Domingo das Santas Relíquias

Pergunto se existe na liturgia católica o "domingo das Santas Relíquias". Parece-me que é em novembro, na oitava de todos os Santos ou domingo seguinte ao Dia de todos os Santos. Existe alguma liturgia especial para essa celebração ?
Obrigado.

Desconheço tal data. Não acredito que haja tal data no nosso calendário litúrgico. De onde você tirou essa informação?

Eu vi essa informação em diversos sites mas sem maiores explicações. Também não encontrei nada no Brasil

Aqui uma figura sobre isso:

Caro Mazzo,

Isso não existe no calendário anual da Igreja Católica, um dia fixo para a veneração das relíquias. Mas sim existem reliquias de santos na Igreja Católica, que podem ser expostas a veneração em determinado dia em algum lugar, como foi nessa paróquia que voce mostra o anuncio.

Mais dúvidas sobre o tema, veja:
http://www.filhosdemaria.com.br/artigos/355-o-culto-as-reliquias-pe-manoel-augusto-santos.html

Cito:

O culto do túmulo dos justos é uma herança bíblica. No Antigo Testamento apresenta vários relatos quanto ao respeito pelos restos dos mortos, p. ex.: a existência da tumba da família (cf. Gn 23, 1ss); Abraão chorou junto ao túmulo de Sara (cf. Gn 32, 2ss); a expressão bíblica comum “ser sepultado com seus pais” ou “adormecer com os seus pais” refere-se provavelmente ao sepultamento nas tumbas de família[4]; o túmulo dos patriarcas e de outros personagens permaneceram na memória do povo[5]; é digno de nota o fato de não se conhecer o local da sepultura de Moisés (cf. Dt 34, 6); o fato de não dar sepultura a alguém era uma maldição ou castigo (cf. Dt 28, 26; 1Rs 21, 23s; 2Rs 9, 36s; Is 34, 3; Jr 7, 32ss); tocar em um santo, na sua roupa ou nos seus ossos provoca uma ação sobrenatural (cf. 2Rs 13, 2).

No Novo Testamento encontram-se relatos importantes: sobre o costume de venerar o túmulo dos mortos (cf. Mt 3, 29); o tocar em um santo, na sua roupa ou nos seus ossos (cf. Mt 9, 20ss; Mt 14, 36); até a sombra dos santos é capaz de produzir um efeito milagroso (cf. At 5, 15); os evangelhos relatam muitos dos costumes quanto às sepulturas e os corpos sepultados (cf. Mt 27, 60; Mc 16, 1; Lc 23, 56ss; Jo 11, 38ss; 19, 39ss; 20, 7; At 9, 37).

Grande abraço.

Padre Anderson,

Envio, a título de informação, mais alguns sites que falam da Festa das Sagradas Relíquias:


http://www.salvemaliturgia.com/2011/03/domingo-das-santas-reliquias-em-juiz-de.html

http://www.magnificat.ca/cal/es/santoral/fiesta_de_las_sagradas_reliquias.html

http://sicutoves.blogspot.com.br/2011/11/fiesta-de-las-sagradas-reliquias-5-de.html

http://www.oremosjuntos.com/Santoral/Noviembre5.html

5 de novembro: Fiesta de las Sagradas Reliquias. Día V de Infraoctava de Todos Los Santos A
http://es.catholic.net/foros/viewtopic.php?f=86&t=1264




Aqui no Brasil não se dá relevo para as relíquias... será que a Festa das Santas Relíquias não é "esquecida" ?

Ricardo,

O "cultuar somente a Deus" é o fim ultimo de toda demonstração de veneração às reliquias dos Santos.

Por exemplo: o respeito e a veneração pela Bíblia, Palavra de Deus, não é respeito e veneração pelo papel ou por um conjunto de livros, mas sim porque trata-se da Palavra de Deus.

Os santos são servos fiéis de Deus, amigos de Deus.

