quebra da unidade que protagonizam. É triste, mas é verdade.

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