Dignidade do Trabalho de um Cristão.
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Dignidade do Trabalho de um Cristão.
O q a Igreja diz a respeito de um Cristão q vive o Catolicismo em td q
lhe é de dever, trabalhar em uma fábrica de preservativos ou de anticonsepcionais?
Obrigado!
lhe é de dever, trabalhar em uma fábrica de preservativos ou de anticonsepcionais?
Obrigado!
Michael Bodão- Mensagens : 16
Data de inscrição : 30/08/2008
Idade : 35
Localização : Petrópolis
trabalho cristao
Antes de mais nada, gostaria de dizer q esta nao é uma questao fácil de ser tratada e que, de certa forma, uma pessoa ao tratá-la ou ter q lidar com ela, o mais adeuqdo é tratar com o confessor ou o diretor espiritual, no sentido de q, sendo uma moral também de preceitos, a moral crista é, em primeiro lugar, uma moral do seguimento de Cristo, ou tb dizer, uma moral de salvaçao, de tal forma que uma coisa pode ser o q a Moral aprove ou aceite, e outrao q DEus pede como correspondencia de uma vida santa.
Vale tb dizer q cada caso deve ser analisado individualmente, nao no sentido de negar qualquer normas, mas pq nossa moral nao é como a conideraçao q faz um jurista normal uma moral de dura lex, sed lex, mas uma moral q sabe lidar com pessoas concretas e em situaçoes concretas, e aplicar a verdade a estas situaçoes se tiver q ser aplicada.
Faço esta introduçao para q nao tenhamos a tentaçao de cair numa moraltotalmente rigorista nem numa moral totalmente relaxada(como corrente mais frequente hoje, infelizmente).
Vale tb dizer q cada caso deve ser analisado individualmente, nao no sentido de negar qualquer normas, mas pq nossa moral nao é como a conideraçao q faz um jurista normal uma moral de dura lex, sed lex, mas uma moral q sabe lidar com pessoas concretas e em situaçoes concretas, e aplicar a verdade a estas situaçoes se tiver q ser aplicada.
Faço esta introduçao para q nao tenhamos a tentaçao de cair numa moraltotalmente rigorista nem numa moral totalmente relaxada(como corrente mais frequente hoje, infelizmente).
Pe. Leo- Tira-dúvidas oficial
- Mensagens : 148
Data de inscrição : 05/09/2008
Idade : 40
Localização : Petrópolis, RJ
cooperaçao material ao mal.
Estas situaçoes sao tratadas no q em teologia moral tratamos como cooperaçao material, pois a pessoan ao realizar tal açao, deve deixar claro q nao é de sua vontade realizá-la, seja por meio de suas palavras, ou seja por meio de alguma manifestaçao ( os q estao próximos a ela, os q a conhecem ou trabalham com ela, etc). Ou seja nao pode querer realizar tal açao, mas uma circunstancia maior a leva a ter q agir de tal forma.
Aqui entra o q seria o segundo critério determinante: o chamado de proporcionalidade, entre o mal q se ajuda cometer e o bem q se assegura.
E q seja somente cooperadora, e q seu trabalho possa ser indiferente em sí, e nao com o objetivo de praticar o mal determinado, pois nem por isso omla deixad e ser mal.
Coloco o típico caso de uma mae, com 4 filhos, marido desempregado, grávida de 6 meses e o hospital em q trabalha a pede de ter a ajudar em uma cirurgia q contradiga aos princ cristaos( vasectomia, ligar trompas, etc). Se se nega ao trabalho, será despedida, com as supostas consequencias para a família e para ela. nesse caso, enquanto a situaçao permanecer, seria aceitável seguir no trabalho. Mas se fosse possível conseguir outro, q consiga.
O exemplo pode parecer bobo, mas é mais real do q parece. A situaçao pode extender-se a varios outros exemplos, mas sempre guiados pelo princípio da proporcionalidade.
NAO ESQUECENDO DE RELEMBRAR Q SAO QUESTOES Q DEVEM SER ANALISADAS UMA A UMA, POIS SE TRATA DE "TOLERAR" UM MAL EM VISTA DE UM BEM MT SUPERIOR. E q o mal ñ deixa de ser mal por isso.
Se algo nao ficou claro, depois vemos.
