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Pecado do Aborto.

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Mensagem por Michael Bodão Sáb Out 18, 2008 12:35 am

Olá caro!
Antes de perguntar, quero pedir desculpas pela minha ausência no fórum
nesses meses. Estou um pouco atolado com o novo trabalho.
Então vamos lá...

Ouvi um boato certa vez q quando uma mulher aborta, e se arrepende e vai confessar, o
Padre q atende a confissão só pode absolvê-lá desse pecado com autorização do Bispo.
Isso é verdade? Pq isso acontece?
Isso só ocorre em pecados relacionados a vida alheia, como assassinato e coisas do tipo?
Espero ter cido claro!
Obrigado. Very Happy
Michael Bodão
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Mensagem por Paulo Alves Qui Out 23, 2008 7:09 am

Michael Bodão escreveu:Olá caro!
Antes de perguntar, quero pedir desculpas pela minha ausência no fórum
nesses meses. Estou um pouco atolado com o novo trabalho.
Então vamos lá...

Ouvi um boato certa vez q quando uma mulher aborta, e se arrepende e vai confessar, o
Padre q atende a confissão só pode absolvê-lá desse pecado com autorização do Bispo.
Isso é verdade? Pq isso acontece?
Isso só ocorre em pecados relacionados a vida alheia, como assassinato e coisas do tipo?
Espero ter cido claro!
Obrigado. Very Happy

Bom dia Michael

O pecado do aborto, dado a sua gravidade, acarreta uma ex-comunhão automática, que só pode ser retirada com autorização do bispo. Não só a mulher que aborta fica automaticamente fora da comunhão, mas também todos os que participam, livremente, do ato.

Outro exemplo de ex-comunhão automática é a quebra do sigilo da confissão por um padre.

Espero ter ajudado, um abraço.

Reze o rosário.

Paulo Alves

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Mensagem por Rafaela Botelho Sex Out 24, 2008 10:24 am

Aborto é coisa séria demais. A partir do momento da concepção há vida, se pode matar é porque tem vida, se tem vida: "Não matarás" (5° mandamento / Ex 20,13).
O aborto é a interrupção da vida, e em hipótese alguma a Igreja é a favor do aborto, simplesmente porque a Igreja é a favor da vida.

Quando Abel matou Caim:
Gn 4, 10-11 "Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar por mim. Agora, és maldito e expulso do solo fértil que abriu a boca para receber de tua mão o sangue de teu irmão".

Gn 9, 5-6 "Pedirei contas do sangue de cada um de vós.. Quem derramar o sangue do homem, pelo homem terá seu sangue derramado. Pois à imagem de Deus o homem foi feito."

CIC 2258- "A vida humana é sagrada porque desde sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com O Criador,seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente."

CDC 1398- "Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae." (Excomunhão direta - sentença já promulgada)

CIC 2273- Se uma lei faz exceção para um grupo (bebês por exemplo) ou priva da proteção que a legislação nos dá, o Estado nega a Igualdade de todos perante a lei.

Excomunhão para o namoradinho que incentivou, para a vovó que deu o chazinho, etc.

Agora respondendo propriamente a sua pergunta, eu acho [também estou esperando pela resposta] que só com o bispo por causa meio que da hierarquia. O padre participa do sacerdócio do Bispo, então por ser algo tão grave, só ele pode determinar o que deve ser feito.

CIC 1463- "Alguns pecados particularmente graves são passíveis de excomunhão, a pena eclesiástica mais severa, que impede a recepção dos sacramentos e o exercício de certos atos eclesiais. Neste caso, a absolvição não pode ser dada, segundo o direito da Igreja, a não ser pelo Papa, pelo Bispo local ou por presbíteros autorizados por eles. Em caso de perigo de morte, qualquer sacerdote, mesmo privado da faculdade de ouvir confissões, pode absolver de qualquer pecado e de qualquer excomunhão."


Bom... É isso, também aguardo.

