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ARREBATAMENTO: UNS IRÃO E OUTROS FICARÃO ?

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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui Abr 04, 2013 9:46 pm

PERGUNTA DE DANIELA DE JESUS REMOVIDA DE QUESTÕES DISPUTADAS PARA QUESTÕES BÍBLICAS

Olá a todos.

Sei que a pergunta que vou fazer foge um pouco do tópico, mas vi alguns filmes sobre o arrebatamento que haverá, será mesmo assim? Alguns irão e outros ficarão?

Paz em Cristo a todos.
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui Abr 04, 2013 11:00 pm

Cara Daniela,

Esta questão é muito interessante por muitos aspectos, mas principalmente porque aborda a vida eterna ao lado do Senhor Jesus.

Para dar uma introdução a este diálogo, vou me servir de uma passagem bíblica do Novo Testamento que foi escrita por São Paulo ainda antes de ser escrito o primeiro dos quatro evangelhos:

"EM RELAÇÃO AOS DEFUNTOS, QUERO QUE NÃO CONTINUEIS NA IGNORÂNCIA, PARA QUE NÃO VOS AFLIJAIS COMO OS OUTROS QUE NÃO TÊM ESPERANÇA. POIS, SE CREMOS QUE JESUS MORREU E RESSUSCITOU, O MESMO DEUS, POR MEIO DE JESUS, LEVARÁ OS DEFUNTOS PARA ESTAR CONSIGO. ISTO VO-LO DISSEMOS APOIADOS NA PALAVRA DO SENHOR: NÓS QUE FICARMOS VIVOS ATÉ A VINDA DO SENHOR, NÃO PRECEDEREMOS OS MORTOS; POIS, O PRÓPRIO SENHOR, AO SOAR DE UMA ORDEM, À VOZ DO ARCANJO E AO TOQUE DA TROMBETA DIVINA, DESCERÁ DO CÉU; ENTÃO RESSUSCITARÃO PRIMEIRO OS CRISTÃOS MORTOS; DEPOIS NÓS, QUE ESTIVERMOS VIVOS, SEREMOS ARREBATADOS COM ELES ENTRE AS NÚVENS NO AR, AO ENCONTRO DO SENHOR; E ASSIM ESTAREMOS SEMPRE COM O SENHOR. PORTANTO, CONSOLAI-VOS MUTUAMENTE COM ESSAS PALAVRAS" (1Tes 4,13-18).

Mesmo antes de serem escritos os evangelhos, já se cristalizavam muitas tradições orais que, posteriormente, os evangelistas retomariam e elaborariam. Nesta passagem, São Paulo se refere a textos apocalípticos ou escatológicos que, depois, seriam descritos nos evangelhos (Mc 13; Mt 24-25).

Neste texto, São Paulo não se refere a sorte dos que não serão arrebatados por não terem atingido a santidade. Entretanto, em várias passagens, os evangelhos nos dão a entender o destino dessas pessoas.

Em suma, o mais importante é que os santos que morreram ressuscitarão e os que estiverem ainda vivos por ocasião da vida do Senhor serão arrebatados para o encontro com o mesmo Senhor nos ares.

CONTINUO MAIS TARDE !!!

Um grande abraço !!!
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Sex Abr 05, 2013 5:20 am

CONTINUANDO...

Jesus anunciou sua vinda gloriosa e triunfal (Mt 26,64; Mc 14,62; At 1,11). A partir de então, os cristãos são convidados a aceitar Jesus como aquele que venceu a morte, como aquele que triunfou, associando-se a sa glória e participando da sua alegria.

De acordo com o Antigo Testamento, em algumas passagens, se referindo a morte física, os mortos não vivem (Is 26,14) e não participam das festividades da comunidade (Sl 30; 88,11). Mas por outro lado, de acordo com o mesmo testamento, os mortos se levantarão para louvar, ou seja, ressuscitarão (Is 26,19; Dn 12,1), participarão do triunfo de Cristo.

Para São Paulo, o objeto da esperança, a ressurreição, é, em substância, estar com Deus (1Tes 4,14), é estar com o Senhor (1Tes 4,17).

É certo que, de acordo com a crença dos primeiros cristãos, se esperava que esta volta de Jesus seria algo muito próximo, algo que eles esperavam sem que tivessem que passar pela morte. Os primeiros cristãos viveram, imediatamente após a ressurreição de Cristo, um tempo de inquietudes motivado por esta esperança da volta de Jesus, por este desejo da parusia. Para os que viveram fisicamente com Jesus, participando de tudo o que ele fez, ouvindo todos os ensinamentos, vendo os milagres, os sinais e tudo o que marcou as suas vidas com o Mestre, talvez, viver na terra não fizesse mais nenhum sentido.