Aqui entra o q seria o segundo critério determinante: o chamado de proporcionalidade, entre o mal q se ajuda cometer e o bem q se assegura.
E q seja somente cooperadora, e q seu trabalho possa ser indiferente em sí, e nao com o objetivo de praticar o mal determinado, pois nem por isso omla deixad e ser mal.
Coloco o típico caso de uma mae, com 4 filhos, marido desempregado, grávida de 6 meses e o hospital em q trabalha a pede de ter a ajudar em uma cirurgia q contradiga aos princ cristaos( vasectomia, ligar trompas, etc). Se se nega ao trabalho, será despedida, com as supostas consequencias para a família e para ela. nesse caso, enquanto a situaçao permanecer, seria aceitável seguir no trabalho. Mas se fosse possível conseguir outro, q consiga.
O exemplo pode parecer bobo, mas é mais real do q parece. A situaçao pode extender-se a varios outros exemplos, mas sempre guiados pelo princípio da proporcionalidade.
NAO ESQUECENDO DE RELEMBRAR Q SAO QUESTOES Q DEVEM SER ANALISADAS UMA A UMA, POIS SE TRATA DE "TOLERAR" UM MAL EM VISTA DE UM BEM MT SUPERIOR. E q o mal ñ deixa de ser mal por isso.
Se algo nao ficou claro, depois vemos.
Pe. Leo- Tira-dúvidas oficial
- Mensagens : 148
Data de inscrição : 05/09/2008
Idade : 40
Localização : Petrópolis, RJ
Mas ainda existe uma duvidazinha !
São palavras do Pe. Leo:
"NAO ESQUECENDO DE RELEMBRAR Q SAO QUESTOES Q DEVEM SER ANALISADAS UMA A
UMA,POIS SE TRATA DE "TOLERAR" UM MAL EM VISTA DE UM BEM MT SUPERIOR.
E q o mal ñ deixa de ser mal por isso."
Isso eu entendi claramente,mas ainda resta uma certa dúvida...
Em um dos meus estágios de enfermagem,estava havendo a semana da prevenção,onde os enfermeiros e demais funcionários distribuiam preservativos e tiravam dúvidas em relação aos metódos anticoncepcionais.
Como estagiária eu não era obrigada a estar participando desta campanha,somente devia observa o que estava acontecendo.
Mas ai entra minha questão,futuramente trabalharei na área de enfermagem,e se ocorre uma campanha desta em algum local onde eu esteja de plantão,seria correto eu como cristão,colaborar com ela ?
Desde já agradeço a ajuda !
Fiquem com Deus
"NAO ESQUECENDO DE RELEMBRAR Q SAO QUESTOES Q DEVEM SER ANALISADAS UMA A
UMA,POIS SE TRATA DE "TOLERAR" UM MAL EM VISTA DE UM BEM MT SUPERIOR.
E q o mal ñ deixa de ser mal por isso."
Isso eu entendi claramente,mas ainda resta uma certa dúvida...
Em um dos meus estágios de enfermagem,estava havendo a semana da prevenção,onde os enfermeiros e demais funcionários distribuiam preservativos e tiravam dúvidas em relação aos metódos anticoncepcionais.
Como estagiária eu não era obrigada a estar participando desta campanha,somente devia observa o que estava acontecendo.
Mas ai entra minha questão,futuramente trabalharei na área de enfermagem,e se ocorre uma campanha desta em algum local onde eu esteja de plantão,seria correto eu como cristão,colaborar com ela ?
Desde já agradeço a ajuda !
Fiquem com Deus
Re: Dignidade do Trabalho de um Cristão.
Novamente a pedido do Pe. Anderson, tento responder a essa questão...
A questao, como disse o Pe. Leo, deve ser sempre vista caso a caso, já que os principios existem para ajudar o juizo, e nunca como modo de resolver de modo direto os casos particulares.
Porém, parece-me que na questao do voluntario indireto ou principio do duplo efeito (que a vontade nao queira diretamente o mal que se deriva da açao), existem algumas condições claras que devem ser respeitadas para que a ação não seja pecado em si mesma.