Fiquem com Deus
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Mensagem por Leonardo Cler Sáb Nov 29, 2008 1:07 pm

Concordo com a primicia do Aborto ser um Pecado Mortal digno de ex-comunhão, porém muitos abortos irão ocorrer se não tivermos um argumento aceito pela comunidade científica. A ciência ainda não especificou o momento exato em que se "faz" a vida: Ou na concepção ou na formação de células nervosas do embrião ou em qualquer outo momento. Então esta vida não pode ser morta se (de acordo com os metodos científicos) ela não existe...
Sou em defesa da vida sim! E sei que fui premeditado por Deus desde antes da existência doTempo. Minha concepção não aconteceu à toa pois minha vida vai além do querer dos meus pais. Mas se não for apresentada uma tese que seja aceita pela comunidade científica muitos fetos hoje não vão poder declarar amanhã que são favoráveis a sua própria vida. Pois bem, possuímos hoje condições de afirmar a existência de vida no exato momento da concepção atendendo aos métodos científicos? Se temos condições, qual documento ou estudo aprova isto?
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Mensagem por alessandro Sáb Nov 29, 2008 5:36 pm

ola leo, a raciocínio é relativamente simples, embora possa ser bastante aprofundando.

a partir da concepção, ou seja, da fusão entre o material genético do óvulo com o do espermatozóide, há toda a informação genética do que aquele ser humano será qdo crescer (cor dos olhos, altura, sexo). Além disso há uma continuidade direta entre aquele primeira célua e o ser adulto. eu e aquela primeira célula somos o mesmo.

logo aquela primeira célula é um ser humano em seus primeiros estágios, mas já é um ser humano. nunca uma coisa como tantos dizem.

como afirmei a questão pode ser aprofundado, qq dúvida não exite em perguntar.

obs: vale ressaltar que a questão do aborto não é um preceito religioso como ir a missa aos domingos. Assassinar um ser humano inocente é algo condenado pela lei natural. sendo assim não cristãos podem (e muitos assim o fazem) discordar de tal ato.


abração e fique com Deus
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Mensagem por Ju Maria Qua Jun 03, 2009 5:12 pm

Olá amigos!

Tenho uma questão: fiquei sabendo do caso de uma moça grávida de 1 mês e pouco que, por algum problema, o bebê não desceu para o útero e está se desenvolvendo nas trompas de falópio, local que não tem estrutura para seu desenvolvimento. Os médicos disseram que isso é um caso muito raro e que teriam que retirar o bebê e, inclusive, uma das trompas, pois não tem como "empurrar" o bebê para o útero (parece que ela está com muitos cistos também).
O que dizer em casos como esse, já que o "retirar a criança" seria um aborto? Mas, se deixar a criança, como a mesma vai se desenvolver se o local onde ela se encontra não é o local apropriado para o seu desenvolvimento?

Quero ressaltar que sou totalmente CONTRA o aborto! Só estou colocando esses questionamentos aqui porque esse caso me intrigou muito e fiquei sem saber o que pensar.

Bem, é isso. Fico aguardando a resposta.

Fiquem com Deus!!!!
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Mensagem por Michael Bodão Qui Jun 04, 2009 1:14 am

Respostas????
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Mensagem por Helô Qui Jun 04, 2009 1:26 pm

Vale lembrar que esse tipo de gravidez ectópica citada, chamada gravidez tubária (pois se dá nas tubas uterinas ou trompas de Falópio) tem como tratamento a retirada do concepto em desenvolvimento e às vezes até mesmo há a necessidade de retirada da tuba quando esta não tem condições de ser poupada, já que, se esta condição evoluir para um rompimento da tuba uterina, os riscos de doença abdominal grave e óbito por parte da gestante são graves.
É uma questão boa, e estou aguardando a resposta também!
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Mensagem por Ísis Gonçalves Qui Jun 04, 2009 7:37 pm

Ja ouvi falar de casos de gestações tubárias q as crianças nasceram saudaveis mesmo tendo uma gestação de alto risco tanto para crianças tanto para as mães...

Naum sei mto sobre o assunto, tbem aguardo respostas!
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Mensagem por alessandro Qui Jun 04, 2009 8:33 pm

não é uma resposta, é apenas uma pergunta aqueles que sabem muito mais de biologia humana que eu:

o que acontece caso se deixe a criança se desenvolver na trompa?
morte da gestante? morte da criança? risco para os dois? risco para um dos dois?

pergunto isso pq saber desses dados (os quais desconheço) é importante para não dar uma resposa simplista.

abraço
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Mensagem por Ísis Gonçalves Qui Jun 04, 2009 10:28 pm

Pelo que sei, trompa pode se romper e a criança morrer ou ela pode se esticar e aguentar até o neném se formar e poder ser retirado de lá (ja que não há trabalho de parto nas trompas)...

