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Oração, diálogo... Amigos de Deus!

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Mensagem por Milene Guimarães Sex Nov 06, 2009 11:29 pm

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Rezar nos faz amigos de Deus e dos homens!

Gosto de uma expressão do Papa João Paulo II que diz: “O diálogo é o novo nome da caridade!” Podemos então fazermos a seguinte reflexão: Quando alguém não está em sintonia conosco, quando há uma divergência ou uma má compreensão dos fatos, palavras e contextos, é salutar que dentro das possibilidades, possamos sentar para conversar, dialogar, falar com caridade o que pensamos e nos despojarmos para ouvir o que o outro pensa de nós. Quantas surpresas quando ouvimos e conhecemos mais as pessoas, quando são esclarecidas ao nosso interior, as reais motivações que passam no coraçaõ alheio. Todos nós já vivemos isso.

Muitas vezes nos arvoramos a pensar, precipitadamente, algo sobre alguém, emitimos juízos ou simplesmente agimos com indiferença. É preciso então o exercício da arte do diálogo, o que nem sempre é fácil, mas possível. A falta de diálogo pode nos fazer pesados, amargurados, tristes e decepcionados com alguém. Acontece ainda que podemos ficar indiferentes e ressentidos com algum fato, sem que a outra pessoa tenha clareza de consciência dos nossos sentimentos machucados em relação a ela. O diálogo ou os sinais que emitimos de que queremos aproximação podem ser decisivos para estabelecerem a concórdia.

Ora, se isto acontece com uma pessoa humana, também acontece em relação a Deus, Ele que nunca pensa o que é ruim a nosso respeito, mesmo conhecendo todas as nossas intenções, “nunca nos julga ou nos trata como exigem nossas faltas”, canta o Salmista. Jesus nos revelou que Deus é Pai e nos chamou de amigos. Jesus não quer simpatizantes, quer amigos porque quer conversar conosco, partilhar da sua felicidade e da sua salvação. Mas podemos estragar tudo e nos fechar à amizade, vindo a abandonar o amigo ou permanecer naquela amizade de maneira desconfiada. Geralmente ficamos vulneráveis quando a dor e o sofrimento batem à nossa porta.

As nossas novas gerações trazem impregnadas nas suas consciências um certo determinismo e uma tendência às projeções e culpabilização dos nos nossos insucessos e infelicidades. Claro que existem as influências culturais, sociais e familiares devido “determinismos biológicos” e a convivência, mas não os determinismos escravizantes e paralisantes de Freud, compreendendo que “um acontecimento traumático gera sempre uma pessoa traumatizada”, não é bem assim! As influências da psicanálise freudiana deixaram – para o Ocidente – sequelas na nossa maneira de também conceber a relação com Deus! O nome de Deus nunca foi tão machucado como nos nossos dias! Se algo dá errado conosco geralmente é Ele acusado da culpa. A própria crise do ateísmo moderno – segundo Ratzinger – chega a culpar Deus pelos males do mundo: a AIDS, a fome, as guerras, os pobres, a violência, o pecado e até o inferno.

Vem-nos assim a sempre necessidade fundamental de rezarmos mais, não como fuga e medo, como pensaram os “filósofos da suspeita”, mas como “estado interior místico, único capaz de colocar o homem na condição de amigo de Deus e de adentrar no coração do homem deste mundo secularizado”, pensava o teólogo Von Balthasar. Rezar faz com que conheçamos o coração de Deus e nos deixemos purificar nas nossas falsas imagens que temos dEle. Rezar nos faz entender o fio condutor da nossa história, situando-a dentro do fio de ouro condutor de que não foi um acidente este ou aquele acontecimento. Rezar inocenta Deus da culpa que lhe projetamos por causa dos nossos fracassos, sejam quais forem. Rezar nos faz amigos e não desconfiados de Deus. A oração nos faz viver a graça da necessidade essencial de crermos que não é Deus um carrasco a contar os meus pecados e erros, mas um Pai amoroso e amigo. Rezar não me faz ter medo do inferno, e sim, e encoraja-nos a não ter medo de amar e perdoar a nós mesmos e os outros. Rezar me faz viver de fé, a querer ser santo e a desejar o céu que começa quando a caridade é realidade nas nossas vidas.

Antonio Marcos
Missionário na Comunidade de Vida Shalom
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