Essas condiçoes sao importantissimas e devem ser levadas em conta nessa ordem:
1 - que a açao seja boa em si mesma ou ao menos indiferente (nunca é licito, portanto, uma açao diretamente má - como mentir por exemplo - ainda que as consequencias sejam ótimas);
2 - que o efeito primario que se consiga seja o bom, sendo o efeito mal somente secundario (o bem buscado nao pode ser nunca uma consequencia do efeito mal que se tolera)
3 - que o efeito mal não seja de modo nenhum procurado, e sim apenas tolerado, buscando os meios inclusive para tentar evitá-los;
4 - em último lugar, cumpridas as condições anteriores, é necessario que o fim seja proporcional ao efeito mal produzido, ou seja, que com a ação realizada se consiga um maior bem que o mal que se produz.
Creio que esses principios podem ajudar a julgar cada ação.
Deste modo, de modo geral, não me parece lícito um cristão trabalhar em uma fábrica de preservativos ou de anticoncepcionais, já que o bem que consegue seria uma consequencia do mal que realiza (repito que cada caso é um caso distinto).
Do mesmo modo, uma enfermeira que ajuda um aborto para manter um emprego não está isenta de culpabilidade moral. Nem mesmo a faxineira da sala de cirurgia estaria isenta de culpa...
No caso proposto pela Ysa, creio que deveria recorrer ao seu diretor espiritual, mas de modo geral poderia dizer que coordenar uma campanha de uso de contraceptivos seria imoral. Cabe nesses casos recorrer a "objeçao de consciencia" (mecanismo legal cada vez mais reconhecido no sistema jurídico) ou em último caso, abraçar a cruz, aceitando a perda do emprego. Isso tem muito matizes - por exemplo, poderia ser lícito trabalhar ali se nessas campanhas conseguisse dar boa doutrina às pessoas que buscam aconselhamento - por isso, cada caso é um caso...
Espero ter ajudado e nao confundido mais...hehehe
A questao, como disse o Pe. Leo, deve ser sempre vista caso a caso, já que os principios existem para ajudar o juizo, e nunca como modo de resolver de modo direto os casos particulares.
Porém, parece-me que na questao do voluntario indireto ou principio do duplo efeito (que a vontade nao queira diretamente o mal que se deriva da açao), existem algumas condições claras que devem ser respeitadas para que a ação não seja pecado em si mesma.
Essas condiçoes sao importantissimas e devem ser levadas em conta nessa ordem:
1 - que a açao seja boa em si mesma ou ao menos indiferente (nunca é licito, portanto, uma açao diretamente má - como mentir por exemplo - ainda que as consequencias sejam ótimas);
2 - que o efeito primario que se consiga seja o bom, sendo o efeito mal somente secundario (o bem buscado nao pode ser nunca uma consequencia do efeito mal que se tolera)
3 - que o efeito mal não seja de modo nenhum procurado, e sim apenas tolerado, buscando os meios inclusive para tentar evitá-los;
4 - em último lugar, cumpridas as condições anteriores, é necessario que o fim seja proporcional ao efeito mal produzido, ou seja, que com a ação realizada se consiga um maior bem que o mal que se produz.
Creio que esses principios podem ajudar a julgar cada ação.
Deste modo, de modo geral, não me parece lícito um cristão trabalhar em uma fábrica de preservativos ou de anticoncepcionais, já que o bem que consegue seria uma consequencia do mal que realiza (repito que cada caso é um caso distinto).
Do mesmo modo, uma enfermeira que ajuda um aborto para manter um emprego não está isenta de culpabilidade moral. Nem mesmo a faxineira da sala de cirurgia estaria isenta de culpa...
No caso proposto pela Ysa, creio que deveria recorrer ao seu diretor espiritual, mas de modo geral poderia dizer que coordenar uma campanha de uso de contraceptivos seria imoral. Cabe nesses casos recorrer a "objeçao de consciencia" (mecanismo legal cada vez mais reconhecido no sistema jurídico) ou em último caso, abraçar a cruz, aceitando a perda do emprego. Isso tem muito matizes - por exemplo, poderia ser lícito trabalhar ali se nessas campanhas conseguisse dar boa doutrina às pessoas que buscam aconselhamento - por isso, cada caso é um caso...
Espero ter ajudado e nao confundido mais...hehehe
helioluciano- Tira-dúvidas oficial
- Mensagens : 21
Data de inscrição : 05/11/2008
Idade : 44
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