Batismo no Espírito Santo

Olá, sei que esse tema tema é complexo e pensamos válido tratá-lo aqui sem partidarismos e de forma mais
católica possível. Gostaria de saber o que a Igreja fala sobre, sei que renomados autores como Raniero já o abordaram e outros teólogos, mas queria que fosse discutido, o que é, como se dá, é necessário, onde se dá, em suma é isso. Abraços!!!

Alguém por obséquio responde essa pergunta, não aguento mais pensar nela.

Eu Entendo Assim, hehehehe
"João Batizava com água, mas vós sereis batizados no Espirito Santo Dentro de Poucos dias."

O batismo, segundo o rito, nos dá a dignidade de filhos de Deus! Éé Pelo Batismo sacramental que somos introduzidos na igreja, no corpo místico de Cristo. Já ai somos batizados no Espirito Santo! Ai tem a Crisma, que não é raro ouvir falar, é o Sacramento da confirmação! Como se fosse um renovar de forças, um "rito de passagem, da criança na fé, para o adulto!" Pelo menos deveria ser! Mas também aí atua o Espirito Santo! Em tudo o que a Igreja faz, Ele, O Espirito Santo está presente! O que é Batizar? sabemos que entende-se por submergir, ou algo assim... Então esse batizar no Espírito Santo, é esse constante submergir-se nessas águas que nos purificam!
Poderiamos então perguntar, então os dois sacramentos, Batismo e Crisma, de nada valem?!?!
recordo-me de uma Palvra de Jesus, quando ele lavava os pés dos seus discípulos. Jo 13, 1ss
Ai Pedro ficou indiguinado e tal...(vs 8) rolou aquela história toda, até que Pedro fala: 9b "Senhor, não somente os pés mas as mãos e a cabeça." Ao que Jesus Respondeu: 10b "Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se, está inteiramente Puro." Ok, A passagem não trata do batismo, talvez, Teologicamente falando, não tenha nada haver!!! Mas penso que a dinâmica do Batismo no Espírito é essa! Pelos Sacramentos! Batismo e Crisma! Recebemos o Espírito Santo, Estamos puros... mas por causa dos lugares por onde andamos, por vezes é necessário lavar os pés, submergi-los de novo.
Entenderam a comparação que eu quis fazer? Acredito que Seja por ai esse Lance de Batismo no Espírito!
Mas também fico no aguardo de uma resposta oficial! isso é só para começarmos a pensar! hehehe

Olá, entendi o que você quis dizer mas penso que q questão está numa outra dinâmica, isto é, não nos sacramentos, e sim no que é o batismo no E. S. e esse termo não é equivocado, se se está fazendo referência a uma atualização da graça de Deus, uma vez que a Teologia já as chama de graças atuais, bom, o que é o batismo no E. S. então?

Antes de mais nada é peciso desligar o termo Batismo da idéia sacramental, pois o batismo no Espírito(BNES) não é de forma alguma um sacramento, e também desligá-lo de preconceitos com movimentos eclesiais, pois é uma realidade da Igeja e não exclusiva de um movimemto.
BNES é uma graça de de carater atual que proporciona aqueles que a recebem um entendimento pessoal e experiencial das verdades da fé; conduzem o fiel a um maior compromisso com Deus e a uma maior entrega na Igreja, fazem com que o fiel tenha uma experiencia de Deus, que se revela na sua história de maneira única e irrepitivel. Pode-se dizer que o BNES é fazer memória (fé como memória) do evento de Pentecostes, que acontece na vida do fiel; é uma atualização das graças sacramentais da iniciação cristã. É, em suma, uma especial intervenção de Deus que conduz o fiel que a recebe a uma maior intimidade com o Senhor.
Se entendemos que toda graça que nos faz estar mais intimamente pertos de Deus é um BNES, sim o BNES é necessário para que vivamos nossa vocação a santidade, deixando claro que BNES não é só o evento que se dá nos movimentos pentecostais, mas é uma graça que alcança a todo aqule que crê em Cristo e lhe deseja ser fiel.
O BNES ocorre de diversas maneiras, pois o caminho de santificação elo qual o Senhor conduz os seus filhos é único pra cada um e é irrepitivel.
Esses são os pontos que achei interessante propor,sei perfeitamente que não é uma resposta conclusiva e creio que muito mais possa ser acrescentado por outros. peço desculpa por uma resposta tão objetiva mas surgindo dúvidas vamos postar e terei imensa alegria em pesquisar e responder

Boa Peter rsrs , obrigado !!!

Olá!
Bom, conversando com um conhecido surgiram dúvidas a respeito desse assunto...

O batismo no Espírito Santo acontece uma única vez em nossa vida?
E esse "acontecimento" precisa se dar num retiro ou encontro especial, ou algo do tipo, ou não?

Abraço a todos! Fiquem com Deus!

Ola Helô...

Senti sua falta no encontro de "anjos". Vê se faz o Joam logo... 8)
pelo que vi de sua pergunta o conceito de batismo no Espírito que vc está usando é referente aquilo que muitos chamam de efusão. Se assim o for...

1 - Não é algo que ocorre apenas uma vez na vida. Pode ser experimentado diversas vezes.

2 - Não precisa se dar em um retiro ou encontro, embora ambientes desse tipo favoreçam tal experiência.

Obs: vale ressaltar que tal questão não versa sobre um ponto de doutrina, mas sobre uma experiência de um movimento da Igreja (renovação carismática)
abração e fique com Deus

Dois pontos de vista, só para fomentar o debate.

Segundo Leonardo Boff, o Batismo no Espírito não é um outro batismo, diferente daquele feito com água. É sua explanação histórica e vivencial. "Há que se entender o batismo com água em forma dinâmica, como uma vida que vai se explicitando".