E é neste contexto que São Paulo, mesmo sem ter vivido a mesma experiência que os outros apóstolos viveram, esperava fazer parte dos que veriam a parusia em vida ao ponto de deixar isso claro no seu discurso quando se referiu a "nós que estivermos vivos" (1Tes 4,17), muito embora tenha afirmado não ser necessário escrever nada em relação ao tempo em que este fato aconteceria (1Tes 5,1,11).

Acredito eu, que se tivesse vivido o que os primeiros cristãos viveram, pensaria também da mesma maneira, o que para eles foi muito natural. Mas a verdade é que eles se encontraram, de um lado, diante de uma certeza em relação ao fato, e de outro, diante de uma incerteza em relação ao tempo. Por ultimo, o mais importante para eles diante desta certeza e daquela incerteza, foi crer na Palavra do Senhor e guardar a fé, manter viva a esperança do grande dia da vinda gloriosa de Jesus.

CONTINUO MAIS TARDE !!!

Um grande abraço !!!
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Mensagem por Jonas E. Qua Abr 24, 2013 11:13 am

[quote]Após o término do texto do Flávio irei postar também um pequeno texto pra ajudar no estudo ^^

Jonas E.

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Mensagem por Fabricio Ter maio 21, 2013 8:27 pm

Prezados,

A estranha doutrina do arrebatamento só surgiu no século XIX. Antes disso não encontramos uma referência sequer a essa aberração. Nada que passe pelo menos perto, ou que guarde alguma semelhança, com esse delírio teológico.

Ou seja, antes do século XIX ninguém (e isso incluiu os protestantes) cria nessa sandice. Depois que a novidade foi introduzida por John Nelson Darby, todo tipo de seita resolveu apontar para onde estava soprando o vento. Nosso Senhor já havia nos precavido de que muitos seriam seduzidos por fábulas e falsas doutrinas, e foi simplesmente isso que aconteceu entre muitas seitas protestantes ávidas por novidades cada vez mais absurdas.

Fiquem com Deus

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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui maio 23, 2013 4:57 pm

Caros Amigos,

Esta passagem a que se refere o Eleito não trata de modo específico a respeito da doutrina protestante a respeito do arrebatamento. Ela trata da ressurreição dos mortos por ocasião da vinda de Jesus, incluindo neste contexto de arrebatamento aqueles que, por ocasião da vinda de Jesus, estando vivos, não podem ressuscitar como os que morreram, e que por esta razão, serão arrebatados, ou seja subirão aos céus, de acordo com a descrição de São Paulo:

"Nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o
Senhor nos ares"
(1Tes 4,17-18).

A doutrina protestante do arrebatamento toma como referencial bíblico esta passagem de São Paulo aos tessalonicenses, como também se serve de outra passagem aos cristãos de Corinto:

"Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados"
(1Cor 15,51-52).

Destas mínimas passagens misteriosas resultam predições detalhadas e precisas que preenchem volumes e mais volumes, complementados com calendários, datas, tabelas e gráficos ricos de fantasias e descrições que não correspondem a verdade revelada pelas Sagradas Escrituras. A
versão apresentada nos livros da série "Deixados para Trás" é denominada "dispensionalismo pré-milenarista e pré-tribulacional". Sua proposta consiste em afirmar que no futuro a terra experimentará um reinado de Jesus que durará mil anos. Imediatamente antes deste reinado, os "verdadeiros crentes" serão "arrebatados" por Jesus, ascendendo com Ele de maneira secreta e silenciosa, entra as nuvens. Para eles não importa que a Bíblia mencione uma forte voz e uma trombeta... a maioria dos partidários do "arrebatamento" garante que o
evento ocorrerá em segredo.

Esta interpretação exagerada assegura que aqueles infelizes que serão "deixados" sofrerão um período de sete anos de tribulações, numa espécie de última chance para a fé. Ao findar os sete anos, Jesus retornará para uma Segunda Vinda "extra", desta vez com legiões de fiéis. Juntos, derrotarão o Anticristo e iniciarão os mil anos do reinado de Jesus sobre a terra. A ironia disto tudo é que os protestantes crêem que é a Igreja Católica quem sustenta ensinamentos "antibíblicos", muito embora a crença no "arrebatamento" seja aceita sem questionamentos e com pouquíssima substância bíblica.