Não sei exatamente os riscos da gestante, sei alguem aí souber...

Beijos!
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Mensagem por Binhokraus Seg Jun 08, 2009 3:30 pm

O caso não é simples, e não existe uma resposta geral. Cada caso é um caso.
É preciso ver o histórico da paciente em questão, para poder se tomar a melhor decisão. São casos muito raros, e por isso mesmo, não se sabe muito a respeito, o que se sabe é que a gravidez que se desenvolve assim é de alto risco, tanto para a mãe quanto para o Bebê.

Se alguém quiser se aprofundar no assunto, um link com um artigo

http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v20n6/a09v20n6.pdf
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Mensagem por Helô Qua Jun 10, 2009 1:58 pm

A seguir postarei segmentos de um artigo que li no site da Associação Nacional Pró-vida e Pró-família:

“Numa gravidez ectópica, o embrião não se implanta no útero, como deveria, mas num lugar incapaz de agüentar eficazmente seu pleno desenvolvimento. Geralmente, estas gravidezes ocorrem na trompa de Falópio antes que o embrião chegue ao útero. Estima-se que cerca de 64% das gravidezes tubárias se solucionam espontaneamente, não sendo necessário fazer coisa alguma. Contudo, freqüentemente, as células trofoblásticas (aquelas que levam à formação da placenta etc.), exercendo sua função própria de estabelecer contato nutritivo com o tecido materno, ferem o revestimento da trompa. O embrião em desenvolvimento desgasta rapidamente o revestimento e cresce dentro das camadas adjacentes do trompa. Finalmente, isso ocasiona hemorragia e ruptura da trompa. O rápido crescimento do embrião num estado incapaz de agüentar isso tudo, acarreta a morte da criança e ameaça gravemente a vida da mãe, a não ser que ocorra alguma intervenção.

Seria moralmente ideal transplantar o embrião ectópico até o útero. Foram relatados dois transplantes bem sucedidos (1917, 1990), porém, no presente, os médicos não consideram isso uma opção realística.
Nas Diretrizes Éticas e Religiosas para Serviços de Saúde Católicos, há instruções específicas em relação a gravidezes ectópicas (1995). A Diretriz #48 afirma: "Em caso de gravidez extra-uterina, nenhuma intervenção é moralmente lícita que constitua um aborto direto." Aborto é definido como "o término diretamente premeditado de uma gestação antes de sua viabilidade ou a destruição diretamente premeditada de um feto viável" (ERD #45). Aborto direto é distinto de aborto indireto: cirurgias, tratamentos, e medicamentos, que têm como propósito direto a cura de uma condição patológica, proporcionalmente séria, da gestante, são permitidos quando não puderem ser adiados com segurança até que o nascituro se torne viável, mesmo se eles resultem em morte da criança nascitura. (ERD #47)

Se a gravidez ectópica não se soluciona por si mesma, há vários tratamentos disponíveis: A salpingectomia (remoção da trompa ou somente de seu segmento danificado, religando as porções remanescentes) e a salpingostomia (corte de uma fenda na trompa, através da qual o tecido ferido incluindo o embrião é pressionado para fora deixando a trompa substancialmente intacta) têm sido indicadas como moralmente aceitáveis. Porém, seria importante no uso desses procedimentos, que a paciente e o médico não pretendam a morte do embrião/criança, mesmo se isso é claramente previsto. O objeto do ato moral é o término de um processo que esteja causando um dano à mãe por causa do lugar anormal, no qual a criança não pode se apoiar eficazmente, levando conseqüentemente à morte da criança.

Uma terceira alternativa é a administração de metrotrexate (um medicamento citotóxico que impede as células trofoblásticas de continuar aderindo o embrião à trompa de Falópio), que se depara com uma séria objeção ética, porque parece provocar um aborto direto. O MTX é um medicamento utilizado em quimioterapia para o tratamento de câncer. Por esta razão, muitos teólogos fiéis ao Magistério têm rejeitado o uso do MTX para tratar a gravidez ectópica.”

