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Ministérios de música x conjunto musical

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Antônio Seixas
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Mensagem por Antônio Seixas Sáb Nov 01, 2008 1:52 am

Antigamente, existia o ministério de música. Hoje são grupos de jovens com músicas "moderninhas", algunas verdadeiras heresias, a participarem não só da missa, mas a fazer shows pelo país.

É moralmente lícito que um ministério de música católico cobre dez, vinte, trinta mil Reais para se apresentar em nossas comunidades? Além de exigir participação na bilheteria, camarim, exclusividade nos ganhos com publicidade etc.

É lícito ao católico transformar seu ministério em meio de vida?

Vou mais longe: qual a diferença entre as cantoras Adriana e Aline Barros? Dificil definir, né?

E essa dificuldade advém do fato de que os ministérios de música católicos estão cada vez mais neo-pentecostais.

Penso que seria melhor aproveitado se esse dinheiro fosse revertido para as obras de caridade locais.

Santa Filósofa Edith Stein, rogai por nós.
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Mensagem por PJ Sáb Nov 01, 2008 1:19 pm

Querido Amigo Antônio

Entendo a sua indignação. Sobre o que vc disse que antigamente existia ministério de música, descordo, ainda existem, digo isso porque conheço ministérios de músicas. Confirmo que hoje está complicado a realidade dos músicos, mas acho que você exagerou. Não conheço nenhum que cobre 20 mil, mas concordo que os 7 mil que combram é muito. Mas não nego a importância desses grupos hoje. Não podemos julgá-los sem conhecer. Há casos e casos não podemos generalizar, e pegar um caso para explicar o todo. Não podemos negar suas missões evangelizadoras, e o grande número de jovens que vieram para a Igreja pela música católica, ou que a música tenha sido uma incentivadora, canal da evangelização (digo isso pq sou fruto disso) para que o jovem se mantivesse na Igreja. Olha não vejo mal algum em viajarem pelo mundo, desde que tenham claro de o que fazem não é para si, é para Deus. infelizmente concordo, e sei, que muitos músicos perderam o foco, mas isso acontece em todos os lugares, e em todas as funções, dentro e fora da Igreja.

Sobre a Adriana e a Aline Barros há muitaaaa diferença!!! Não usaria o termo neo-pentecostais para os cantores católicos e a Adriana não está neste perfil. Nada haver a comparação da Adriana com a Aline Barros. Acho que o fato da Adriana e do Eugênio Jorge terem cantado para o Papa, mostra que a Igreja não os nega como canais de evangelização, e pelo contrário aprovam. E gostaria de dizer que ainda existem cantores que buscam sériamente evangelizar e trazerem as pessoas para Deus pela música. Não vamos julga-los por isso. Tive a oportunidade de conhecer alguns, e como sempre há os dois tipos. Os que fazem pela salvação das almas com humildade e dedicação ao anúncio e evangelização através da arte e cultura, e outros que aproveitam disso para buscar a fama e o sucesso. Muitos fazem shows beneficentes para ajudar instituições de caridade.

Espero ter contribuido com a minha opinião! Abraço
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Mensagem por alessandro Dom Nov 02, 2008 8:32 pm

como o tópico não versava diretamente sobre liturgia foi movido para esta pasta
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Mensagem por Rafaela Botelho Dom Nov 02, 2008 8:56 pm

Pj, ao meu ver o "Adriana X Aline Barros", foi exemplo. Não propriamente ele quis dizer sobre tais cantoras, mas foi uma coisa meio "Católico X Protestante".
Bom, foi isso que entendi, qualquer erro, desculpem.
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Mensagem por alessandro Seg Nov 03, 2008 10:18 am

Também tenho minhas ressalvas com os caminhos trilhados pela música católica. Na minha opinião um dos principais problemas é chamar para si o papel de missionário e cobrar pela missão. "O que de graça recebeste de graça dai.". Sei que tais pessoas vivem disso, o que levanta outros problemas. Até que ponto se constitui uma profissão que visa o ganho e até que ponto é uma missão de evangelização.
Sei que a questão não comporta soluções simplistas, no entanto deve ser pensado. Se tais artistas fosse considerados apenas artistas que compõe músicas com temáticas religiosas acho que a questão seria bem mais simples. Assumiram que querem viver da arte e por serem cristãos sua arte tem inspiração cristã. não vejo nada ilícito nisso, pensem nos grandes escultores com Michelângelo ou compositores como Bach.

O grande problema, repito, é afirmação que o que fazem antes de mais nada é um serviço de evangelização.

