Livros deuterocanônicos
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Quem tem boca vai a Roma! :: Doutrina Católica :: Questões bíblicas: “O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós”.
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Re: Livros deuterocanônicos
No que se refere ao cânone do Novo Testamento, nunca se teve dúvidas consistentes como as existentes em relação ao cânone do Antigo Testamento. Entretanto, restaram dúvidas pessoais e locais sobre alguns livros, de maneira muito peculiar no Oriente. Estas dúvidas perdurarm até os séculos V e VI. Estes livros eram Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2-3 João, Judas e Apocalipse.
Em relação a estes livros, as dúvidas eram marcadas pelas diferenças de estilo em relação às obras de São Paulo e a primeira carta de São Pedro, bem como o estilo e a obscuridade do livro do Apocalipse. Após este período, o cânone tradicional foi aceito sem outras dificuldades até o século XVI, quando Erasmo e Gaetano fizeram retomar as discussões em torno das antigas dúvidas.
Lutero e outros "reformadores" alemães rejeitaram os livros de Judas, Hebreus, Tiago e Apocalipse. Em relação à objeção de Lutero pelo livro de São Tiago, está no antagonismo existente entre a doutrina de Lutero e a descrição de que a fé sem as obras é morta em si mesma. As demais "igrejas da reforma" não colocaram em discussão o cânone tradicional. Posteriormente, no século XVII, os luteranos divergiram do seu fundador e voltaram a considerar o cânone tradicional.
O Concílio de Trento, na sessão de 8 de abril de 1546 homologou o cânone do Novo Testamento da seguinte maneira: Os quatro evangelhos: São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João, os Atos dos Apóstolos escritos por São Lucas, as catorze epístolas de São Paulo: Romanos, 1-2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1-2 Tessalonicenses, 1-2 Timóteo, Tito, Filemon e Hobreus, além dos livros 1-2 Pedro, 1-3 João, Tiago, Judas e Apocalipse de São João Apóstolo.
Ao encerrar este resumo fundamentado nos estudos de KENZIE, J. L (1983) e SCHÖKEL, L. A. (1997), gostaria de, respondendo àqueles que dizem erroneamente que a Igreja Católica somente definiu o cânone no Concílio de Trento após os protestos de Lutero e dos "reformadores", afirmar que é muito comum os hereges dizerem que os dogmas foram "inventados" nas datas de suas definições nos concílios convocados pela Igreja, o que absolutamente não é verdadeiro.
Quando a Igreja convoca um Concílio, não o faz para criar uma novidade, mas para proclamar, para referendar e definir com maior clareza aquilo que a Igreja sempre ensinou, bem como para condenar com veemência a novidade contrária àquilo que sempre foi ensinado.
Assim sendo, no Concílio de Trento, a Igreja definiu dogmaticamente o cânon bíblico, que já havia sido anteriormente fixado através da Bula Cantate Domino no Concilio de Florença no dia 4 de fevereiro de 1442. Aliás, bem antes do Concílio de Florença, a Carta Pascal de Santo Atanásio no ano 367 relaciona todos os 27 livros do Novo Testamento, já incluida a Epístola aos Hebreus, a segunda e a terceira de São João e a de São Judas Tadeu, sobre as quais havia antes algumas dúvidas. Nesta mesma carta de Santo Atanásio está a lista completa dos 45 livros do Antigo Testamento, e dos 27 do Novo. Esta mesma lista dos livros do Antigo e do Novo Testamento está descrita no decreto do Papa São Damaso (382), sendo confirmada nos Concílios de Hipona (393) e de Cartago (397) e na carta do Papa Inocêncio I a Exupério, bispo de Toulouse (405), além do sínodo "in Trullo" de 692.
Aqui encerro o meu resumo e a minha participação neste tópico, afirmando que, como católico fiel à única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual deu a esta mesma Igreja, na pessoa de São Pedro, o poder de ligar e desligar (Mt 16,18-19), aceito na íntegra e sem qualquer reserva a homologação do Concílio de Trento como verdadeira, fundamentado nas palavras do próprio Salvador.
Um grande abraço !!!
Em relação a estes livros, as dúvidas eram marcadas pelas diferenças de estilo em relação às obras de São Paulo e a primeira carta de São Pedro, bem como o estilo e a obscuridade do livro do Apocalipse. Após este período, o cânone tradicional foi aceito sem outras dificuldades até o século XVI, quando Erasmo e Gaetano fizeram retomar as discussões em torno das antigas dúvidas.
Lutero e outros "reformadores" alemães rejeitaram os livros de Judas, Hebreus, Tiago e Apocalipse. Em relação à objeção de Lutero pelo livro de São Tiago, está no antagonismo existente entre a doutrina de Lutero e a descrição de que a fé sem as obras é morta em si mesma. As demais "igrejas da reforma" não colocaram em discussão o cânone tradicional. Posteriormente, no século XVII, os luteranos divergiram do seu fundador e voltaram a considerar o cânone tradicional.
O Concílio de Trento, na sessão de 8 de abril de 1546 homologou o cânone do Novo Testamento da seguinte maneira: Os quatro evangelhos: São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João, os Atos dos Apóstolos escritos por São Lucas, as catorze epístolas de São Paulo: Romanos, 1-2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1-2 Tessalonicenses, 1-2 Timóteo, Tito, Filemon e Hobreus, além dos livros 1-2 Pedro, 1-3 João, Tiago, Judas e Apocalipse de São João Apóstolo.
Ao encerrar este resumo fundamentado nos estudos de KENZIE, J. L (1983) e SCHÖKEL, L. A. (1997), gostaria de, respondendo àqueles que dizem erroneamente que a Igreja Católica somente definiu o cânone no Concílio de Trento após os protestos de Lutero e dos "reformadores", afirmar que é muito comum os hereges dizerem que os dogmas foram "inventados" nas datas de suas definições nos concílios convocados pela Igreja, o que absolutamente não é verdadeiro.
Quando a Igreja convoca um Concílio, não o faz para criar uma novidade, mas para proclamar, para referendar e definir com maior clareza aquilo que a Igreja sempre ensinou, bem como para condenar com veemência a novidade contrária àquilo que sempre foi ensinado.
Assim sendo, no Concílio de Trento, a Igreja definiu dogmaticamente o cânon bíblico, que já havia sido anteriormente fixado através da Bula Cantate Domino no Concilio de Florença no dia 4 de fevereiro de 1442. Aliás, bem antes do Concílio de Florença, a Carta Pascal de Santo Atanásio no ano 367 relaciona todos os 27 livros do Novo Testamento, já incluida a Epístola aos Hebreus, a segunda e a terceira de São João e a de São Judas Tadeu, sobre as quais havia antes algumas dúvidas. Nesta mesma carta de Santo Atanásio está a lista completa dos 45 livros do Antigo Testamento, e dos 27 do Novo. Esta mesma lista dos livros do Antigo e do Novo Testamento está descrita no decreto do Papa São Damaso (382), sendo confirmada nos Concílios de Hipona (393) e de Cartago (397) e na carta do Papa Inocêncio I a Exupério, bispo de Toulouse (405), além do sínodo "in Trullo" de 692.
Aqui encerro o meu resumo e a minha participação neste tópico, afirmando que, como católico fiel à única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual deu a esta mesma Igreja, na pessoa de São Pedro, o poder de ligar e desligar (Mt 16,18-19), aceito na íntegra e sem qualquer reserva a homologação do Concílio de Trento como verdadeira, fundamentado nas palavras do próprio Salvador.
Um grande abraço !!!
Flávio Roberto Brainer de- Tira-dúvidas oficial
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