Gostaria de informação a respeito da confiabilidade dessa fonte. É uma fonte em que nós católicos podemos buscar informações confiáveis? As questões morais levantadas no texto estão de acordo com o direcionamento de nossa Igreja? Pergunto por desconhecer mesmo!

Abraço a todos, fiquem com Deus.
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Mensagem por Ju Maria Qua Jun 24, 2009 5:54 pm

Gostei muito do que a Helô colocou... Mas, essa fonte é mesmo confiável??
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Pecado do Aborto. Empty Gravidez Ectópica

Mensagem por helioluciano Sex Jul 03, 2009 8:13 am

A pedido do Pe. Anderson, tentarei responder essa questão.

A gravidez ectópica não é frequente, mas tampouco se tratam de casos raríssimos.
São dois os principios gerais que devem ser tomados em conta. O primeiro, é o da inviolabilidade da vida humana (que não permite em nenhum caso o aborto direto). O segundo principio a ter em conta aqui é a licitude do tratamento da saúde da mãe.
Cada caso é diferente do outro e tudo dependerá bastante do lugar da trompa aonde se aderiu o feto (inclusive existem casos de desenvolvimento fetal - depois da 4 semana de gestação - no abdomen da mãe, ou seja, fora do útero e das trompas).
A solução para esses casos é a espera paciente do desenvolvimento do embrião e do feto. Em muitos casos a gravidez se interrompe de modo natural (aborto espontâneo) e em outros a gravidez pode chegar a término (sendo retirado no quinto ou sexto mês de gestação por cesárea.
No caso de uma hemorragia interna pela ruptura da trompa, está indicado (pelo segundo principio citado) extirpar tal trompa, sendo o resultado NÃO QUERIDO E NÃO DIRETO, a morte do embrião.
Normalmente o protocolo médico exige o chamado "aborto terapêutico" (Aborto Direto e portanto, não lícito) para esses casos. Por essa razão, nestes casos, os pais devem recorrer a um médico católico com competência profissional e boa formação doutrinal, já que são casos de risco para duas vidas - a da mãe e a do filho...
Espero ter respondido

Um abraço...

Hélio Luciano
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Mensagem por Pe. Anderson Sex Jul 03, 2009 7:11 pm

Caro Hélio,

Muito obrigado pela sua resposta; era isso o que nós precisávamos: conhecimentos médicos precisos e ensinamento da moral católica explicados com claridade e com precisao. Essa resposta só poderia vir de um médico, quase sacerdote (falta muito pouco!), e doutorando em Bioética em Roma!

Um abraço.
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Mensagem por Pe. Anderson Qua Jul 15, 2009 11:00 am

Caros amigos,

Posto aqui um texto recente da Congregaçao da Doutrina da Fé sobre o aborto (sobre o caso da menina brasileira estuprada em Pernambuco). Esse texto foi publicado depois da resposta to Hélio e assim voces podem ver como a resposta dele está exata e como o nosso fórum está atual:

Pelo que se refere ao problema de determinados tratamentos médicos para preservar a saúde da mãe, é necessário distinguir bem entre dois fatos diferentes: por um lado, uma intervenção que diretamente provoca a morte do feto, chamada em ocasiões de maneira inapropriada de aborto “terapêutico”, que nunca pode ser lícito, pois constitui o assassinato direto de um ser humano inocente; por outro lado, uma intervenção não abortiva em si mesma que pode ter, como consequência colateral, a morte do filho: “Se, por exemplo, a salvação da vida da futura mãe, independentemente de seu estado de gravidez, requerer urgentemente uma intervenção cirúrgica, ou outro tratamento terapêutico, que teria como consequência acessória, de nenhum nenhum modo querida nem pretendida, mas inevitável, a morte do feto, um ato assim já não se poderia considerar um atentado direto contra a vida inocente. Nestas condições, a operação poderia ser considerada lícita, igualmente a outras intervenções médicas similares, sempre que se trate de um bem de elevado valor –como é a vida– e que não seja possível postergá-la após o nascimento do filho, nem recorrer a outro remédio eficaz” (Pio XII, discurso “Frente à Família” e à Associação de Famílias Numerosas, 27 de novembro de 1951).