Obs: vejo certos grupos e cantores (famosos até) que tem posturas mais corretas qto a isso, como aceitarem aquilo que a comunidade estiver diposta a oferecer, terem uma tabela diferenciada de "preços" (shows pelos quais a entidade organizadora não cobra não são cobrados ou tem o valor bem diminuído). nestes casos vejo uma preocupação sincera com a evangelização, embora também possam haver problemas.

Como disse acima a questão é polêmica e deve ser sim discutida para que não caiamos numa espécie de mercadorização dos serviços religiosos. além disso julgo que devemos rezar por tal situação.

um abraço fraterno a todos
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Mensagem por Binhokraus Seg Nov 03, 2008 3:22 pm

Bom, eu faço parte da Banda Mais que Amigos, de Petrópolis, vou falar do que eu penso de tudo isso como "músico" católico, a palavra está entre "" pq eu não sou de fato músico profissional, mas trabalho com a música dentro da igreja.

Quanto a questão das músicas "moderninhas", está coberto de razão, não pelo fato de terem ritmos mais modernos mas por seu conteúdo, que muitas vezes é sim herético!
O segundo ponto, se é lícito que um ministério de música católico cobre dez, vinte, trinta mil Reais para se apresentar em nossas comunidades? Além de exigir participação na bilheteria, camarim, exclusividade nos ganhos com publicidade etc. Do meu ponto de vista paritcular eu digo depende. Claro, de fato vinte, trinta mil reais é uma valor alto, e em muitos casos inapropriados. Sobre a questão dos ganhos com exclusividade nos ganhos publicitários, na maioria dos casos é um problema da gravadora, o que claro, conta com omissão dos grupos, bandas e cantores que assinam com tais gravadoras.
O terceiro ponto, é lícito ao católico transformar seu ministério em meio de vida? Esse, na verdade, acredito que sintetiza todo o resto. É difícil julgar, pois só quem conhece o coração do homem é Deus! Mas tudo está na intenção, no como e no porque se faz. Se de fato o ministério, o serviço é encarado como uma missão, então o ministério é sim um meio de vida, porém, não é, não deve ser, um meio de enrriquecimento. Mas como sobreviver no mundo de hoje sem recursos financeiros? Então, é necessário sim cobrar. Não 20, 30 mil reais, mas é necessário sim cobrar.
Vou citar minha banda como exemplo, levamos o nome de Banda, porém, é só um nome, nossa missão é atingir os jovens, com músicas de qualidade, com um estilo mais moderno sim, porém, com espiritualidade. Na banda agente não cobra nada, porém, agente pede no mínimo o dinheiro da passagem, dependendo do lugar aonde vamos tocar, pq se não fica difícil.... quando é muito longe, tipo Posse, São José, agente pede, se possível, um transporte, e um lanche, que não precisa ser um Buffet, só um lanche... comida simples... mas isso depende da situação e do evento, e se for possível!!! Alguns da banda não trabalham, e os que trabalham não ganham bem, outros estão estudando para se dedicar exclusivamente a música, como o Romim por exemplo. E ai? a Profissão do cara é músico, e é uma profissão como outra qualquer, de onde vai vir o sustento dele? Ou ele cobra, ou ele parte para o meio secular, aonde as chances de se perder e se desviar são grandes, infelizmente. A verdade é que a música dentro da igreja ainda é alvo de discriminação! Não é tratada como sendo importante. Até mesmo liturgicamente, investe-se em tantas coisas, mas na hora de investir em um som para a igreja, compra-se coisas ruins, de má qualidade, microfones baratos, na hora da homilia o povo não entende nada, pq o Pe. ou a comunidade, não acha importante um projeto de áudio, acha que é só ligar umas caixinhas em um amplificador e pronto. Não é assim que funciona, não mesmo! A qualidade do som que se ouve passa pela qualidade dos equipamentos, e infelizmente são caros. Como ter um bom instrumento? uma guitarra mais ou menos boa custa no mínimo 1200 reais, isso para uma mais ou menos, quando falamos em teclado a coisa piora, e bateria mais ainda, isso para não citar pianos e outras coisas mais. Então é uma situação difícil, pq nós gostamos de música, adimiramos, muitos gostam da Adriana, do Walmir, do Pe. Zezinho, que apesar de ser Pe. é um dos que cobram mais caro, enfim, diversos cantores, nós compramos os seus cd´s, usamos suas músicas em encontros, algumas são aproveitadas até na liturgia, e são liturgicamente corretas, o cara dedicou o tempo dele para compor, para arranjar aquela música, é o trabalho dele, e para o reino, eles são parte do reino, e o próprio Jesus disse o operário é digno do seu salário. Volto a dizer, existem sim quantias absurdas, existem os excessos, com toda a certeza, mas quem nunca os cometeu, que atire a primeira pedra...
E com todo respeito e toda a sinceridade do meu coração, as músicas da campanha da fraternidade, por exemplo, podem ser litúrgicas, podem ter uma letra teologicamente perfeita, mas em questão de melodia, de ritmo, me perdoem, são muito ruins!!!!! Com raras exceções. Claro música é gosto! Mas não podemos esquecer que temos que atingir as pessoas aonde elas estão, no ambiente delas, por isso precisamos do Rock, do Rap, do Funk, do Groove, do Soul, e todos os ritmos, modernos ou clássicos... desde que esses estejam dentro da sã doutrina. O fato é que nós gostamos de música, é próprio do ser humano, existem pessoas que se dedicam a fazer da sua vida uma obra de evangelização através da música, pessoas sérias, mas essas pessoas sérias tem família, filhos, o Eugênio Jorge tem 5 filhos, o que devemos fazer então? Pedir para ele parar de sair em missão e arrumar um emprego para sustentar sua casa e seus filhos porque a igreja não precisa que ele saia em missão?
Será mesmo que a igreja não precisa de pessoas que dediquem suas vidas à música sacra, e por causa disso, estudem, se formem, técnica e espiritualmente para realizar essa função? Se a resposa for que de fato a igreja não precisa deles, ok, caso encerrado. Mandem eles arrumar um emprego. Agora se a resposta for positiva, se eles forem necessários, de onde vai vir o sustento deles já que dedicam a vida para a música????
Como precisamos de Sacerdotes Santos, de Famílias Santas, de Psicologos Santos, precisamos também de músicos Santos, para que sirvam de exemplo. O Alessandro está corretíssimo ao dizer que precisamos rezar por eles, por nós, nos incluo e já peço orações pela Banda Mais que Amigos. Termino ressaltando, com toda a certeza, os excessos existem... mas até onde é culpa deles e até onde a culpa é nossa?! No final de um show da Adriana, da Celina, entre outros, eles são procurados para darem autógrafos, eu não vejo eles pedirem isso. Venham aqui porque eu quero dar autógrafos para vocês, eu quero que vocês me pessam isso, porque eu sou um artista!!! As vezes a culpa pode ser mais nossa do que deles, porque somos nós que formamos os ídolos, os pop stars, se tem orgulho, soberba, salto alto, parte da culpa é nossa enquanto público.