É irônico também que muitos protestantes que acreditam que a Igreja Católica alterou os seus ensinamentos muitas vezes no decorrer dos
séculos, admitam hoje o conceito de "arrebatamento", sendo que tal doutrina nunca é encontrada na História do Cristianismo, pois não
aparece nem na literatura católica, nem na protestante até o século XIX, quando surgiram suas primeiras manifestações nas obras de John
Nelson Darby, um ministro fundamentalista que posteriormente se converteu em sacerdote anglicano.

Os ensinamentos da Igreja Católica sobre o fim dos tempos são muito menos detalhados - e ainda muito menosdramáticos - do que os de John Nelson Darby e Tim Lahaye. É certo que a Igreja sustenta a Segunda Vinda de Jesus. No entanto, no tocante a data e a natureza
destes eventos, a Igreja apenas aguarda o cumprimento da Palavra, uma vez que o conhecimento destas coisas que é reservado apenas a Deus:

"As coisas ocultas concernem ao Senhor, nosso Deus; porém, as reveladas, são para nós e para os nossos filhos, para que
pratiquemos sempre todas as palavas desta Lei"
(Dt29,29).


"Quanto ao dia e a hora, ninguém sabe - nem os anjos dos céu, nem o Filho, mas apenas o Pai"
(Mt 24,36).


Em resumo, a doutrina protestante do arrebatamento é eivada de fantasias, de dramaticidade e de fábulas incontáveis, não tendo qualquer fundamentação bíblica que a prove de forma inconteste.

Em relação ao pensamento católico a respeito da vinda do Senhor, ver: Catecismo da Igreja Católica, 671-679.

Um grande abraço a todos !!!
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Mensagem por Fabricio Qui maio 23, 2013 7:43 pm

Olá, Flávio, como vai?

Como falei, não há uma referência sequer à doutrina do arrebatamento defendida pelas seitas protestantes na histórica do Cristianismo, nem mesmo entre os próprios protestantes, antes do século XIX.

Essa doutrina, assim como tantas outras novidades que aparecem de vez em quanto, são fruto do pernicioso Livre Exame das Escrituras, onde cada um propõe o que bem quer, desprezando toda memória cristã.

Fique com Deus

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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui maio 23, 2013 10:27 pm

Ok, Fabrício,

Tudo bem comigo e com os meus familiares. É sempre uma alegria muito grande encontrá-lo. Aliás, já estava sentindo saudade do amigo-irmão.

É muito pertinente essa sua afirmação referente ao livre exame das Escrituras. A cada dia que passa surgem novas "ondas" fabricadas por essas seitas promotoras da desunidade tanto física quanto ideológica que tem se dividido a cada dia conforme a sua "vocação", se é que assim o podemos chamar.

Assim, cada um vai interpretando as Sagradas Escrituras ao seu modo e criando para si as seitas que atendem aos seus interesses particulares, o que é profundamente lamentável.

Um grande abraço, e que a paz de Nosso Senhor esteja no seu coração !
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Qui maio 23, 2013 10:51 pm

Caros amigos,

Estou transcrevendo um texto do "Igreja Militante", considerando que é muito esclarecedor e corrobora com o tópico em discussão:

Entenda o arrebatamento: As diferentes posições protestantes e o que ensina a Igreja Católica



Devido ao grande interesse demonstrado pelos leitores do blog sobre o tema do arrebatamento, decidi traduzir e publicar um detalhado texto sobre esse evento descrito na Bíblia. Abaixo encontra-se uma explicação de cada uma das teorias protestantes sobre o arrebatamento, bem como a visão comparativa de cada uma delas com posição da Igreja Católica.

Qual Arrebatamento?

Você é pré, médio/meso ou pós? Se você não sabe como responder a essa pergunta, você provavelmente é Católico. Amaioria dos fundamentalistas e evangélicos sabem que estas palavras são sinónimos de pré-tribulação, meso-tribulação e pós-tribulação. Os termos referem-se a quando o arrebatamento deve ocorrer.

O Milênio

Em Apocalipse 20:1-3, 7-8, lemos: “E vi um anjo descer do céu, segurando em sua mão a chave do abismo e uma grande cadeia. E ele prendeu o dragão, a antiga serpente , que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos, e jogou-o no abismo, e fechou e selou sobre ele, que ele não mais engane as nações, até que os mil anos se completassem. Depois que ele deve ser solto por um pouco…. E quando os mil anos terminarem, Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra.”