Um grande abraço.
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Pecado do Aborto. Empty Reportagem do Fantástico sobre o aborto.

Mensagem por Pe. Anderson Qua Ago 04, 2010 6:10 am

Caros amigos,

Sugiro a leitura destes dois artigos do Reinaldo Azevedo, da Veja:

O Fantástico e o aborto: assim não, companheiros! Ou: não se compensa penúria ética de uma tese com números fabulosos

A propósito do post acima: o Fantástico levou ontem ao ar uma longa reportagem que fez a defesa sub-reptícia da legalização do aborto, embora não se tenha tocado nessa expressão em nenhum momento. Escolheu-se o chamado método do terrorismo didático: convencer pelo horror. Câmeras escondidas flagraram clínicas clandestinas e carniceiros variados para evidenciar que, proibido embora — exceto em caso de estupro e risco de morte da mãe —, o aborto é feito à larga. O corolário restou subjacente: se é assim, a proibição é uma hipocrisia e se legalize de vez a prática para preservar a saúde das mulheres. A tese é ruim. Que outras ilegalidades deveriam ser tornadas legais já que a gente não pode mesmo coibi-las totalmente? Levada a tese ao limite, em vez de combater os criminosos, as sociedades deveriam legalizar o crime. Tudo seria da lei. Voltaríamos ao estado da natureza. E deixo de barato que a defesa da “saúde da mulher” ignore, no caso, a vida do feto.

Uma tese ruim irrita, sim. Mas o mais constrangedor da reportagem, depois do método didático-terrorista, é a manipulação desajeitada de supostas estatísticas ou pesquisas, o que levou o site do Fantástico a cravar em seu site, na manchete: “Uma em cada cinco mulheres já fizeram aborto no Brasil”. De onde saiu tal formulação?

De uma pesquisa realizada por um grupo da UnB. Com voz muito pausada, sílabas escandidas de indignação cívico-militante, óculos que anunciam “sou uma pensadora”, a antropóloga Débora Diniz explica o que segue (leiam com atenção):

“A pesquisa nacional de aborto, cobriu todo o Brasil urbano, que são as capitais, e as grandes cidades, ou seja, ficou de fora o Brasil rural, porque não podíamos incluir mulheres analfabetas. As pesquisadoras entraram na casa das mulheres, com uma urna secreta, as mulheres de 18 a 39 anos, elas recebiam uma cédula que constava de cinco perguntas, e uma delas é, ‘você já fez aborto?’. O que nós sabemos é que uma mulher em cada cinco, aos 40 anos, fez aborto. Significam 5 milhões e 300 mil mulheres em algum momento da vida, já fizeram aborto. Metade delas usou medicamento, nós não sabemos que medicamento é esse; a outra metade precisou ficar internada pra finalizar o aborto. O que isso significa? Um tremendo impacto na saúde pública brasileira. Quem é essa mulher que faz aborto? Ela é a mulher típica brasileira. Não há nada de particular na mulher que faz aborto”.

É evidente que se trata de um discurso em favor da legalização do aborto. Ocorre que a fala da antropóloga é um queijo suíço, que só convence os incautos:

1 - Qual é a cientificidade de sua amostragem?
2 - Qual é o tamanho da amostra?:
3 - Quer dizer que “todo o Brasil urbano são as capitais e as grandes cidades”? Quem disse? Segundo qual ciência?
4 - Todas as mulheres do campo são analfabetas?
5 - Se a antropóloga confessa que o Brasil rural ficou fora da “pesquisa”, então é mentira que uma em cada cinco mulheres já fez aborto. Como posso afirmar isso? Ora, é ela quem afirma quando confessa que sua amostra não representa o Brasil.
6 - Se o mal enxergado pela intelectual da voz pausada é o impacto na saúde pública, seria menor tal impacto no caso da legalização? Um aborto legal dispensa a curetagem ou a sucção?
7 - O que a doutora Débora entende por “mulher típica brasileira”? Ainda que fosse verdadeiro o chute de que uma em cada cinco mulheres entre 18 e 39 anos já fez aborto, isso significaria, então, 20% do total. Com a devida vênia, doutora, a “mulher típica” é aquela dos 80% que não fizeram, certo? Por mais que a senhora tente transformar o aborto numa banalidade como “me passa o açúcar”, ele continua, até na sua pesquisa, uma exceção.