Por outro lado, D. Estevão Bettencourt analisa que "o apreço que a RC tributa aos dons extraordinários é objeto de hesitação por parte dos teólogos. Quem distingue os verdadeiros dons dos pretensos ou presumidos dons??? Pode alguém receber dons extraordinários pelo fato mesmo de ingressar num movimento??? O carisma pode ser institucionalizado??? A RC identidica o "batismo no Espírito Santo" com total mudança de vida datada a partir de tal ou tal preciso momento... NA PRÁTICA PARECE DIFICIL CARACTERIZAR TAL "BATISMO NO ESPÍRITO" (grifo nosso). Não se poderia dizer que toda conversão sincera é Batismo no Espírito. Que é que distingue o batismo no Espírito senão critérios muito pessoais e subjetivos?

Quem tiver interesse pode consultar o livro "Renovação Carismática Católica", coletânea de artigos de Pedro Ribeiro de Olibeira, Leonardo Boff, João Batista Libanio e D. Estevão Bettencourt, editada pela Vozes em 1978.

Deve-se lembrar que a expressão "batismo no Espírito Santo" é contraditória a mensagem envagélica. Afinal existe um só batismo (Lembram do Credo: "professo um só batismo"????). O correto seria "efusão do Espírito Santo", mas não seria chamativo para os de coração fraco.

Não sendo então um sacramento e sim uma prática típica da Igreja Assembléia de Deus, apropriada pelo Movimento Carismático, não reconheço sua validade como ocorre nos dias de hoje e prefiro ficar com São Paulo (ver os capítulos 12,13 e 14 da 1.ª Carta aos Coríntios).

Santa Filósofa Edith Stein, rogai por nós!

vários membros da RCC concordariam com vc qto a terminologia "batismo no espírito santo". usam então a expressão "efusão".

Além disso, vale ressaltar que a graça de Deus não é comunicada apenas através dos sacramentos, embora estes sejam os principais canais. A efusão, a meu ver, consiste em clamar o Espírito Santo sobre um fiel e nesse dipor-se a acolher a sua ação. qto a uma conversão sincera ser uma efusão no Espírito, acredito que pode ser sim.

Por fim o fato da prática da "efusão do Espírito Santo" ser usual nas Igrejas protestantes não torna tal prática inválida. Toda Igreja cristã, embora não possua a totalidade dos meios da salvação possui elementos de verdade. (vide o apreço quem tem pela leitura da Palavra de Deus e prática da caridade)

abraços

obs: concordo que é necessário um amadurecimento teológico na RCC. grandes passos foram dados pelo Frei Raniero Cantalamessa, mas ainda é preciso bastante aprofundamento.

Olá!
Tenho outra dúvida quanto a esse assunto...

* Quando alguém recebe a efusão do Espírito Santo necessariamente essa pessoa "desenvolve" dons como o da glossolalia (oração em línguas) ou qualquer outro?
Ou os eventos estão dissociados e acontecem normalmente no mesmo momento por "abertura" maior do fiel?

Enfim, pode ser que vocês já tenham respondido em uma resposta acima e não entendi muito bem ainda, mas qualquer coisa me digam!
Abraços a todos!

É simples. A expressão "batismo no E. S" é empregada pela RCC para designar a efusão do ES no fiel. Contudo, esta expressão está completamente equivocada tendo em vista que no momento em que somos batizados já recebemos o ES. Eu desde pequeno, quando criancinha, recebi o ES quando fui batizado com água. A expressão usada pela RCC diz respeito aos carismas.

chamo confusão porque não querendo tomar partido acabamos por tomá-lo. Tentando separar a efusão do batismo, acabamos por criar mais confusão e acredito que o questionamento original não está sendo respondido, na minha primeira postagem neste tópico citei o exemplo do lava pés, e disse que o batismo deve ser entendido dessa maneira, ele acontece uma vez solenemente, aonde recebemos a graça santificante, e é exatamente o que diz o rito, o que é o batismo sacramental aonde já o Espirito atua. A Crisma é uma maneira sacramental de renovar esta graça, e como eu já disse, é como se fosse um rito de passagem de um estágio na fé para outro. A efusão não é um outro batismo, e sim uma renovação não solene do mesmo, um reacender do fogo inicial que já está em nós e o estará para sempre, por graça divina. Desde o Batismo somos templo, morada do Espirito Santo! Logo tudo o que é posterior pode ser entendido como um renovar desse batismo inicial, mas de forma alguma entendida como outro sacramento, ou outra coisa fora desse renovar, pois existe um e APENAS UM, Espirito Santo, que opera tudo em todos. Os dons, carísmas ou dons extraordinários, como queiram chamar, são concedido pelo Espírito Santo a quem o aprouver de acordo com a abertura de cada um, se determinado movimento faz mas uso desses dons, isso não da a esse movimento a institucionalização desses dons. Digo determinados por que a RCC não é o único movimento que faz "propaganda" de tais dons e da efusão, é, atualmente a mais conhecida, mas existem outros movimentos que os utilizam. Em suma, tudo vem de Deus, é dado pela Trindade a nós para administrarmos, e como de costume, agente acaba fazendo algumas lambanças com o que nos é confiado, pois isso faz parte da nossa natureza, mas no fim, é tudo graça, visto os frutos que estes movimentos trouxeram e ainda trazem para a Igreja.

só para complementar, os dons de serviços dados por Deus a quem Ele quer. mesmo dentro do pensamento desenvolvido pela renovação carismática, não há um nexo necessário entre efusão e dons carismáticos.

a efusão pode ser consideradao o ambiente onde normalmente isso ocorre, mas não é o único.