O período de mil anos, o autor nos diz, é o reinado de Cristo, esse período de mil anos é popularmente chamado demilênio. O milênio é o prenúncio do fim do mundo, em Apocalipse 20 é interpretado de três maneiras por protestantes conservadores. As três escolas de pensamento são chamados pós-milenismo, amilenismo e pré-milenismo. Vamos dar uma olhada nelas.

Pós-Milenismo

Segundo Loraine Boettner no seu livro O Millennium (mesmo autor do sériamente defeituoso livro anti-católico, Catolicismo Romano),pós-milenismo é “a visão de que as últimas coisas que sustentam o Reino de Deus estão sendo estendidas no mundo agora através da pregação do evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo; que o mundo finalmente está para ser cristianizado, e que o retorno de Cristo ocorrerá no final de um longo período de justiça e paz, comumentechamado de milênio. “

Esta opinião foi popular entre os protestantes do século XIX, quando o progresso era esperado até mesmo nareligião e antes que os horrores do século XX fossem degustados. Hoje poucos a mantêm, exceto grupos como reconstrucionistas cristãos, uma conseqüência do movimento conservador Presbiteriano.

Comentaristas apontam que o pós-milenismo deve ser distinguido da visão de teólogos liberais e seculares que prevêem melhoria social e até mesmo que o Reino de Deus venha puramente através de meios naturais, ao invés de sobrenaturais. Pos-milenialistas,no entanto, argumentam que o homem seja incapaz de construir um paraíso para si mesmo; o paraíso só virá pela graça de Deus.

Pos-milenialistas também tipicamente dizem que o milênio mencionado em Apocalipse 20 deve ser entendido em sentido figurado e que a expressão “mil anos” não se refere a um períodofixo de dez séculos, mas a um tempo indefinidamente longo. Por exemplo,o Salmo 50:10 fala da soberania de Deus sobre tudo o que existe e diz-nos que Deus é o dono “do gado sobre milhares de montanhas”. Isto não é para ser entendido literalmente.

No final do milênio, acontecerá a Segunda Vinda, a ressurreição geral dos mortos e do juízo final. O problema com a ‘teoria’ do pós-milenismo é que a Bíblia não descreve que o mundo como vivenciara umperíodo de cristianização completa (ou relativamente completa) antes da Segunda Vinda. Existem inúmeras passagens que falam da era entre a primeira e a segunda vinda como um momento de grande tristeza e luta para os cristãos. Uma passagem reveladora é a parábola do trigo e do joio (Mat. 13:24-30, 36-43). Nesta parábola, Cristo declara que os justos e os ímpios serão ambos plantados e crescerão lado a lado no campo de Deus (“o campo é o mundo”, Matt. 13:38) até o fim do mundo, quando serão separados, julgados, e que serão jogados no fogo do inferno ou herdarão o Reino de Deus (Mt 13:41-43). Não há nenhuma evidência
bíblica de que o mundo acabará por tornar-se totalmente (ou mesmo quase que totalmente) Cristão, mas que sempre haverá um desenvolvimento paralelo dos justos e os ímpios até o julgamento final.

Amilenismo


A visão amilenista interpreta Apocalipse 20 simbólicamente e não vê o milênio como uma era de ouro terrestre em que o mundo será totalmente cristianizado, mas como o atual período de reinado de Cristo no céu e na terra, através da sua Igreja. Esta foi a opinião dos reformadores protestantes e ainda é a visão mais comum entre os protestantes tradicionais, embora não seja assim entre a maioria dos evangélicos mais novos e os grupos fundamentalistas.

Amilenistas também acreditam na coexistência do bem e do mal na terra até ao fim. A tensão que existe na terra entre os justos e os ímpios será resolvida apenas com a volta de Cristo no fim dos tempos. A idade de ouro do milênio é ao invés, o reinado celestial de Cristo com os santos, no qual a Igreja na Terra participa de alguma forma, embora não de forma gloriosa como será na Segunda Vinda.

Amilenistas salientam que os tronos dos santos que reinarão com Cristo durante o milênio parecem ser fixado no céu (Ap 20:4;. Cf 4:4, 11:16) e que o texto nada diz que Cristo estará na terra durante este reinado com os santos.