Defender a morte de um feto é difícil, reconheça-se. Por isso essa gente gosta tanto de estatísticas e números. Um dado fornecido por uma pesquisa do Instituto do Coração, da USP, foi considerado “espantoso” pelo Fantástico:

“Entre 1995 e 2007, a curetagem depois do procedimento de aborto foi a cirurgia mais realizada pelo SUS: 3,1 milhões de registros”.

Querem ver como, às vezes, falta ao editor ou puxar as orelhas dos repórteres ou usar calculadora que faça apenas as quatro operações (já nem digo ler o conjunto da obra em busca de incongruências)? 3,1 milhões de curetagens em 13 anos dão uma média de 238.461 procedimentos por ano. Atenção! Perguntem a especialistas da área e eles lhes dirão: 25% das gestações resultam em abortos espontâneos. Nascem, por ano, no Brasil, mais ou menos 2,8 milhões de crianças.

Vamos supor, meus caros, só para efeitos de pensamento, que não houvesse um só aborto provocado no Brasil: aqueles 2,8 milhões seriam apenas 75% das gestações — ao todo, elas somariam 3,73 milhões. REITERO: VAMOS FAZER DE CONTA QUE NÃO EXISTEM ABORTOS PROVOCADOS. Ora, só os abortos espontâneos chegariam, então, a 930 mil por ano. Como INEXISTE NOTIFICAÇÃO NOS HOSPITAIS PARA DISTINGUIR CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO ESPONTÂNEO DE CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO PROVOCADO, chega-se à conclusão de que os quase 240 mil procedimentos são um número “espantoso”, sim, Fantástico: ESPANTOSAMENTE BAIXO!

Se encontrarem furo lógico aí, cartas para o blog!

O número significa ainda mais — e mais grave: o SUS não tem, então, estrutura para atender nem mesmo os casos de abortos espontâneos. Imaginem o que poderia acontecer, então, com um aumento da demanda em caso de legalização.

As pessoas defendam o que bem entenderem. Faço o mesmo. Não gosto é que tentem me iludir com estatísticas furadas, que não resistem a uma conta de dividir e a uma regra de três. O que me incomoda na defesa da legalização do aborto é que se tenta compensar a penúria ética da tese com números. E números, lamento, podem auxiliar na criação de uma moral, mas não a substituem.

Ora, tenham a coragem, então, de defender o aborto como “um direito” e ponto final! Poder ser horrível, mas é, ao menos, intelectualmente mais honesto. E sem essa de chamar militante de “especialista”. Militante só é especialista da própria causa.

Por Reinaldo Azevedo
Aborto: não adianta me acusarem de católico; precisam é provar que estou errado

Comentários de pessoas que não concordam comigo sobre o aborto estão sendo publicados. Minha única exigência é que a abordagem seja civilizada e que a opinião não seja elo de corrente organizada, de lobby. Quanto ao mais, dizer o quê?

Sim, sou católico, orgulho-me disso, e minha opinião certamente está influenciada pela minha religião — como, suponho, o ateísmo de uns tantos interfira no seu posicionamento sobre isso ou aquilo. Em suma: não crer em Deus não é nem superior nem inferior a crer. Não confere a ninguém o diploma da razão. Até porque São Tomas de Aquino, por exemplo, fez mais pelo pensamento moderno do que a totalidade dos que entortam o nariz para o cristianismo. O que falta a boa parte não é opinião, como se nota, mas estudo. E eu escrevo para pessoas que prezam o estudo, nunca escondi. Não sou nem tento ser um articulista “popular”. Nem mesmo escrevo textos curtos. Não obstante, o blog é um sucesso. Estranho, né? Pois é…

Especular sobre a minha religiosidade para desqualificar a minha opinião sobre a legalização do aborto é uma tolice. Afinal, conheço ateus que se opõem à tese porque consideram, fora de qualquer abordagem de cunho espiritual, que “aquilo” é vida humana — e ancoram, pois, a sua opinião no que consideram uma derivação de seu humanismo.