Na Bíblia existe a informação de que as pessoas tocavam panos em Paulo e depois esses panos eram levados aos doentes que eram curados.
Também existe a informação de que jogaram um cadaver no túmulo de Eliseu e que o cadaver voltou a vida ao tocar nos ossos de Eliseu...
É Deus que faz milagres atraves de Seus servos fiéis pois Deus mesmo é glorificado com a glória de Seus servos. Em outras palavras, Deus não divide Sua Glória mas faz e nos mostra que Seus servos fiéis participam de Sua Glória.

Relíquias não tem poder em si, mas são sinais como os panos tocados em Paulo ou como a sombra de Pedro e é Deus que faz a obra, a graça, o milagre.

O povo gosta muito de relíquias e age muito bem ao efeito do «placebo».
Será que YHWH que conhece tudo e todos os corações dos homens e das mulheres pensa da mesma forma?! Está claro que não!

Eu não tenho a bíblia na mesa de cabeceira como um amuleto, mas para a ler.

Ora veja uma atitude de minha mãe muito católica:
Eu tinha lá em casa uma bíblia que pertencia ao irmão padre de minha mãe já falecido.
Uma ex-freira pediu-me para lha emprestar.
Depois devolveu-ma e disse à minha mãe que a bíblia era protestante.
Minha mãe atirou com ela para a loja, através de um alçapão.

Lembre-se que era a Bíblia (tradução protestante), mas tinha lá também uma tradução católica em duas colunas (uma em português e outra em latim).
Essa não foi atirada para a loja.

Sinto muito sr Manuel pela atitude de intolerância de sua mãezinha, o povo mais antigo costumava mesmo ser mais zelosos no trato de sua fé. Eu particularmente nada tenho contra as edições protestantes, mas dou prioridade as versões Católica, pois que estas são mais completas, não lhes falta nenhuma parte da revelação divina.

Desculpe,
Para fazer uma ideia com quem estou a falar, gostava de saber a sua idade.
Pelas suas atitudes e linguagem, parece ser muito novo. Será que é tão novo como parece na avatar?! Mesmo que não seja, devo informá-lo de várias coisas acerca de minha mãe.
Ela nasceu por alturas de 1906, pois eu tinha 21 anos quando ela faleceu com 59 anos de idade e eu tinha acabado de ingressar no serviço militar OBRIGATÓRIO.
Ela tinha apenas parte do 2º ano de escolaridade (2ª classe) e no seu tempo ainda não havia ensino obrigatório. No meu tempo, sim já havia e era até à 4ª classe (4º ano de escolaridade, como dizem agora). Minha mãe serviu o seu irmão padre, durante 12 anos, nos melhores anos da sua juventude e só casou quando o irmão «padre» faleceu.
Pelos dados que lhe acabo de revelar, não podemos dizer que minha mãezinha tinha uma atitude de intolerância, mas sim que era sugestionada pelo ambiente religioso que então se respirava, Em 1963 eu vi um padre de religião e moral tirar um novo testamento a um aluno, porque a tradução era protestante. Eu vejo nessa atitude um «roubo» e prepotência do sr. «padre». Essa tradução tinha sido uma oferta protestante de alguém que eu nunca conheci.

Quanto a mim até porque me deparei providencialmente com duas traduções da bíblia, sendo uma delas protestante e outra católica romana, dou prioridade a ambas, porque assim tenho a possibilidade de comparar e ficar mais esclarecido.
Já que não sei grego nem hebraico (apenas conheço o alfabeto de ambas as línguas) tenho necessidade de recorrer a recurso de comparações. Mas mesmo assim, quando há necessidade de recorrer ao texto hebraico e grego, para ver se uma palavra chave existe lá e tem determinado significado eu faço isso, não só via internet que é muito acessível, como recorrendo a impressões em papel que também já possuo.

