Nazi-fascismo

Boa noite...

Gostaria de saber sobre a posição da Igreja em relação ao Nazi-fascismo durante a II Guerra. O que ela achava, o que apoiava, o que pretendia fazer e sobre o Tratado de Latrão (o que ele significou). Sei que são muitas perguntas, mas como estou estudando isso queria entender melhor.

flw...

Em relação a esses movimentos a Igreja se manifestou sempre a favor dos homens, a ascensão desses movimentos extremistas é bem peculiar as décadas de 20 e 30 do século passado, correspondem ao período de crise generalizada e global, tomemos com exemplo o caso do Cardeal Pacelli( Pio XII) em visita a Alemanha é tomado pelo jornais como amigo dos judeus de forma pejorativa , de 1933 á 1939 houve uma perseguição aos católicos da Alemanha, foram
assinados acordos entre a Igreja ou e seus representantes como a concordata de 1933 com alemães e “Tratado de Latrão”, o mesmo que criou o Estado do Vaticano, ora pensemos se acaso você Diego for preso de um crime que é inocente e tempos depois for solto porque o criminoso assumiu a culpa, você dirá não, eu não sairei pq a pessoa que me defende é uma criminosa!!! Acredito que não, assim se sucedeu com o Estado do Vaticano, as Terras da Igreja surgem aproximadamente no fim do século VIII de forma espontânea após a vitória de Pepino o Breve rei dos francos que de forma livre se compadeceu dos problemas gerados por Astolfo rei do lombardos que quis invadir Roma, além de ter vencido Astolfo Pepino fez doação a Igreja os reinos de Astolfo, outra grande doação foi feita já no século XII pela enigmática Matilde de Toscana uma das mulheres mais brilhantes da Idade Média ( ao seu tempo), essas doações era muito comuns. Em 1871 as Terras da Igreja foram incorporadas pela Unificação Italiana ao Estado Italiano, então deu inicio a “Questão Romana” , onde o Papa a partir de Pio IX passou a se considerar prisioneiro, questão essa resolvida com o “Tratado de Latrão” , lógico que para Mussolini, resolver a questão com Igreja poderia lhe dar vantagem, sendo menos um problema no caminho.





Mais tarde dou uma complementada.
Abraço

Só para constar...antes mesmo logo no início da ascenção dos sistemas totalitários o papo lançou uma encíclica condenando todo esse movimetno de idolatria do Estado

Só para esclarecer, a Igreja atuava contra o Nazi-fascismo ou não se manifestou de maneira explicita? E alguma parte da Igreja apoiou esses movimentos (na Italia -após o tratado- ou na Alemanha)?

E Alessandro, você saberia o nome dessa encíclica?

Obrigado

Fala Diego, a encíclica é a Mit brenneder Sorge de abril de 1937, condenando o totalitarismo nacionalista e racista da Alemanha..
Abraço.

De forma bem clara Diego, quando vc se refere a Igreja Católica, não houve evolvimento, quando nos referimos a seus membros houve sim evolvimento em scala muito menor, A igreja especificamente no caso Nazismo se manteve neutra, no entato esse ato é criticado, o que esquecemos é que além do judeus a partir de uma crítica velada e direta ao Nazismo teria levado a persiguição não só de judeu, negro, cigano. e sim tb de católico, foi o que aconteceu, que estrategicamente rendeu frutos maravilhosos como a conversão do rabino chefe de Roma durante a II Guerra ao catolicismo.

só para constar: a encíclica é essa que o Moco falou mesmo

Valeu, as respostas ajudaram muito.

Essa encíclica pode ser encontrada à venda?

Olá, acho meio difícil encontrar essas encíclicas antigas... mas no site do vaticano tem...

esse link é da mit brennender sorge. não tem em português. o mais próximo é o espanhol...

http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_14031937_mit-brennender-sorge_sp.html

um abraço,

larissa.

Quero lembrar que existem várias católicos que foram grandes figuras na resistências aos regimes naz-fascistas. Apenas como exemplo: Romano Guardini, Beato Rupert Mayer, São Maximililano Maria Kolbe. O próprio Karol Woytila, embora não tenha sido uma figura de destaque ao combate ao nazismo (como o foi ao comunismo) participou de um grupo que visava preservar a cultura polenesa ante à invasão alemã.
abraços