Também é bobagem vociferar: “Você não entende nada de pesquisas…” Não? É pouco para me contestar. Digam, então, por que não. Se o argumento mais forte que os defensores envergonhados do aborto tinham a exibir no Fantástico (ver post da madrugada) eram aqueles dados, eu, é inescapável constatar, fiz picadinho deles. Não restou um só inteiro. O suposto número “espantoso” de curetagens nada tinha, afinal, de espantoso. Demonstrei por A + B. Tratar da descriminação do aborto, ainda que por vias oblíquas, usando números de procedimentos no SUS que ignoram os abortos espontâneos corresponde a fazer má ciência e mau jornalismo. A soma dos dois resulta apenas em boa militância — “boa” para a causa; má para a verdade dos fatos.

Sou católico, sim. Se fosse metodista, presbiteriano, batista, budista, judeu ou islâmico, os números não seriam diferentes. Continuaria a nascer uma média de 2,8 milhões de bebês por ano no Brasil; o índice de abortos espontâneos continuaria a ser de 25%; os abortos espontâneos continuariam, então, na casa dos 930 mil, e esses dados desconstroem o edifício teórico que se tenta construir em favor da legalização com números perturbados. E não há câmera escondida que mude isso.

Para encerrar
A reportagem do Fantástico mostrou que policiais militares do Pará faziam a segurança de uma clínica de aborto. Bem, isso nada tem a ver com a legalização ou não. Fosse legal, eles procurariam outro bico. Isso é só sinal de descontrole da Polícia de Ana Júlia Carepa. Afinal, naquele estado, uma menina, menor de idade, ficou presa numa cadeia lotada de marmanjos. O exemplo vem a calhar, não? Caso se legalize isso também, o que parece um horror será considerado normal, como dizer: “Hoje é segunda-feira”.

Não! Acusar-me de católico é pouco para me contestar. Até porque não é acusação. O que tem de ser contestada é a minha contestação. Até agora, não foi! Aguardo. Os meus adversários na questão certamente melhorarão seus argumentos, o que contribuirá para que eu melhore os meus. O mundo, assim, fica mais divertido.

Por Reinaldo Azevedo

Grande abraço a todos.
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Pecado do Aborto. Empty Re: Pecado do Aborto.

Mensagem por Anonima Dom Jul 07, 2013 11:22 am

Queria colocar uma questão: Em que circunstâncias um sacerdote em confissão pode dar absolvição directa da realização de um aborto. Ou seja que exceções existem, que o desobrigue de consultar um Bispo? Pergunto porque sei de casos de absolvição directa. A falta de consciência moral pode possibilitar a automática absolvição do penitente por parte do sacerdote ou que outras situações podem intervir para que este o possa fazer?

Grata

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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Seg Jul 08, 2013 7:27 am

Cara Anônima,

Seja muito bem vinda ao nosso fórum !!! Mesmo no seu anonimato, saiba que Deus lhe ama com amor eterno, com amor infinito, com amor indescritível.

Estou dando uma olhadinha mais detalhada no objeto da questão que você nos apresenta, e espero, ainda hoje, dar um parecer a respeito dessa questão que é bastante complicada. Assim, até mais tarde !!!

Um grande abraço, e que Deus a abençoe !!!
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Pecado do Aborto. Empty A resposta

Mensagem por Anonima Qui Jul 11, 2013 6:14 pm

Flávio Roberto Brainer de escreveu:Cara Anônima,

Seja muito bem vinda ao nosso fórum !!!  Mesmo no seu anonimato, saiba que Deus lhe ama com amor eterno, com amor infinito, com amor indescritível.

Estou dando uma olhadinha mais detalhada no objeto da questão que você nos apresenta, e espero, ainda hoje, dar um parecer a respeito dessa questão que é bastante complicada. Assim, até mais tarde !!!

Um grande abraço, e que Deus  a abençoe !!!

Olá Boa noite ainda não tem resposta??