Eles explicam que, embora o mundo nunca vá ser totalmente cristianizados até a Segunda Vinda, o Milenionão tem efeitos sobre a terra em que Satanás está preso de tal forma que ele não poderá enganar as nações no sentido de dificultar a pregação do evangelho (Apocalipse 20 : 3). Eles apontam que Jesus falou da necessidade de “amarrar o homem forte” (Satanás), a fim de saquear a sua casa, resgatando as pessoas de seu aperto (Mt 12:29). Quando os discípulos voltaram de uma turnê de pregação do evangelho, regozijando-se com a forma como os demônios estavam sujeitos a eles, Jesus declarou: “Eu vi Satanás cair como um relâmpago” (Lucas 10:18). Assim, para o evangelho avançar em todo o mundo, é necessário que Satanás seja atado em um sentido, mesmo que ele ainda possa estar ativo atacando a indivíduos (1 Ped. 5:8).

O milênio é uma época de ouro não quando comparado com as glórias do porvir, mas em comparação a todas as eras anteriores da história humana, nas quais o mundo fora engolido em trevas pagãs. Hoje, um terço da raça humana é cristã, e muitos mais ainda
repudiam os ídolos pagãos e abraçou o culto ao Deus de Abraão.

Pré-Milenismo

Em terceiro lugar na lista é o pré-milenismo, atualmente o mais popular entre os fundamentalistas e evangélicos ( mesmo que ha um século atrás fosse o amilenismo). A maioria dos livros escritos sobre o fim dos tempos, como o de Hal Lindsey, Grande Planeta Terra, são escritos sob uma perspectiva pré-milenista.

Como os pós-milenistas, os pré-milenistas acreditam que os mil anos sejam uma era de ouro na terra, durante a qual o mundo serácompletamente cristianizado. Ao contrário de pós-milenistas, eles acreditam que essa era irá ocorrer após a Segunda Vinda e não antes, para que Cristo reine fisicamente na terra durante o milênio. Eles acreditam que o Juízo Final só ocorrerá após o fim do milênio (o que muitos interpretam como um período de exatamente mil anos).

Mas as Escrituras não apóiam a idéia de um período de mil anos entre a Segunda Vinda e o Juízo Final. Cristo declara: “Porque o Filho do Homem há de vir com os seus anjos na glória de seu Pai, e então retribuirá a cada homem pelo que ele tem feito” (Mateus 16:27), e “Quando o Filho do Homem vier na sua glória, e todos os anjos com ele, então Se assentará em Seu trono glorioso. Diante Dele serão reunidas todas as nações, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos …. E eles [os bodes] irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna “(Mateus 25:31-32, 46).

A Doutrina do Arrebatamento

Os pré-milenistas muitas vezes dão muita atenção à doutrina do arrebatamento. De acordo com esta doutrina, quando Cristo voltar, todos os eleitos que morreram serão ressuscitados em seus corpos físicos e transformados a um estado de glória, junto com os eleitos viventes, e então serão arrebatados para estarem com Cristo. O texto-chave referente ao arrebatamento é 1 Tessalonicenses 4:16-17, que afirma: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com um grito de comando, com o chamado do arcanjo, e com o som da trombeta de Deus. E os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois nós, os vivos, que ficam, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, ao encontro do
Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor “.

Os pré-milenistas acreditam, assim como praticamente todos os cristãos (exceto alguns pós-milenistas), que a segunda vinda será precedida por um momento de grande aflição e perseguição do povo de Deus (2 Tes. 2:1-4). Este período é chamado frequentemente a tribulação. Até o século XIX, todos os cristãos concordavam que o arrebatamento – embora ele não fosse chamado assim – ocorreria imediatamente antes da Segunda Vinda, no final do período de perseguição. Esta posição hoje é chamada de “pós-tribulacional” porque ela afirma que o arrebatamento virá depois da tribulação.

Mas em 1800, alguns começaram a clamar que o arrebatamento ocorrerá antes do período de perseguição. Esta posição, hoje conhecida como o ponto de vista ”pré-tribulacional”, também foi abraçada por John Nelson Darby, um dos primeiros líderes de um movimento fundamentalista que ficou conhecido como dispensacionalismo. A visão pré-tribulacional do arrebatamento de Darby foi então adotada por um homem chamado C.I. Scofield, que ensinou esta posição nas notas de rodapé de sua Bíblia de Referência Scofield, que foi amplamente distribuída na Inglaterra e nos Estados Unidos. Muitos protestantes que leram a Bíblia de Referência Scofield aceitaram sem críticas sua interpretação e adotaram a visão pré-tribulacional, apesar de qualquer cristão jamais ter ouvido falar disso nos últimos 1800 anos de história da Igreja.

