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A geração do matrimônio

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Mensagem por Pe. Anderson Qui Fev 25, 2010 9:27 am

Caros amigos,

Deixo aqui um texto interessante para que possa ser comentado. E voce, jovem, o que pensa do que está sendo dito aqui?


A geração do matrimônio
Por Carl Anderson

NEW HEAVEN, EUA, quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org). – Dentre as muitas coisas que nos fazem lembrar João Paulo II, certamente está sua capacidade de falar aos jovens. A instituição da Jornada Mundial da Juventude, uma tradição mantida por Bento XVI, revelou-se uma ocasião de ensinamento, uma forma de comunicar-se com as futuras gerações de pais católicos, sacerdotes e religiosos.

Uma recente pesquisa conduzida pelos Cavaleiros de Colombo e pelo Marist Institute for Public Opinion evidencia a importância de comunicar às novas gerações de católicos. O resultado do estudo, aplicado a jovens americanos nascidos entre 1978 e 2000, chamados de millennials, revelou elementos de esperança, mas também de preocupação pela Igreja Católica, que devem ser levados em consideração pelos evangelizadores católicos ao lidarem com os jovens.

Um fato encorajador revelado pela pesquisa é o de que entre os millennials que se identificaram como católicos – não apenas os católicos praticantes – 85% disseram crer em Deus. Suas proridades são o matrimônio e a proximidade com Deus. Cerca de 82% destes jovens acredita que a importância do matrimonio tem sido subestimada, enquanto mais de 60% consideram práticas como o aborto e a eutanásia moralmente erradas.

Estas são boas notícias. Mas o que verdadeiramente preocupa é que 61% dos jovens entrevistados acreditam ser justo para os católicos praticar mais de uma religião. Quase dois terços deles se consideram mais espirituais que religiosos, enquanto que 82% consideram as questões morais “relativas”.

Estes não são problemas teóricos, são fatos concretos. E são fatos sobre os quais Bento XVI, com uma incrível capacidade de antevisão, já antecipava há 5 anos.

Durante a cerimônia fúnebre de João Paulo II, num dos dias que antecederam sua eleição papal, o então cardeal Joseph Ratzinger alertou contra a “ditadura do relativismo”.

Disse: “Ter um fé clara, segundo o Credo da Igreja, é frequentemente rotulado de fundamentalismo. Enquanto que o relativismo – isto é, deixar-se levar por qualquer vento de doutrina – aparece como a única atitude adequada aos tempos modernos. Assim se constrói uma ditadura do relativismo, que nada reconhece como definitivo e que estabelece como última medida apenas o eu e suas vontades”.

Uma outra medida

Como alternativa a uma tal visão distorcida de mundo, ele propõe “uma outra medida: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. Ele é a medida do verdadeiro humanismo. ‘Adulta’ não é a fé que segue as ondas da moda ou as últimas novidades; adulta e madura é a fé profundamente enraizada na amizade com Cristo. É esta amizade que nos abre a tudo o que é bom, e nos confere critério para decidir entre o verdadeiro e o falso, entre o engano e a verdade”.

Esta geração busca o amor. Quer o matrimônio – isto é, o amor verdadeiro – mais do que qualquer outra coisa. Vê que o amor no matrimônio tem sido desvalorizado.

Em uma entrevista concedida a uma publicação alemã, Bento XVI ilustrou mais precisamente como colocar em prática a solução proposta. O que é necessário – disse ele – é apresentar o que de positivo e de feliz a vida cristã pode oferecer.

Em particular, disse ele: “O cristianismo, o catolicismo, não é uma acumulação de proibições, mas sim uma opção positiva. E é muito importante que esta concepção seja restaurada, uma vez que, nos dias de hoje, está quase completamente desaparecida. Falou-se tanto sobre o que não seria permitido, que agora precisamos dizer: temos uma proposta positiva: o homem e a mulher são feitos um para o outro, existe uma escala – por assim dizer: sexualidade, Eros, Ágape, que são as dimensões do amor. E assim se constitui inicialmente no matrimônio o encontro pleno de felicidade entre um homem e uma mulher, em seguida a família, que garante a continuidade através das gerações, e na qual se realiza a reconciliação entre as gerações. Por isso, primeiramente, é necessário deixar claro aquilo que defendemos.”

Recentemente, o Papa retomou esta mensagem aos bispos da Escócia, acrescentando: “Estejam certos de apresentarem este ensinamento de modo que seja reconhecido como a mensagem de esperança que é”.

Aos olhos de um grupo que considera o matrimônio como a mais alta das prioridades e que entende que seu valor é subestimado pela sociedade, uma Igreja que proclama a beleza do sentido cristão do matrimônio é uma Igreja que apresenta uma mensagem capaz de reverberar pela futura geração de pais católicos.

Este é precisamente o caminho indicado por Bento XVI.