PS- Já agora gostaria de saber porque o forum disse que a senha estava mal e não estava! Tive de pedir reenvio o que não me agradou, pois era mais fácil a minha senha. Como alterar esta? Obrigada.

Espero ainda uma resposta à pergunta. Obrigada!

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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui Jul 11, 2013 6:23 pm

Caríssima,

Tive que fazer uma viagem de ultima hora e somente agora é que cheguei em casa.
Quanto a questão da senha, deve ter acontecido algum problema de ordem técnica que eu não tenho como explicar. Aliás, entrei na equipe deste fórum por convite depois de mais de um ano de participação e, infelizmente, pouco tempo depois, todos os membros da equipe abandonaram o fórum sem qualquer justificativa até então. Como meu conhecimento em matéria de informática é mínimo, muitas questões da moderação eu não tenho como resolver, além de não compreender outras como esta questão da senha a que você se refere.

Quanto a resposta à sua questão, ainda não foi possível concluir por escassez de tempo, mas farei o possível para fazê-lo o quanto antes. Peço desculpas pelo inconveniente.

Um grande abraço !!!
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Pecado do Aborto. Empty Re: Pecado do Aborto.

Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui Jul 11, 2013 9:59 pm

Caríssima Anônima,

O material que separei para ajuda-la a compreender essa questão é bastante extenso, envolvendo aspectos inerentes ao conhecimento das Sagradas Escrituras, das reflexões patrísticas e teológicas, das especificações do magistério da Igreja e da normativa canônica. Estes aspectos são de fundamental importância para levar todo o cristão a um conhecimento amplo e profundo a respeito desta questão.

Como o meu tempo, infelizmente, está muito curto, vou resumir a minha resposta da maneira mais simples possível, me servindo de dois artigos do Código de Direito Canônico que já foram, inclusive, mencionados neste tópico:

CDC 1398- "Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae." (Excomunhão direta - sentença já promulgada)

CIC 1463- "Alguns pecados particularmente graves são passíveis de excomunhão, a pena eclesiástica mais severa, que impede a recepção dos sacramentos e o exercício de certos atos eclesiais. Neste caso, a absolvição não pode ser dada, segundo o direito da Igreja, a não ser pelo Papa, pelo Bispo local ou por presbíteros autorizados por eles. Em caso de perigo de morte, qualquer sacerdote, mesmo privado da faculdade de ouvir confissões, pode absolver de qualquer pecado e de qualquer excomunhão."

Estes dois artigos do CDC são muito claros, e acredito que respondem aos questionamentos que você nos dirige.

A absolvição direta do pecado do aborto somente pode ser concedida em caso de perigo de morte (CDC 1463), não existindo exceções que desobriguem os sacerdotes de consultar o bispo diocesano. Entretanto, em algumas dioceses, existem alguns sacerdotes previamente autorizados pelos seus respectivos bispos diocesanos para tal exercício no âmbito de sua área territorial, ponderando algumas dificuldades pastorais principalmente em dioceses de grandes dimensões territoriais, dentre outros aspectos cujo discernimento compete aos seus bispos.

O outro aspecto do seu questionamento diz respeito a falta de consciência moral por parte do penitente. De maneira muito óbvia, se não há consciência moral, mesmo sabendo-se que o aborto fere o mandamento "NÃO MATAR", ele não deixa de ser um pecado. Neste caso, o ordinário local pode dar a absolvição independentemente da delegação do bispo diocesano, uma vez que a consciência moral é inexistente. Entretanto, cabe ao sacerdote a tarefa de acompanhar cada caso, no sentido de obter o devido discernimento para perdoar ou reter de acordo com o que Jesus determinou aos confessores (Jo 20,23).

Por ultimo, devo afirmar que se, sem a autorização do bispo diocesano, um sacerdote absolve o pecado do aborto, exceto nos casos da inexistência de consciência moral e de perigo de morte, este não está correto, uma vez que está agindo fora da unidade com o seu bispo diocesano e dissociado daquilo que a Igreja determina a esse respeito.

Penso que as suas questões estão respondidas. Entretanto, havendo necessidade, aqui estamos nós.

Um grande abraço, e que a paz de Nosso Senhor esteja sempre no seu coração !!!
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