Se todos fizessem assim, não se iriam arrepender, quando chegam à conclusão de que foram enganados, pelo engenho de muitos pregadores de várias religiões (ou seitas, pois para mim os termos são sinónimos), mas infelizmente muitos são ensinados tendo por base de interpretação as crenças dos seus instrutores e assim as explicações fazem lembrar a expressão de «peixinho de rabo na boca», querendo provar A por B e B por A.

Felicidades Sr. Geovanni146
A propósito, nasceu no dia 14 de Junho, ou no mẽs de Janeiro de 1946?!
Estou a tentar descobrir o significado do nº 146 que juntou ao nome de Geovanni.

Não sou tão novo quanto "deixei" ao sr transparecer, na verdade já possuo 3 décadas nas costas. O garoto do perfil é o Lucas, meu filho danado (rs). Notou a cara de sapeca? O número "146" na verdade não tem qualquer significado, usei apenas porque, não sei se o sr se lembra (é possível que não), mas a primeira vez que entrei aqui no fórum foi com o nick-nome de jotabc146, que também não possuia significado no completamente do apelido jota, que é como meus amigos me chamam. Não sei se estou sendo claro mas é mais ou menos isso, ok.

Bom, mas dito isto, quero lhe dizer que fiquei honrado em o sr ter compartilhado um pouco de sua história familiar conosco aqui deste fórum. Na verdade não quis dar ênfase a palavra "intolerância" mas sim a expressão "ZELO RELIGIOSO", embora eu concorde que sua observação é justa.Contudo, o sr pode confiar que não usei a palavra "intolerância" com conotações pejorativa (um descuido). Como o sr pôde observar não sou muito hábil com as palavras, sou apenas esforçando. Sabe-se, porém, que as muitas palavras não satisfazem a alma, mas a palavra boa é que refrigera...

O sr parece possuir uma mágoa profunda da Igreja, não sei se estou certo. O sacerdote que o sr cita também pode, pelo menos do meu ponto de vista, ter procedido com o sr (?) apenas, como creio fez sua amada mãezinha, influenciado pelas circunstâncias e ao mesmo tempo com zelo. Um padre, sr Manuel, embora seu grande conhecimento das coisas, devemos reconhecer que é muito mais a sua ignorância diante do grande TU do universo. Nisto estamos todos unidos; também ele e sua mãe.

Outrossim, também isto não é exclusivo e nem regra no sacerdócio católico, mas exceção. Na verdade talvez uma situação já há tempos superada na Igreja. Vejo nos dias atuais que situações análogas as que o amigo cita, persistirem em denominações dos ditos protestantes. Mas não às tomo como regra também.

Sobre as edições da Bíblia, prefiro mesmo as católicas, sem desprezo as protestantes. Mas devo insistir que lhes falta importantes partes da revelação... Ademais, não é porque confiamos nos conselhos de nossos pais ("instrutores") que não temos opinião própria; temos liberdade no AMOR de Jesus, acredite!

Felicidades ao sr também.

Parabéns, Giovanni. Eu invejo sua maneira educada de debater. Algumas vezes eu me acho duro demais... mas aprendi a ser assim em foruns evangélicos de discussão...

Caro Geovanni146
Louvo o facto de o sr. ser feliz e de ter uma família.
Eu, com 30 anos de idade, era tão inexperiente como uma criança de 7 anos ou mesmo menos. Levei muita porrada nesta vida e parece-me toda sem sentido, dentro da minha compreensão. Mas mesmo assim não desejo a morte (coisa que minha mãe desejava depois de seus filhos atingirem a maioridade, pois ela pedia-a a Deus nas suas orações).

Espero que tudo se resolva na vida do novo mundo, pois se andamos aqui e não conhecemos o objectivo, tenho a certeza que o mesmo aparecerá quando YHWH no-lo revelar. Eu vejo a vida neste mundo terreno como uma escola e o que eu tenho aprendido é não confiar nos homens (sejam eles sacerdotes ou leigos). Assim tenho mais motivação para poder confiar apenas em YHWH e no seu Messiah, pois se precisamos de um Messiah, é porque nós não conseguimos resolver completamente os problemas desta vida.