Alguns descrentes dirão que os jovens não querem ouvir. Mas o fato é este: quase dois terços dos jovens entrevistados disseram estar muito interessados em aprender mais sobre sua fé.

Este é o motivo pelo qual a elaboração do documento que trata da questão da família, a cargo do Conselho Pontifício para a Família, é tão importante.

Cabe a nós apresentar a fé de um modo que faça sentido para as vidas dos jovens católicos, e não melhor maneira de fazê-lo que recorrendo à riqueza teológica e pastoral dos ensinamentos de João Paulo II e Bento XVI – mostrar aos jovens como construir matrimônios felizes, sadios e, definitivamente, santos.

Grande abraço.
Pe. Anderson
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Mensagem por Yuri07 Qui Fev 25, 2010 10:19 am

Antes de mais nada, digo que este trecho me pareceu estranho: "Um fato encorajador revelado pela pesquisa é o de que entre os millennials que se identificaram como católicos – não apenas os católicos praticantes – 85% disseram crer em Deus". Está dito aqui que 85% dos que se indentificam católicos creem em Deus. Ou seja, de acordo com esse trecho, 15% dos que se dizem católicos não creem em Deus. Bom, como acredito que foi uma má construção gramatical, acho que o texto quis dizer que 85% dos jovens, em geral, creem em Deus. 85% dos jovens americanos crerem, acho pouco.

Como bem disse João Paulo II: "fé adulta não é aquela que se deixa levar pelas ondas da moda". A Igreja é chamada como os profetas do antigo testamento e o próprio Jesus a denunciar esses devios que surgem na sociedade. Bem disse São Paulo "não vos confermeis com o mundo, mas transformai-vos".

Se boa parte quer ouvir, então está na hora de que se grite. Ninguém vai professar e defender uma fé que não conhece. É preciso que se ensine que ou se segue Jesus com tudo ou não o segue, não dá para ficar "em cima do muro". Infelizmente, muitos confundiram o Ecumenismo do Vaticano II com o relativismo. Com ser católico, mas ir seguindo "ventos" que vem de outras doutrinas religiosas. Ser católico é aderir firmemente à fé da Igreja.
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Sáb Fev 27, 2010 6:48 am

A modernidade nos trouxe muitas coisas boas que contribuem cada vez mais, a partir do desenvolvimento científico e tecnológico, para o bem-estar da humanidade. Tal desenvolvimento nos propicia uma vida materialmente mais confortável na qual a busca do ter se sobrepõe ao ser, de forma que na sociedade contemporânea, nos parece se caracterizar um momento em que o homem vale mais pelo que tem do que pelo que é.Assim, "está em xeque" a essência do homem, os valores morais, sociais, éticos e religiosos.
No cotidiano do meu trabalho como professor, vendo que as relações interpessoais nos contextos mais diversos, incluindo o familiar, têm se modificado de forma crescente, sendo negativa a grande maioria dessas modificações, de forma que o convívio entre as pessoas se torna cada vez mais difícil e condicionado ao resto dos interesses primeiros que são inerentes à vida profissional e ao acúmulo de riquezas, dentre outras prioridades que surgem a cada dia e que empurram para baixo a dignidade do ser humano e os conceitos de família, de fraternidade, de solidariedade.
Não posso ser preciso em termos estatísticos, mas posso afirmar que a grande problemática da escola nos tempos atuais está atrelada a esta inversão que vem dando ultimato à instituição familiar. Neste contexto de inversões, a família que antes era a base da sociedade, cede tal espaço para a escola, esperando dela, além daquilo que lhe compete, o que era da competência da família. Assim sendo, as concepções do "educare" e do "educere" que eram antes papéis inerentes à família e à escola, respectivamente e com alguns pontos de congruência, passam a ser exclusividade da escola, como se a família fosse isenta de tal responsabilidade.
Os crescentes números da violência, de desrespeito, de indisciplina, evasão, absenteísmo e reprovação escolar estão atrelados ao "status" que se tem dado (ou que não se tem dado) à instituição famíliar, cujo princípio está no matrimônio.
É preciso restaurar o conceito de família a partir da vivência do matrimônio, cujo objetivo não está apenas na preservação da espécie, mas na qualidade de vida sob todos os aspectos.
Analisando o texto que nos foi proposto neste tópico e, confrontando-o com a realidade do tempo contemporâneo, me parece que a juventude, apesar do "tanto faz" que se sacramentou na sociedade atual, talvez pelas suas carências de amor, de afeto e de encontro que não mais encontram a partir de sua ascendência, dá sinais de preocupação cosigo mesmo e com sua descendência.
Não dá mais para continuar como está. É preciso "voltar ao primeiro amor" e, neste sentido, é grande a nossa tarefa de formar os cristãos para a vivência do matrimônio para além do rito muitas vezes impostos pela família ou realizado para dar satisfação social.
É preciso redescobrir o valor do sacramento do matrimônio e nele, o valor da família e da vida humana.
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