Última edição por Binhokraus em Seg Nov 03, 2008 3:39 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : fiz alterações pq continha erros)
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Mensagem por Diego Seg Nov 03, 2008 9:22 pm

Na minha opinião:

É lícito ao católico transformar seu ministério em meio de vida?

Acho que pode ser lícito sim. A vocação sacerdotal não seria também um meio de vida? Um padre precisa de capital para se manter (desde alimentação até manutenção de carro por exemplo...). Se o músico utilizar da musica para evangelizar e dedicar a vida à isso, vai precisar sustentar família, ter bens de consumo e como o Binho já falou, equipamento e viagens não são baratos. Claro que isso não justifica cobrar preços absurdos.
Se o dinheiro (não cobrado de forma exagerada) for usado para levar pessoas a Deus, não só acho válido como também incentivo. Em um encontro por exemplo, o que as pessoas mais lembram com o tempo senão a música tema? Por isso vale a pena um músico dedicar a vida a Deus. Lewis já dizia que quanto mais você entrega um dom seu a Deus, mais este dom te pertence.

Lembrando sempre que não se pode perder o foco e começar a usar o nome de Deus para divulgação própria.

Abraços a todos.
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Mensagem por PJ Qua Nov 12, 2008 10:47 am

Gostei muito da resposta do binho.
Gostaria de dizer que evagelizar nos tempos de hoje não é facíl, por isso temos que utilizar de criatividade. De fato todos gostamos de múisica, e precisamos sim propagar nossa doutrina pela arte. Eu particulamente não gosto do grupo Rosas de Saron,porque detesto rock, mas admiro o trabalho de evagelização e vejo quanto jovens eles atigem com suas músicas, como são humildes e como rezam.
Não podemos nos calar!!! O mundo tem colocado tanta imoralidade, desgraça na vida das pessoas, sobre tudo dos jovens, pela música. Precisamos levar Deus por esses meios também. Agora que jovem vai ouvir uma péssima música ? Sem qualidade? Quem pode fazer música de qualidade sem se dedicar a ela ? Temos sim que investir na música católica, não só para a liturgia (que deve ser a prioridade), mas músicas que nos leve a refletirmos sobre a vida. Claro que temos isso em muitas músicas seculares, mas acho também, que não podemos nos limitar a elas.
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