Eventualmente, uma terceira posição foi desenvolvida, ficando conhecida como a “meso-tribulacional” ponto de vista que afirma que o arrebatamento ocorrerá durante o meio da tribulação. Finalmente, um quarto ponto de vista elaborou que não haverá um arrebatamento único no qual todos os crentes serão reunidos a Cristo, mas que haverá uma série de mini-arroubos, ou mini-arrebatamentos, que ocorrerão em momentos diferentes com relação à tribulação. Essa confusão fez com que o movimento se dividisse em campos amargamente opostos.

O problema com todas essas posições (exceto o ponto de vista histórico, pós-tribulacional, o qual foi aceito por todos os cristãos, inclusive não pre-milenialistas) é que eles dividem a Segunda Vinda em eventos diferentes. No caso da visão pré-tribulacionista, acredita-se Cristo que teria três vindas: Uma quando Ele nasceu em Belém, uma quando Ele retorna para o arrebatamento no início da tribulação, e uma no final da tribulação, quando ele estabelece o milênio. Este ponto de vista de três vindas é contrario às Escrituras.

Os problemas com a visão pré-tribulacional são evidenciados pelo teólogo (e pré-milenista) batista Dale Moody, que escreveu:… “A crença em um arrebatamento pré-tribulacional contradiz todos os três capítulos do Novo Testamento que mencionam a tribulação e o arrebatamento juntos ( Marcos 13:24-27, Mt 24:26-31;…… 2 Tessalonicenses 2:1-12). A teoria é tão falida biblicamente que a habitual defesa é feita através de três passagens que não chegam a mencionar uma tribulação (João 14:3; 1 Tessalonicenses 4:17;.. 1 Coríntios 15:52). Estas são passagens mais importantes, mas elas não dizem uma palavra sobre um arrebatamento pré-tribulacional. A pontuação é de 3 a 0, três passagens que ensinam um arrebatamento pós-tribulacional e três que não dizem nada sobre o assunto.

. . . o pré-tribulacionismo é biblicamente falido e não sabe “(A Palavra da Verdade, pagina 556-7).

Qual é a posição católica?

Quanto ao milênio, nós tendemos a concordar com S. Agostinho e, de forma derivada, com o amilenistas. Assim, a posição Católica, tem sido historicamente “amilenista” (como tem sido a posição de maioria cristã em geral, incluindo a dos reformadores protestantes), embora os católicos não costumem usar esse termo. A Igreja tem rejeitado a posição pré-milenista, às vezes chamada de “milenarismo” (cf. Catecismo da Igreja Católica, 676). Em 1940 o Santo Ofício considerou que o pré-milenismo “não pode ser ensinado com segurança”, embora a Igreja não tenha dogmaticamente definido esta questão.

Com relação ao arrebatamento, os Católicos certamente acreditam que o evento da nossa reunião para estar com Cristo terá lugar, embora geralmente não usem a palavra “arrebatamento” para se referir a este evento (um tanto ironicamente, uma vez que o termo “arrebatamento” é derivado do texto da Vulgata Latina, tradução oficial da Bíblia Católica, em 1 Tessalonicenses 4:17 –que significa “seremos apanhados,” [em latim: rapiemur].).

NIHIL obstat: Cheguei à conclusão de que os materiais apresentados neste trabalho estão livres de erros doutrinais ou morais.Bernadeane Carr, STL, Censor Librorum, agosto 10, 2004

Imprimatur: De acordo com 1983 CIC 827 Permissão para publicar este trabalho, é concedida.+ Robert H. Brom, bispo de San Diego, 10 de agosto de 2004
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Mensagem por Flávio Roberto Brainer de Sex Ago 30, 2013 5:36 am

É muita pretensão do Eleito querer comparar a multiplicidade das seitas protestantes com o número de paróquias. Enquanto que as seitas protestantes se multiplicam motivadas pelas rupturas, as paróquias estão organizadas de forma hierárquica no território de cada diocese, muito ao contrário da igrejas protestantes, para preservar a unidade, a fidelidade e a comunhão da única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Mensagem por mazzzo Dom Set 01, 2013 8:52 am

Flávio Roberto Brainer de escreveu:É muita pretensão do Eleito querer comparar a multiplicidade das seitas protestantes com o número de paróquias.
Parece-me que muitas pessoas se desviaram tanto, tanto, tanto, que já não vivem mais na realidade. Para poder sobreviver na alienação, inventam coisas, distorcem, mentem, vale tudo.... E precisamos ficar atentos, Flávio, por os católicos são tremendamente despreparados e se tornam vítimas de gente assim.

mazzzo

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